segunda-feira, 21 de março de 2011

4 anos





foi no dia 18, na passada 6ªf, que a febredotartaruga completou 4 anos.

este último foi intenso, de uma intensidade maior e mais "complexa" do que os 3 primeiros. mais rica ainda!

talvez por isso, e porque o tempo é algo dificil de domar, o número de posts tem vindo a diminuir.
vou tentando passar por cá, mas não está fácil.

são ciclos, a corrida tem sido a espaços, o que também retira a experiência do dia-a-dia para ir dando vida ao blogue.

e como não o pretendo transformado num blogue de puericultura :) a coisa tem estado fraca.

na entrada para este 5º ano faço votos para que todos prossigam com as actividades que vos preenchem e dão mais prazer.
e que, pessoalmente, consiga reorganizar o meu tempo de corrida.
e que, o que vou escrevendo traga algum valor para quem o lê.

a todos os que frequentam este espaço, que o animam, que o inspiram, que me motivam, o maior OBRIGADO e um até breve, a um próximo post perto de nós.

um abraço,
AB - Tartaruga

domingo, 20 de março de 2011

Acessibilidade


com o nascimento da Rita voltámos a debater-nos com um velho problema, aparentemente sem solução no nosso país ...!

talvez devessemos emigrar, não apenas para sentir que há países onde quem trabalha e é honesto tem alguma compensação, directamente proporcional à sua conduta, atitude e cidadania, mas, sobretudo, para perceber que os deveres e direitos de todos são cumpridos, por todos.

a saber:
  • no elevador do prédio apenas cabe um de nós com o carrinho; quem tem gémeos, bem os pode mandar para casa em elevadores separados :(
  • nos passeios é um desastre, carros estacionados de todas as formas e feitios, ninguém se preocupa minimamente. e quando chamamos a atenção, somos quase olhados como alienígenas, "que chatos existem neste mundo que não têm nada mais do que fazer senão trazer à luz do dia a falta de educação e civismo". talvez estejamos em vias de extinção!;
  • passadeiras: carros estacionados que as entopem, acessos a rampas para deficientes nos prédios, ao lado de escadas, tapados por viaturas de vários calibres;
  • no complexo desportivo do jamor, excelente, como aqui o referi várias vezes, para a prática de muitas formas de exercício, deparei-me ultimamente com algumas barreiras: ir com o carro de bébe para um passeio e caminhada não é assim tão fácil e ficamos restringidos quase à ... estrada, pois passeios nem tentá-los, poucas rampas, calçada Portuguesa - linda, linda, mas altamente disfuncional, caminhos de terra batida com pequenos carreiros regulares de pedras da calçadas, para enfeitar ... enfim, a lista é variada, fica uma pequena amostra;
  • mas podia não me resignar e diria: vou usar a estrada, junto aos passeios, mas no alcatrão. mas ... até aí o estacionamento em 2ª fila muitas vezes impede a circulação, a não ser no meio da estrada. um dia destes no código da estrada poderão passar a circular carrinhos de bebé, com baterias elétricas, quem sabe???

como não gosto de criticar por criticar, aqui ficam algumas sugestões:

  • no sistema de ensino, disciplina obrigatória sobre acessibilidade e cidadania (não a inconsequente área projecto ou outras que têm tido boas intenções mas escassos resultados, ao longo dos anos), com visitas e apoio voluntário a escolas de educação especial e a hospitais como alcoitão, para todos os anos do 1º, 2º e 3º ciclos;
  • acabar com a calçada portuguesa em passeios novos, ou adoptá-la de forma a não impedir a acessibilidade e circulação;
  • introduzir faixas de asfalto tipo ciclo via, nos passeios que existem com calçada portuguesa, para deficientes, idosos, pais com crianças em carrinhos de bebé, etc., poderem circular sem risco;
  • bloqueamento, multa e inibição de conduzir durante 1 ano, para quem estacione em passeios e em locais que impeçam a acessibilidade de cidadãos com necessidades especiais (mas mesmo à séria, ou será que à séria não existe cá, e andamos todos a brincar aos país da democracia mas afinal ... só persiste no papel 37 anos depois?);
  • relativamene ao estado e às obrigações legais que o próprio estado não cumpre ... aí tenho mesmo dificuldade, pois o estado não se multa a si próprio e se quem detém o poder não intervem, é mais dificil fazê-lo por esta via.

