domingo, 29 de abril de 2007

Sem título

hoje não corri de manhã. mas precavi-me e já tinha feito as 3 sessões de corrida previstas para esta 1ª semana após o regresso. tivemos um jantar de malta amiga e depois fomos beber um copo e dar um pé de dança.
a semana desportiva correu muito bem: 3ªf natação - 30'30'', 1700m / 4ªf - total de 40' com a estafeta cascais-lisboa / 5ªf - mais 40' / sábado - 45'.
estou a correr muito devagarinho, pulsação baixinha, o corpo adora este ritmo, é uma fase muito importante, durante 8 semanas vou construir a base, devagarinho, de forma sólida, com muito prazer.

estar com os amigos é sempre bom. o jantar foi soberbo, italiano, junto ao rio tejo.

foto: carlos ferreira




o local dos copos e da dança também é óptimo, na mesma zona, muito mediatizado mas agradável.
duas notas:

- o tabaco, a menos importante: pois é, isto de ser "atleta" e ir para espaços da noite significa acordar com a boca seca, a garganta irritada, uma ligeira tosse. não fumamos mas fumamos tanto! é pena. mas o verão está aí à porta e os espaços ao ar livre sempre minimizam um pouco.

- os amigos e o astral, esta a mais importante: a onda estava meio estranha ontem, as coisas não correm bem para um ou dois amigos e os olhares estão a perder o brilho. há um desencanto que, independentemente das causas, tem em comum (na minha opinião) o ritmo e a alienação que esta sociedade "avançada e moderna" impõe. a malta anda no turbilhão do corre-corre profissional, as vidas pessoais não correm pelo melhor, o stresse e a perspectiva de nada mudar geram angústias.

começo a acreditar que ter uma vida famliar feliz, duas crianças de sonho, um trabalho onde me procuro realizar - apesar dos momentos menos bons, como em qualquer trabalho -, ter a corrida e outros "hobbies" que me preenchem e ajudam a aprender e a crescer, dormir pouco porque há acção na minha vida, há sonhos e objectivos, tudo isso começa a ser, cada vez menos, a norma.
cada vez mais à nossa volta, com pessoas que nos são queridas, reparamos que falta o fogo e o brilho no olhar. mas pior do que isso é a sensação de que está a fugir a capacidade de luta para procurar a felicidade. as pessoas estão a resignar-se. e isso é assustador. porque ir na carneirada é perder a identidade. e perder a identidade é perder a capacidade de luta e de revolta.
como escreveu o rodrigo silva no seu fantástico blogue - podemos fugir do cão, mas não podemos fugir de nós mesmos.

acredito e tento praticar que somos nós que fazemos o caminho.
nunca peço licença a ninguém para ser feliz. e fico angustiado e preocupado pelos meus amigos, de quem gosto tanto, por se resignarem. a felicidade apenas depende da procura, e esta apenas de querermos ou não. e desistir é o início da morte. mesmo para quem pensa que está vivo.

abraço
resto de bfs
ab

p.s.- estou a adorar escrever neste blogue. é fixe! talvez ainda se torne uma paixão, quem sabe?

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Caras conhecidas

5ªf - o meu 2º treino.
com o rodrigo na canoagem aproveitei para mais 40'. senti-me muito bem. estava uma ventania danada, mas lá dei às pernas. por volta dos 30' aquela sensação química de bem-estar - parece que devida à acção do cortisol. sente-se mesmo, parece que nos enche, essa boa sensação. depois mais 10' a gozar esse prazer.
e no treino o regresso das caras conhecidas e dos diálogos curtos em andamento. é um gosto rever caras que conhecemos, de quem não sabemos o nome, mas com quem partilhamos momentos importantes das nossas vidas. correndo.

