quinta-feira, 30 de abril de 2009

Só para o Buda

já tirei as pernas da foto.
agigantam-se os protestos ...

agora estou de corpo inteiro ;)

abraço
ab

3 dias

o que signifcam hoje em dia 3 dias sem correr nos meus dias?
um sentimento de privação de algo que o corpo necessita.
o corpo é quem primeiro dá o sinal. a cabeça segue o corpo. e instala-se uma enorme vontade.
são assim as dependências!
e após o treino de domingo, e sem ter treinado até hoje, o sistema estava a entrar em desarranjo.

e depois, após 40 minutos a um ritmo com algumas variações, sempre a brincar, com arranques em pequenas subidas, saltos no meio da erva, pulinhos nas pequenas descidas, parece que o dia amanhecia novamente. foi ao fim da tarde, mas este dia nasceu de novo.



amanhã há 10 km na arruda dos vinhos.
não faço ideia a que ritmo vou fazer a prova. logo vejo como acordo e como estou na linha de partida. mas a ideia é mesmo divertir-me. e esse deve ser um facto quase garantido ...

ab

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Cidadania de bicicleta

recebi um mail de um amigo que é um verdadeiro defensor do ambiente e da saúde.
e é daqueles que dá o exemplo praticando. já o vi chegar e partir de bibicleta, ao e do, local de trabalho.
fica o mail que fala por si. OBRIGADO César, pelo exemplo e pela motivação.

ab

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A bicicleta é ainda encarada em Portugal como um artigo de diversão/lazer, mas isso está a mudar... Passa este e-mail a todos os teus contactos e contribui para passar alguma informação útil para a sociedade e planeta! Alguns factos:

1 - É possível a deslocação de bicicleta dentro dos centros da cidade com uma velocidade média semelhante à dos automóveis.De facto, como de bicicleta se pode optar por trajectos mais simples, ora escolhendo atravessar numa passadeira, ora partilhando um passeio mais largo, o tempo médio de deslocação no determinado percurso citadino é bastante aproximado ao dos automóveis.

2 - O uso da bicicleta pode ser partilhado com o uso de transportes públicos.Commuting é o termo (http://en.wikipedia.org/wiki/Commuting). Um grande número de utilizadores de bicicletas usam-na apenas em parte do seu trajecto diário.Por exemplo, a CP, permite o transporte de bicicletas sem restrições nas carruagens assinaladas, em todos os seu comboios.Existem inúmeros modelos de bicicletas desdobráveis - podem até ensacadas - e serem transportadas para o interior de edifícios sem que ninguém dê por elas.Esta opção poderá poupar largos minutos em determinados troços mal servidos por transportes públicos ou com trânsito demasiado lento.

3 - Apesar das reacções iniciais de colegas ou amigos, quem utiliza a bicicleta como meio de transporte é admirado e invejado pelos mesmos e muitas vezes consegue motivar outros a fazer o mesmo.

4 - Cada um de nós pode sugerir à Entidade Patronal algumas adaptações e melhores condições para poder levar a bicicleta para o trabalho.Muitas Entidades Patronais estão hoje sensibilizadas para este tipo de causas (condições de trabalho, satisfação dos trabalhadores, ecologia, optimização de espaço de estacionamento, etc) e muitas vezes os investimentos não são muito grandes. Se não se sugerir nunca saberemos como reagirão!

5 - Muitas cidades europeias estão a ser adaptadas para promover a utilização de bicicletas diariamente (Ex: Londres, Paris, etc).Em Lisboa foram aprovados vário projectos no Orçamento Participativo que visam este objectivo.

6 - Em Lisboa (e em outras cidades portuguesas) o número de utilizadores diário de bicicletas tem aumentado muito. Não há números oficiais mas os ciclistas já não passam despercebidos!

7 - Em Copenhaga, Dinamarca, 60% das pessoas deslocam-se de bicicleta e apenas 5% de automóvel18% utilizam bicicleta e um meio de transporte público e 14% utilizam apenas transporte público.(Vejam como é o trânsito nesta cidade: http://www.copenhagencyclechic.com/)

8 - Os benefícios de saúde são incalculáveis e há estudos que relacionam a actividade física moderada (como andar, pedalar, etc) com a obesidade e saúde em geral, como é lógico!!!

9 - Os transportes terrestres são responsáveis por quase metade das emissões de CO2 para a atmosfera.1,5 é o número médio de ocupantes de um automóvel particular que circula nas nossas estradas.

10 - O tipo de roupa e a transpiração (e as subidas) são um dos grandes argumentos para a não utilização da bicicleta.O ideal é ter um balneário no local de trabalho, mas a bicicleta pode ser conduzida de diferentes estilos e velocidades e a prática aumenta a forma física e diminui o esforço necessário. As subidas podem ser contornadas por trajectos alternativos menos acentuados ou até conduzindo a bicicleta à mão.