como não havemos nós de estar, como país, no estado em que estamos, quando o básico, o respeito, a cidadania, a educação, não têm suporte de quem deviam e não grassam por aí?

é que daqui decorre tudo: a (falta de) produtividade, os compadrios, os esquemas, as fraudes, o desesnrasca, a dívida externa, o queixume, a subsídio dependência, a falta de noção de que o respeito pelo colectivo é algo básico, primário e só se consegue respeitando regras - afinal foram feitas para o bem estar de todos (nunca vi nenhuma anarquia resultar, mas se exisitir contem-me por favor).

abraço e até breve, num qualquer passeio próximo.

AB - Tartaruga

quarta-feira, 2 de março de 2011

BRM 200 Tejo - Sorraia - Tejo

fonte

sábado 26 de fevereiro de 2011. decorreu o 1º brevet randonneur mondiaux (brm) em portugal, no total de 200 km, entre vila franca de xira, mora, montemor-o-novo e regresso a vila franca de xira. a organização ficou a cargo dos randonneurs portugal.

sai pelas 6:15am para apanhar o césar. somos ambos “o conselho fiscal” dos randonnerus portugal e nada melhor do que iniciar o dia a caminho de vila franca e aprender em 1ª mão com um verdadeiro praticante da cidadania activa, militante e sustentável.

foi um dia de aprendizagem intensa. pouco ou nada sei deste mundo dos eventos ciclisticos. este em particular seduz-me pelo seu carácter não competitivo.

aprendi com o césar o significado de "cidades com vida" e “transição” e o empenho e dedicação à causa, que começa a granjear alguns seguidores, e que, mais importante, pode dar respostas e ajudar a encontrar soluções face à elevada dependência do crude, petróleo e derivados.

chegados ao local de partida nas piscinas de vila franca de xira, rapidamente nos dividimos nas tarefas logísticas e administrativas. tocou-me ajudar na distribuição dos brevets para cada participante carimbar nos pontos de controlo, e no recebimento do valor da inscrição. uma 1ª boa forma de conhecer o tipo de participante num evento deste género.

arrumada a partida, fiz-me à vida, e regressei para ajudar na logística da chegada, entre as 16:30 e as 18:30h.

os factos que mais me marcaram, apesar de apenas ter participado na ajuda à organização (quem sabe um destes dias não me faço à estrada para um BRM???):


  • o muito que aprendi, de uma actividade que desconheço por completo e que gostarei de experimentar um dia (extensível ao rodrigo, que me acompanhou na parte da tarde e que estava deliciado com vários pormenores desde o equipamento, à motivação dos participantes, e ao bom estado físico com que chegavam após 200 km);

  • o verdadeiro espírito que interessa, não competitivo e que me seduz, tal como nas corridas de tartaruga que realizo. cada participante estava ali apenas para desfrutar de 1 dia pleno de quilómetros e bonitas paisagens, com o tempo a ajudar (o dia esteve maravilhoso) e para testar o que bem entendesse, desde a força mental, ao nível de performance física, à motivação face à duração do desafio, à atitude, …;

  • os requisitos organizativos, complexos, que penas se tornaram simples pela capacidade organizativa da direcção dos randonneurs portugal;

  • a importância de um 1º evento, para aprender, marcar os aspectos fulcrais e registar as lições aprendidas.

venha o próximo, que será no dia 19 de março, o brm 300, montados e planícies.

abraço
ab - tartaruga