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hoje um dia daqueles em que ... apenas nos resta sorrir:
- à hora do almoço bateram-me no carro, um carro a fazer a manobra de marcha atrás a sair do estacionamento e ... pimba, embate direitinho na minha dianteira. bem buzinei mas a música devia estar alta
- esqueci-me da carteira quando saí do trabalho
- quando me dirigia com a famelga para o benfica-porto em basquete, um furo
- finalmente, o benfica perdeu esse jogo

bom, amanhã o sol nasce de novo e como referi apenas resta sorrir porque estes incidentes acabam por ter piada e não têm importância nenhuma

abraço
até breve
ab

p.s. - volto à letra um pouco maior ;-)

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Estafeta Cascais - Lisboa


nada melhor do que o regresso à corrida com uma prova ;-)
fiz o 1º percurso da estafeta do gafe, cascais - lisboa, cobrindo a distância de 3,100m, entre o antigo dramático de cascais e a estação de comboios do estoril, em 14'16''.
no total, após 20' de aquecimento, fiz o arrefecimento até perfazer 40' de corrida.
foi um óptimo regresso, senti-me muito bem, como quem regressa a casa após um período de ausência.
obrigado carlos ferreira por me teres dado a oportunidade de correr no teu lugar. correr pelo gafe, em modo estafeta foi uma estreia e uma excelente sensação. passar o testemunho ao nuno kabessa foi um momento emocionante, que já está marcado na malha da memória. com o seu lenço na cabeça, laranja, a condizer com a camisola oficial do gafe, parecia um pirata trinaranjus ;-).

o dia começou cinzento. deixei o carro no parque palmela ao lado do ainda hotel estoril-sol.
não tirei uma foto do hotel por respeito pelo passado e pelo antigo porte real do hotel. actualmente parece um dos prédios devastados de beirute. sinais dos tempos, é mais uma transição entre o passado glorioso e um futuro racional/comercial. que concerteza vai proporcionar excelentes condições de vida e de prazer a quem aí habitar. oxalá a obra arquitectónica seja devidamente enquadrada na paisagem idílica .
dirigi-me ao antigo dramático e fui aquecendo. entretanto chegou o carlos presidente treinador, com o dorsal. fomos buscar o testemunho. hilariante o diálogo (foi mais ou menos assim) entre membros da organização:
- onde estão os testemunhos?
- não sei, estavam por aí numa caixa, há pouco!
- mas temos que ir buscá-los.
- não me fales nos testemunhos, tenho aqui muita coisa para fazer, procura-os, mas não tenho nada a ver com isso!
- e eu vou no carro, não posso estar com preocupações de testemunhos!
lá aprece uma caixa com os testemunhos, uns numerados, outros nem por isso. recomeçamos:
- então procura o número do testemunho correspondente ao número do dorsal.
- não é nada disso! é tirar ao calhas que os testemunhos não têm nada a ver com os dorsais.
um atleta do clube do stresse liderava a operação, guiando a organização ;-)
lá retirámos um testemunho.
tudo a postos, mas ainda uma espera de quase 10' para ver chegar a equipa da JOMA, com a primeira atleta a saltar da carrinha quase em andamento para a linha de partida. comentava-se e bem: "caso fosse uma das nossas equipas, bem podíamos chegar a esta hora que a corrida já ia no estoril".
lá fomos depois do tiro de partida, baía abaixo, passando o hotel baía, a baixa de cascais, o cascais villa. nem um aplauso. toda a gente atarefada, nesta manhã da liberdade. a subida do hotel estoril sol para o monte do estoril, feita já com algum sol a brilhar e com a esplendorosa vista do mar, que se abre perante nós, inundando-nos com a sua beleza selvagem de quem possuí tudo o que importa na vida, os segredos e todas as palavras não ditas. assim estava o mar na baía de cascais. no monte do estoril, finalmente, alguns aplausos. e depressa a estação do estoril, após a última curva, com a igreja de santo antónio, pequena, possuidora de verdadeiras obras primas da arte sacra, local que guardo porque aí me casei.
a passagem de testemunho ao nuno, o regresso a andar e a trote para o carro. o carlos, coach muito profissional ainda me deixou um powerade. já no carro, e com a agenda da manhã marcada pela necessidade de comprar mobílias para as crianças, ainda um pulinho a algés para aplaudir os atletas e o paulo armada e para um acenar ao carlos, nuno e luís, já no carro do coach. finalmente, um abraço ao elvis que suava a bom suar, já com o sol a pique e bem aberto, num dia lindo.
valeu, excelente experiência, uma corrida a reter, diferente, num cenário de sonho.
talvez alguém possa pegar na corrida, investir e organizar um evento desportivo sem par, com fins competitivos e porque não?, de solidariedade. acredito que a adesão seria elevada e as pessoas estariam em maior número na berma.
abraço
até breve
ab