11 - Existem no mercado vários modelos de bicicletas híbridas que possuem um motor eléctrico auxiliar que complementa a força feita nos pedais em função da velocidade que se pretende atingir ou da inclinação que se pretende subir. Além disso, há hoje muitos acessórios para bicicletas e para este tipo de utilização como alforges e outros sistemas para carga, suspensões de selim, luzes, etc, etc,

12 - Em Paris existe o maior sistema de bicicletas partilhadas do mundo, o Velib (http://www.velib.paris.fr/), com quase 30 milhões de viagens até agora .
Dados do 1º ano de actividade (Jul 2008):
- Nº de estações do sistema (onde se podem levantar as bicicletas): 300
- Nº de bicicletas disponíveis: 28.000
- Nº de viagens efectuadas: 27 milhões
- Tempo médio por viagem: 18 minutos
- Percentagem de utilizadores que vivem fora do centro da cidade: 33%
- Aumento de utilização de bicicleta: 70%
- Nº de mortes de ciclistas desde o início do sistema : 3
- Redução do nº de acidentes de bicicletas: 20%
- Nº de bicicletas desaparecidas: 7.800 (em ano e meio)
- Nº médio diário de viagens: 78.000
Em Paris o número de utilizadores de bicicleta própria disparou depois deste sistema ter entrado em funcionamento. Com maior número de ciclistas nas estradas o respeito por este tipo de veículos aumenta pois são encarados com tráfego normal e não como alguém que está a ocupar um espaço que não lhes pertence. Está previsto um sistema semelhante na cidade de Lisboa, embora muito menos ambicioso.

13 - Por todo o mundo, várias cidades estão a desenvolver sistemas de uso partilhado de bicicletas (http://bike-sharing.blogspot.com/)

14 - Apesar da crise, todo o mercado que se relaciona com bicicletas está em franca evolução, o que denota uma clara tendência favorável a este movimento.

15 - Todas as últimas sextas-feiras de cada mês, milhares de utilizadores de bicicletas em todo o mundo reúnem-se nas suas cidades (aderentes) e passeiam pela cidade no meio do trânsito. Com o objectivo de sensibilizar os demais para este meio de transporte ecológico e eficaz estas concentrações ocorrem em locais centrais e promove também a partilha de experiências entre os participantes. (em Portugal temos http://massacriticapt.net/)

16 - Quem se desloca de bicicleta na cidade, vive-a de uma forma completamente diferente. Porquê? Porque não circula dentro de uma caixa de metal, tem um ângulo de visão alargado e desloca-se a uma velocidade que lhe permite observar o que lhe rodeia com outra percepção e ao mesmo tempo chegar ao destino com um tempo razoável.

17 - Bike-to-work-day. É como um casual-day, mas nos transportes. Nesse dia a pessoa troca o transporte habitual por uma bicicleta e vive um dia diferente, sendo muitas vezes o início de uma nova forma de viver.

18 - Em termos financeiros os benefícios são enormes. Para além do desgaste do automóvel, do consumo de combustível, etc, a médio e longo prazo a poupança em encargos com a saúde é incalculável. Há até famílias que prescindem de um 2º carro, por exemplo.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Casino do Estoril

acabo de deixar um comentário no último post do meu Amigo nuno kabessa sobre a sua participação na maratona de madrid, e que termina com "até ao casino ...".

uma referência ao local onde vai começar a maratona carlos lopes a 10 de maio e onde me irei encontrar com o nuno no local da partida, para mais uma maratona.
afinal, um local onde nos encontrámos tantas vezes para iniciar treinos longos rumo ao guincho e, por vezes, mais além.

e o casino trouxe-me outra lembrança, de um post já antigo, dos primeiros, com 2 anos.
aqui fica, pois a memória tem destas coisas.

ab

domingo, 26 de abril de 2009

Entre o Cávado e o Tejo

fim de semana com muita quilometragem de automóvel, e treinos junto do rio cávado e do rio tejo. no sábado, não 9 mas 7 horas de viagem (ainda bem que foram menos ...), ida e volta até à vila do prado.



excelente dia de canoagem, o paço d'arcos portou-se muito bem, o rodrigo esforçou-se e saíu planeamente satisfeito, com uma excelente prestação.

ainda consegui fazer 40 minutos antes do almoço. deu para conhecer o prado, zona de crescimento não muito harmonioso, mas com alguns bons espaços para viver e com boas infra-estruturas (para além do complexo de canoagem, a piscina e 2 espaços multidesportos).
a ponte provavelmente de origem romana, mas com reconstrução medieval é muito bonita, a fazer lembrar a de ponte de lima.

