sábado, 14 de fevereiro de 2009

Da escola primária ao ... Palhota

ontem tive um jantar especial. com o pedro, meu colega de escola primária e um dos primeiros amigos, há mais de trinta anos. o pedro é primo da sandra, a mãe dos meus sobrinhos. dada a proximidade, fomos sabendo um do outro ao longo dos anos, por intermédio de outros.
havia reencontrado o pedro há cerca de 1 ano e meio. fomos trocando alguns mails, visitando os respectivos blogues e há 2 semanas combinámos uma jantarada.
o pedro sugeriu-me o restaurante a palhota na galiza, em s. joão do estoril. nem ele imaginava que adoro comida indiana e que adoro o palhota. seria difícil maior sintonia.
foi um momento "master", um jantar para relembrar e repetir.
é claro que durante três horas falámos de tudo, com uma cumplicidade própria das longas e firmes amizades. as da escola primária geralmente têm raízes sólidas.
desde as nossas ocupações, aos percursos de vida, aos amigos desses tempos, aos filhos, aos valores que defendemos, às viagens, aos percalços na saúde, aos projectos, aos regressos a algo que havíamos deixado a meio, ao teatro e à poesia, a conversa fluíu sempre num tom nada nostálgico, mas antes, diria, feliz e melodioso.
há valores partilhados que se sobrepõem à ideologia e às convicções. são valores estruturantes, que partilhamos, não sei se geracionalmente, se pela proximidade no crescimento e desenvolvimento. a verdade é que nos senti na mesma onda.
terminado o jantar passámos pela praceta e escola onde andámos. a cerca na escola e nos jardins a castrar os horizontes (mas com mais árvores, valha-nos isso), o excesso de carros na praceta onde jogámos tantas rivalidades futebolísticas, os bancos e o pequeno pátio onde lançávamos o pião. de forma breve recordámos alguns momentos e é bom recordar com quem connosco partilhou. saímos mais ricos.
aprendi coisas novas e senti-me com uma energia reforçada junto do pedro. vamos fazer 40 anos este ano. como lhe referi, sinto-me a fervilhar, com energia, com vontade de fazer coisas, com saúde para gozar cada dia e sem receio do risco. estamos na idade de ouro. só nos cabe aproveitá-la.
e como tão bem referiste pedro, há que não ter medo de deitar fora e de procurar sempre o novo e de novo.
destruir para reconstruir, afinal, lutar contra o comodismo que decorre do que já fizémos, das tarefas que achámos brilhantes. renovar, renovar, renovar. o único caminho para nos realizarmos.
OBRIGADO AMIGO.
certamente iremos repetir.
Ah ... e irei ler jon fosse e tcheckóv :).
abraço forte
ab
p.s. - como complemento e cereja no topo deste majestoso bolo, hoje de manhã durante o treino de 50 minutos entre paço d'arcos e carcavelos e volta, cruzei-me duas vezes com a susana m., colega nos estudos desde a primária até à vida adulta.
já havia referido a susana aqui, e hoje cumprimentámo-nos, parámos das duas vezes a saber de cada um e para uns dedos de conversa. certamente haverá mais treinos e mais reencontros, quiçá em conjunto, para pôr a conversa em dia. adorei ver-te susana.
como vês pedro, há momentos que carregam uma energia tão positiva que arrastam outras boas surpresas. e é óbvio, está sempre tudo ligado, como ontem concordámos.
:)

1 comentário:

Pedro Marques disse...

Grande amigo,

também fiquei contente com o nosso (re)encontro. É verdade. Acho que a nossa sintonia teve mesmo origem naquela praceta, no facto de eu te ver a comer o iogurte dado pela tua tia, do outro lado do jardim, de termos partilhado as mesmas professoras primárias. Para além da sintonia geracional há uma empatia profunda que vem dos mesmos pátios, ou lá o que é...
um grande abraço
é claro que repetiremos o jantar, e só espero não ter de esperar um ano e meio...
:-)
p