hoje de manhã foram 2 h de treino progressivo, começo lento com saída de casa. a partir de algés até santos, e volta, fui aumentando gradualmente de ritmo.
senti-me bem, agora restam 2 semanas de menor volume e intensidade, até à carlos lopes.
relembrando uma novela de há 20 anos, "sassá mutema" e um personagem "juca pirama", relato os treinos este fim de semana com o célebre:

"meninos eu vi ...":

- uma vila, a do prado, com excelentes condições naturais para o lazer e turismo cultural, sub-aproveitada
- uma prova de canoagem muito bonita, sempre com muita cor e animação
- um bacalhau à casa, num dos restaurantes do prado, infelizmente frito demais e com muita molhenga gordurosa. o bacalhau merecia melhor sorte. compensou-o o verde tinto - supremo!
- um país com muito boas estradas, que nos fazem esquecer, literalmente, as epopeias das vigens de há 20 e 30 anos, do centro do país para norte ou para sul (e afinal, tão perto ...)
- uma estação de serviço a de monte redondo na a8, às moscas, num sábado à noite. durante 4o minutos fomos os únicos clientes. e nãp chegou mais ninguem, enquanto saíamos. como resistem nos dias que correm, as explorações dos comes nas estações de serviço?

- uma manhã linda de domingo, soalheira, com o tejo a debutar radioso
- o novo hotel junto à doca de belém, o altis spa, creio que agora já terminado e com muito bom aspecto
- o verde, tão verde, da relva a ser regada que alegra qualquer olhar mais renitente logo de manhã, perto do museu da electricidade
- o pessoal da pesca a meter-se com o pessoal do remo, que numa embarcação de talvez 8 ou 10 remadores lá iam cortando as águas no sentido alcântara, belém
- a raquel, amiga de há muitos anos, a treinar afincadamente para berlim, em setembro. começámos a correr sensivelmente ao mesmo tempo, há 5,5 anos. a raquel é mãe de 2 crianças e gere o seu tempo para continuar a correr, e a dar gás a este prazer imenso ...
- junto à relva do café in, um homem fazia tai chi, como sempre (vejo sempre o mesmo quando reparo com olhos de ver) perfeitamente concentrado e abstraído do mundo, desenvolvendo e o seu mundo
-um iate, ou melhor, uma cidade flutuante, o "navigator of the seas", atracado em alcântara, em toda a sua imensidão. confesso que me espantei ao passar tão perto. fantástico. apetecível



http://www.royalcaribbean.com/findacruise/ships/class/ship/home.do?br=R&shipClassCode=VY&shipCode=NV

- o companheiro de corridas e tão bem conhecido na zona do jamor, o cafézinho, a treinar a muito bom ritmo. estará na carlos lopes, não a correr, mas com funções mais massagísticas e de apoio à recuperação dos atletas. sempre na crista da onda
- a música peruana pelas bandas da torre de belém a dar um toque repousante ao treino
- uma feira de antiguidades em algés, apetecível para quem goste de pesquisar, apreciar e regatear

maravilhoso. tanto o que podemos ver em apenas 2 horas.
adoro a corrida; para além da liberdade, permite-me conhecer tantos mundo durante mais estas passadas no meu mundo ...

até breve
ab

Exposição Piratas


a exposição vale a pena.
aprendi(emos) coisas novas.
simples, a visita é rápida, mas deixa pistas interessantes para quem quiser aprofundar.
afinal, a história dos piratas confunde-se com a história dos descobrimentos, da navegação e das trocas comerciais entre povos, ao longo da história.
não foram esquecidos os recentes actos de pirataria no mar, prova de que afinal, há coisas que nunca mudam.
e sempre são mais interessantes os piratas, corsários, bucaneiros e flibusteiros originais, do que os "piratas modernos", mais dissimulados, sem cara nem bandeira.
a exposição está patente no museu do combatente, em belém, até 31 de maio.

valeu!
ab

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Vila do Prado

amanhã é dia de vai e vem, durinho. cerca de 9 horas de viagem num dia.
o destino é a vila do prado, onde decorre a fase I do torneio de esperanças de kayak.
lá estaremos com o rodrigo.
fonte: http://viladeprado.planetaclix.pt/inicio.htm

e sabem o que levo na bagagem?

equipamento, claro. pode ser que dê para correr 1 horita em terras minhotas.

hoje treinei 1h (2x15m + 1x10m, a ritmo de 10 km); se amanhã fizer outra hora e domingo mais 2h, cumpro os 4 treinos esta semana (3ª f foi a estreia dos "dumper").

fica quase cumprido o treino para a carlos lopes.
o ponto final no treino mais intenso que tenho feito 1 x por semana será na 6ªf, dia 1 de maio, na corrida da arruda dos vinhos.




desafiado por uma amiga que aí reside, lá estaremos para uma estreia numa corrida conhecida do pelotão e para uma almoçarada com amigos. perfeito.


ab

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Pneus de Camião Dumper


58 minutos na mata do jamor, suportado por algo parecido com lagartas de um tanque ou pneus de um dumper.
gel trabuco 11 wr
excelentes. nem uma bolha. amortecimento total.
1ª impressão magnífica.
ab

segunda-feira, 20 de abril de 2009

3h18m ... ou fim de semana muito estranho

o fim de semana foi muito , muito estranho.

sábado: torneio de mini basquete no pavilhão da ajuda, com o andré a representar as cores do algés e dafundo. tudo a correr às mil maravilhas, muitos cestos e alegrias e ... um pé partido, diagnosticado de tarde no são franscisco xavier.
azar, mas começos difíceis darão concerteza belos e prazeirentos triplos.
domingo: todo o dia em setúbal na 2ª fase do nacional de kayak pólo (ainda não me esqueci que devo um post a toda a equipa do CDPA para divulgar esta bonita modalidade). um dia bonito, muita gritaria e vibração.
o paço d'arcos sénior ganhou de forma sólida e inequívoca esta 2ª fase, colocando-se em 1º lugar na classificação, em igualdade com o alhandra. a equipa dos pequenos, do meu rodrigo, com uma média de 12 anos e a jogar no escalão sub-16 contra verdadeiros rambos, ainda conseguiu ganhar um jogo. guerreiros!
saí de setúbal sem voz e com uma vontade enorme de dar um grande mergulho em tróia, tal era o sol.

pelas 18h ainda alguns fazeres profissionais para preparar. e o fim de semana aproximava-se do fim. faltava um treino longo. "o" último treino longo antes da maratona carlos lopes.

tinha que ser. em grande dissonância decidi seguir. sabia que não podia fazê-lo de madrugada, não teria tempo (é que começar pelas 4h da manhã ainda não dá - quem sabe um dia :)))
pelas 20h parti de casa.

a noite ia chegando vagarosamente. a temperatura estava amena. rumei ao estádio nacional. quase sempre sozinho, com 2 honrosas excepções, circulei durante 1h20m. ultimam-se os preparativos para o estoril open e lá circulei no meio dos courts em montagem e dos seguranças privados. no crosse tive uma extensão de terra e relva, e um circuito, só para mim. ia ficando escuro e perigoso, pois a visibilidade diminuia e o risco de lesões podia ser elevado.

começava um dos treinos onde mais lutei "contra" mim.

com um fim de semana "cansativo" e a falta de hábito em treinar longos de noite, estava cansado. decidi rumar a lisboa. dafundo, algés e torre de belém. faltava 1h40m de treino. sempre junto ao rio, desfrutei de uma noite linda, com a ponte iluminada de uma forma que é raro ver, ou pelo menos, reparar.
nestes momentos há sempre vistas que nunca vimos do mesmo ângulo.
o tejo sereno, repousava e a noite exalava uma leve frescura que ajudava a relaxar. a cabeça estava muito acelerada, com pensamentos cruzados. um deles era tentar ignorar as pernas.

talvez pela primeira vez, fui levado a utilizar o método de focalizar em objectivos e objectos físicos a 100 ou a 200 metros, para ir partindo o elefante aos bocados.
3 pescadores mantinham-se, heróicos, entre a torre de belem e alcântara.

na zona das docas uma surpresa, pela negativa: a noite naquelas bandas está morta.
algumas - poucas pessoas - a jantar. muitos bares fechados. voltei quando já havia passado o blues café.

iam-me valendo o powerade e os cubos de marmelada (sim foi mesmo à moda antiga, mas soube bem mas bem - em termos de sabor, muito melhor do que o gel).

o regresso a algés foi mantido ao mesmo ritmo, mas já com bastantes dores. estava a custar. e àquela hora não deixava de pensar que "todos" estavam em casa a preparar o início da semana.
estava a custar. mas o corpo mantinha-se na luta.
chegado à estação de algés, faltava a subida até miraflores. dura e tão bem conhecida. decidi continuar, já com muitas dores, um pé a seguir ao outro. por alturas da última grande subida, cerca de 750 metros com uma boa inclinação, o cronómetro marcava 3h e 12m. decidi que seria até às 3h15m e depois caminharia até casa.

mas algo se passava: após uns metros bastante inclinados, de repente o corpo reagiu. aproveitou a subida "menos a subir" e seguiu. já não era a cabeça a controlar. já não havia nad a fazer. era o corpo que mandava. já não havia dores. a subida fazia-se lenta mas levemente, quase sem esforço e eu seguia este corpo. perfeitamente surpreendido confesso. nunca me havia acontecido.

o que é facto é que segui, subi a bom ritmo (atendendo ao tmepo de corrida), e no final da subida, a 200 metros da porta de casa não acreditava bem no que acabara de acontecer. terminei com 3h17m34s. sem parar!!!

o último treino longo antes da maratona carlos lopes.
o primeiro treino longo, novamente e sempre o primeiro, após o anterior, do resto da minha vida de corredor.
é que cada treino com esta duração é único. tem vida própria.
e este ensinou-me muito. nomeadamente que há momentos em que o corpo manda. e quando assim é, quando quer mandar para a frente, então está ganho o treino. a cabeça só tem que o seguir.

após o duche de água fria e um momento de acalmia, segui para um sono profundo. acordei muito cedo. pouco dorido e feliz.

afinal, no fim do treino, por mais que custe a começar, ou a continuar, há uma recompensa à espera. e está entro de cada um de nós, agradecida por se poder dar.

ab

sábado, 18 de abril de 2009

Há sempre tempo

6ªf: dia conturbado no final de uma semana intensa. chegado à canoagem do jamor pelas 18:45h, perguntei-me se haveria tempo para treinar ou não. decidi que não. o rodrigo estaria quase a terminar e a seguir tinha um jantar de anos de um amigo. enganei-me. estive uma hora na “seca”.
mas ontem precisava de treinar. telefonema para casa: perdoem-me queridos mas hoje jantem sem mim, que estarei aí pelas 21h30m, para o beijo de boa noite ao andré.
a manhã seguinte seria agitada – kayak pólo em setúbal durante todo o fim de semana para o rodrigo; torneio de basquetebol sábado de manhã para o andré (a sua nova modalidade -desta parece que acertou no alvo dos seus gostos pessoais).
o rodrigo ficou no jantar e eu voltei à canoagem. pelas 20h15m iniciei o treino. consistiu no aquecimento e em 10 séries de 500m para ver como estamos de velocidades – a propósito até estamos ok! :)
mas o interessante foi o “clima”. a pista de canoagem (com 3 excepções perfeitamente pontuais) foi toda minha. a noite iniciava-se húmida. 13 graus, o ideal para correr. no céu as nuvens iam deixando umas abertas para que a tarde se fosse afastando vagarosamente, mas com um ar da sua graça e sem chuva (ainda pensei que ia apanhar outra molha). outro daqueles momentos mágicos, onde apenas comigo, rodeado de natureza, e abstraindo-me da civilização, pude gozar de quase 1 hora muito livre. terminado o treino segui para casa, já sem trânsito na a5 – uma grande vantagem.
eram 21h15m quando entrei, mais do que a tempo para ainda estar com o andré acordado.
o rodrigo chegava daí a pouco. afinal cerca de 1 hora de treino, fora das horas habituais, mas sempre a tempo. é que de facto, há sempre tempo para tudo. a não ser que não queiramos mesmo!


bom fim de semana
(para mim deve ser, quero fazer o último treino longo de 35 km, antes da maratona carlos lopes – não sei quando nem a que horas, mas lá irei fazê-lo J))
ab


p.s. – hoje de manhã o andré no seu primeiro torneio de basquete, após ter começado no algés e dafundo há 15 dias, estava radiante, muito feliz. depois do futebol, natação e canoagem, talvez tenha descoberto a “sua” modalidade. e eu feliz estou, porque para além de haver tempo para tudo o que queremos, os meus filhos estão e são felizes. e isso vale tudo!
mesmo com o pé torcido que trouxe do torneio :(

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Instantes que marcam a diferença


hoje apanhei uma das maiores molhas de que me lembro, a correr.
comecei pelas 19h, terminei pelas 20h.
andei pelos trilhos e pela mata do jamor e pelos caminhos da canoagem.
o rodrigo dentro de água treinava kayak polo.
eu fora de água estava ensopado como se estivesse dentro de água.
cada gota atingia-me a cabeça e a face com violência!
não via nada à frente, os olhos cerrados.

fui muito feliz naqueles instantes.

completamente livre, só eu e os "elementos". sem nada mais, nem ninguém.

ab

terça-feira, 14 de abril de 2009

Belo ...

não existem palavras que descrevam a imensidão deste momento.
belo. único!
e pensar que se perdem oportunidades com gente extraordinária, apenas por causa do preconceito e das aparências.
que iludem, ó se iludem, e cada vez mais.
sem mais palavras.

ab

sábado, 11 de abril de 2009

Observação em movimento

uma das vistas da baixa mar de cabanas de tavira, enquanto corro na "marginal"
(foto: cristina, verão 2008)

por estas bandas cruzo-me diariamente com alguns corredores.
é curioso que, independentemente da hora (5ª e 6ªf corri de tarde, hoje de manhã), há atletas que percorrem o trilho da eco-via, o asfalto da vila, a en 125.
a maioria aparenta nacionalidade estrangeira, mas há alguns portugueses.

de qualquer forma é irrelevante, pois a corrida é universal, não tem nacionalidade. há um código implícito que faz com que os corredores ao cruzar-se, se possam sentir em comunhão, de forma natural. os cúmplices acenos são disso prova.

um desafio que por vezes me coloco, para brincar e me entreter enquanto presto atenção a quem comigo se cruza, é identificar / adivinhar o ritmo a que seguem. "formatar" em função da passada - talvez por ser tartaruga, gosto de ver as "lebres" :)

hoje cruzei-me com 3 ritmos distintos:
- uma passada vigorosa (homem, na metade dos quarentas), talvez para 4m30/km
- uma jovem, leve, leve (nos vintes), aparência mais para o inglês, a correr talvez a 5m15/km
- um ilustre experiente, nos seus sessenta, fita na cabeça, mais para os meus ritmos, 5m45-6m/km

o que conta, afinal e no final, é que todos estes e muitos mais, andem ao ar livre a correr, ou a exercitar-se de outra qualquer forma.
ab
p.s.1 - para quem goste de btt, vi um cartaz aqui bem próximo a infomar que no fim de semana de 18 e 19 decorrerá o 4º raide de btt de conceição de tavira.
p.s.2 - os meus meninos asics estão rotos. muito trilho em perfil de estrada :(
agora tenho que desencantar uma estratégia alternativa, pois vem aí uma maratona, haverá mais provas de trilhos ao longo da época.
vou ver se arranjo uns asics que me sirvam para todos os terrenos, ou os gt 2140 trail (nem sei se se vendem cá em pt.) ou os asics trabuco.
de qualquer forma é uma novidade, pois compro sempres sapatilhas nas épocas de saldos. tenho que negociar bem onde os for comprar :)))

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Treinos Algarvios


5ªfeira de tarde rumámos a terras algarvias. cabanas de tavira, a nossa princesa. agora, e a cada ano, a cada semestre, mais massacrada. pelo betão, pelas barbaridades paisagísticas que o homem vai permitindo. mesmo aqueles que muito discursaram contra o modelo do progresso a qualquer custo. afinal … nunca digas que desta água não beberás.
ou o poder, o poder que tolhe a vista, mas pior, a visão.
e esborracha os sonhos, por entre os pneus de um qualquer camião dumper.
enfim, nesta época do ano, fere a vista mas ainda se consegue algum sossego.

o tempo à chegada brindou-nos com um final de tarde “havaiano”. um por do sol de luxo.
não resisti. depois de um dia entre o trabalho bem cedinho e a viagem, faltava-me a horita da praxe a correr aqui na eco-via.
tive uma companhia “premier”: o andré acompanhou-me de bicicleta, naquele que foi um treino suave. senti alguma leveza e o cardio andou baixinho, o que significa que existe algum efeito de treino a rondar :)

hoje, após um dia com sol, um passeio matinal à beira rio, uma dourada deliciosa, uma tarde a tentar ajudar o rodrigo na arte da pesca à linha no cais de cabanas, o desafio de monopólio da disney com o andré (começou de manhã, continuou de tarde e só agora pude fechar o jogo com os meus dotes de gestor de castelos da disney em grande escala :) lá teve que sair outro treino.

decidi-me por uns 10 quilómetros a ritmo de … 10 quilómetros. foi bom, entre trilhos da eco-via e asfalto, o corpo respondeu bem. terminei com 51 minutos, um bom tempo para um treino.
amanhã há uma meia maratona em treino (mais ou menos 1h50m a 2h) e domingo um treino suave antes do regresso. são sempre bons dias para treinar. sossegados, com o ar puro das rias de cabanas e formosa, e com um bom espírito.

boas corridas a todos, votos de uma boa páscoa e até breve.
ab
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ah! entretanto deixo mais algumas fotos do raide barris-palmela. agradeço à organização das lebres do sado e à dina mota a sua publicação aqui.

espero poder ajudar a abrir o apetite de quem nunca experimentou provas em trilhos/montanha. vale a pena!
abraço.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Maratona Carlos Lopes - 10 de Maio


acabei de me inscrever.
1 ano depois voltarei a fazer uma maratona: a mesma.
curiosamente com um estado de espírito e uma forma de encarar a corrida totalmente diferentes. e talvez nem esteja pior preparado. os trilhos e as 5 semanas que faltam para a prova hão-de confirmá-lo ... ou não ;-)
dia 10 de Maio partida pelas 8:30 no casino do estoril, rumo à expo.
um percurso bonito.
sempre a favor do vento :))) esperemos.
ab

segunda-feira, 6 de abril de 2009

525

... quilómetros. em 14 semanas.
os meninos asics gt 2130 têm-se portado bem, e como desejei no início do ano, têm-me acompanhado em muito boas corridas. em aventuras e descobertas. estão empoeirados, como eu gosto de os ver.

14 semanas de treino desde 1 de janeiro, 7 delas com treinos acima das 2h.
uma boa consistência, um bom nível de resistência de base.

começo a olhar para os próximos objectivos.
em maio há um apetecível e bastante perto.
a 5 semanas de distância penso no ajustamento do treino.

vamos ver o que acontece até lá ...!

ab

domingo, 5 de abril de 2009

Raide Atlético 30 km (Vale de Barris – Palmela)

o primeiro agradecimento é para a dina mota e para a organização das lebres do sado. sábado pelas 22h40m recebi um telefonema da dina.
(ainda bem que nos mails tenho o tm na assinatura :)
(e ainda bem que está sempre ligado) :)).
com algumas desistências havia uma vaga. fantástico. disse logo que sim. afinal a mochila estava pronta e o que seria um treino passou a ser uma prova. melhor. correr legalizado é sempre mais atraente. afinal, quando desejamos muito uma coisa, e alimentamos essa esperança, as coisas correm bem.
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primeiro desafio: chegar ao local. segui as instruções, ainda pedi ajuda a um jovem na estrada que circunda palmela e estava no caminho certo. depois das 2 rotundas foi sempre a descer até ao clube de btt de vale de barris. estacionado o carro no parque específico para os atletas – que luxo :), dei logo de caras com o antónio pinho. um cumprimento especial, pois foi graças a este companheiro que decidi ir, nem que fosse treinar.
levantamento do dorsal – número 36, um número já de “elite” :). a dina mota, uma simpatia, lá estava na distribuição e assim que ouviu o meu nome riu-se e apenas pude agradecer mais uma vez. ainda tempo, entre o equipar e o início da prova, para conhecer o josé magro, já a preparar outras andanças (ronda, 101 km) e para rever um companheiro do jamor, o p. h. cooper (fiquei a saber agora o nome, consultando a lista de inscritos pelo número do dorsal :) - está a ultimar a preparação para boston.

a coisa prometia. feito o briefing lá seguimos e ants do 1º quilómetro eis-nos na 1ª grande subida. a vontade era desatar a correr por ali acima, tão feliz estava. mas tive que moderar :). durante a subida, outra cara conhecida, também do jamor, uma mãe de triatleta com que me cruzo amiúde e a quem, a partir de agora, cumprimentarei mais cumplicemente.
a célia e a cecília também estavam por perto, depois de há 8 dias termos andado nos mesmos ritmos (mais ou menos, tartaruguei um pouco mais do que elas …).

após a subida e na zona dos moinhos, umas fotos e o primeiro momento de aprendizagem: é que isto de ir com a mochila às costas tem que se lhe diga.
percebi logo que teria que abastecer nas subidas, a andar, para não perder gás.
fotos tiradas, perdi um bocado de tempo, mas depois recuperei e segui em amena cavaqueira com o antónio pinho e mais 3 ou 4 atletas. o trajecto era bonito, algumas casas situadas em verdadeiros paraísos, muito verde, muito trilho com um grau de dificuldade leve. o percurso estava muito bem sinalizado e limpo, um excelente local para futuros treinos (nk tenho o percurso todo na cabeça, não me perco :).

havia muito sol, e uma brisa, que não deixava aquecer demasiado; as sombras davam um jeitão. numa subida antes do controlo, pelos 9,5 km, acabei por acelerar o passo e ganhei alguns metros ao grupo onde vinha. segui mais perto de outro grupo e sentia-me bem, após a descida. mais à frente vejo o grupo da célia voltar para trás e colei-me, literalmente, até ao fim!!! a vantagem de vir um pouco atrás é que não me perdi e apanhei uma boleia inesperada.

a partir daqui foi sempre em grupo, com a celia, a cecília, o josé e o gonçalo. foram uma companhia excelente, adorei, sempre com muito boa disposição. posso dizer que passei a 1ª hora com o amigo pinho em grande sintonia e as 2 seguintes com este grupo, igualmente muito bem acompanhado e muito satisfeito.
a prova teve ainda mais meia dúzia de subidas, alguma mais duritas, mas hoje estava imparável :))). senti-me muito bem e curiosamente o que me custou mais foram as descidas, pois havia também meia dúzia bastante “compridas” e que me partiram um pouco.

a determinada altura, uma vista soberba sobre a península de setúbal, num pedaço de asfalto, e novamente o regresso aos trilhos para arregalar a vista com as vinhas, os verdes campos, os montes e os moinhos, num cenário de excepção.
quase sem darmos por isso, estávamos a terminar, depois de passadas algumas casas onde apetece viver, com a subida inicial na nossa frente e a estrada para o local da chegada.


recebidos com palmas e num ambiente de festa finalizámos com 3h14 (ou 15m) (obrigado à organização das lebres do sado, pareceu-me que tudo correu impecavelmente, posso dizer que vou tentar arranjar mais freguesia para os próximos eventos), bebi aguinha, comi bolachinha e com pena tive que me vir embora. despedi-me do grupo, esperei pelo pinho para um bacalhau (obrigado amigo, valeu mais esta). despedi-me do magro e das caras que entretanto conheci e voltei, para abrir a porta de casa à malta, que estava sem chave :)
(a propósito passearam por palmela e divertiram-se; também por isso fiquei satisfeito, não apanharam uma seca - com esta prova dos 9 de ultima hora, que tive que tirar).

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lições aprendidas:
- a mochila (a que levei é granduxa) não se justifica para 30 km. deverá ser uma mais pequena ou poderá mesmo ser uma bolsa.
- ainda assim correu bem, todo o tempo a carregar a dita, em grande forma e estilo (eheheh … :). Senti-me, com as devidas e respeitosas diferenças, naturalmente, um atleta da maratona das areias :)
- a prova é magnífica, vale muito a pena
- aprendi a abastecer nas subidas enquanto caminho, para aproveitar o resto do tempo, foi excelente
- para tirar umas fotos bem esgalhadas, nada de telemóveis. para a próxima tenho que trazer uma máquina, é mais prática. e hoje não tive o nk nem o po :(
- tirei a prova do 9: esta é uma variante muito aliciante. para além da natureza e do convívio, é uma excelente forma de fazer treinos longos e trabalhar diferentes grupos musculares.

até breve
ab

sábado, 4 de abril de 2009

Pendura



ele há coisas que têm que ser ... !
descobri na 4ªf o evento. enviei um mail: inscrições esgotadas.
a resposta foi simpática, mas deixou-me desolado.

é que há uma prova dos 9 para tirar. e vai ser já este fim de semana. daí que tenha decidido fazer um treino de 30 km a partir de palmela :)
e depois do convite do amigo pinho para aparecer, não me farei rogado.
negociação feita com a família, isto deve implicar uma tarde de domingo a dar nas bikes (vai ser bonito depois da esfrega da manhã...). bem tento vender que há um roteiro cultural em palmela, com o castelo e etc. e tal, que ando a desbravar trilhos para depois levar a família em segurança aos mais belos locais de passeio e aventura, mas ... obtenho risos.

de qualquer forma, com a compreensão do costume, lá estarei.

para algumas confirmações.
para testar como é correr em autonomia, desta feita de mochila às costas.
vai ser no minímo interessante. pelo meio será um bom treino longo de 30 km.
no final acredito que termine todo sorrisos com o espectáculo de uma manhã domingueira bem passada, em muito boa companhia e numa paisagem de excepção.

bfs
ab

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Maratona vs.Trilhos

num comentário ao post anterior o companheiro jp questionou algo como: "o que custa mais, maratona ou trilhos?"
comparando as provas de maratona que fiz, com a dos trilhos do pastor, o que me ficou:

- os trilhos são menos pesados em termos de cardio, pois existe alternância entre corrida e caminhada, o que permite chegar mais descansado;

- em termos musculares talvez sejam mais pesados, pois trabalham-se mais músculos e com muitas subidas; enquanto o problema da maratona é a "batida" permanente no asfalto, nos trilhos anda-se sobre um manto mais suave, mas com mais sobe e desce, o que representa mais esforço muscular;

foto: pedro o. buda (que estava a descansar na subida, enquanto os galegos ...)

- nos trilhos as dores musculares são mais abrangentes, pois no final doem mais músculos do que na maratona;

- em termos articulares e tendinosos, os trilhos exigem mais, sobretudo movimentos de torção e laterais ao nível dos pés, o que, para quem não está habituado, deixa algumas mazelas durante um ou dois dias;

- finalmente, ao nível lombar, os trilhos são mais exigentes, nas subidas mais puxadas doem "as cruzes" :))).

foto: pedro o. buda (já em movimento para nos tentar apanhar :)

por todas estas razões ... gosto das maratonas, mas desde domingo já só penso em trilhos :)


foto: margarida (uma querida)

abraço
ab

quarta-feira, 1 de abril de 2009

AXTrail - Go Outdoor



o josé moutinho deu-me um papel após a chegada nos trilhos do pastor.
navgando apreciei o design e essencialmente o conteúdo.
de abrir o apetite.

ab