terça-feira, 24 de abril de 2007

Amanhã ... o regresso

amanhã vou recomeçar as corridas. 35’, dos quais 3 km e 100m serão a abrir - em modo delírio - na estafeta cascais-lisboa.
vou fazer o primeiro percurso dos cinco do gafe. apesar deste mês sem correr não tive coragem para recusar o convite do nosso presidente gafista carlos ferreira, para o substituir.
depois do aquecimento, e dos ditos metros de corrida, penso fazer 20’ muito, muito lentos, para limpar o organismo do esforço sobre-humano atendendo à rapidez com que terei que correr ;-)
vai ser uma experiência engraçada, passar o testemunho ao amigo nuno kabessa. sobretudo passar um testemunho de amizade, de partilha de um vício e prazer em comum e do gosto em ser companheiro de equipa, do nuno e do resto da malta.
provavelmente vão rogar pragas porque terão que ultrapassar muitos atletas para sair da posição em que os vou deixar.
mas a realidade de amanhã é bem transparente: devagar se vai ao longe. e lá chegaremos à antiga fil com cinco contributos, um mais lento – muito lento, os outros quatro mais rápidos, alguns muito rápidos.
sobretudo vai ser um grande prazer.
abraço
ab

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Lições Aprendidas (... ou por aprender) para a maratona

- os planos de treinos dos amigos são bem feitos, com lógica e equilibrados.
nunca, mas nunca mesmo, copiar um plano de treinos adaptando-o de 5 dias (para o qual foi programado) para 4 dias – resulta mal! dá para fazer o melhor tempo na meia maratona, em termos intercalares no período de treino, mas no fim o resultado é bera.

- para além desta heresia, nunca alterar o plano de treinos nas últimas 3 semanas, a não ser para descansar mais. lixei-me!

- nas últimas 2 semanas de treino antes da estreia tive várias viagens em trabalho, pelo país. se for possível evitar, ou gerir as datas mais convenientes, recomendo. viajar é bom, mas em período de tapering pode ter maus resultados.

- ter cuidado no período de tapering com factores extra corrida, pois por muito bem treinado que se esteja, a máquina é holística e portanto, stresses na vida pessoal ou profissional, podem comprometer os objectivos.

- ter cuidado na análise ao cardio para não gerar preocupações escusadas. é natural a frequência cardíaca estar um pouquinho elevada devido à excitação de fazer uma 1ª maratona. é preciso não lhe ligar muito e ouvir, isso sim, o corpo. contudo o cardio não deixa de ser uma boa ferramenta.

- com 3 a 4 treinos por semana nunca estabelecer uma meta de tempo final ambiciosa. não há milagres – mesmo!, e portanto é preciso ir com calma, a seu tempo tudo aparece. e para fazer uma maratona com algum nível é preciso treinar pelo menos 5 vezes por semana (em meu entender, mas aqui também não sei bem porque nunca tive paciência para treinar mais do que 4 vezes por semana ;-)

- é perfeitamente possível fazer uma maratona com 3 ou 4 treinos por semana. e acabar bem. apenas não vale é querer muito para além de desfrutar da prova e de receber o prémio de chegar ao fim.

- para se fazer uma maratona ao fim de 2 anos de corrida é preciso começar a treinar com regularidade pelo menos 6 meses antes. a base para as maratonas ganha-se com os anos; só há um segredo, quilómetros nas pernas.

- tirar sempre – caso seja possível - um dia de férias (ou mais) depois da maratona. ir trabalhar no dia seguinte é mau!

- gozar a maratona, bebê-la toda, porque nunca sabemos se ou quando vamos fazer a próxima.

- se possível pedir ao carlos ferreira para estar presente – nem que seja necessário pagar honorários e despesas de deslocação – pois não há fotos iguais às que ele tira, nem molduras mais fantásticas do que a que tenho na minha sala! ;-) obrigado carlos!

Fds em cheio

uma agradável surpresa. o fim de semana foi sempre a bombar, sempre na rua. com sol a montes, muita suadela, a ter que acompanhar o ritmo das crinaças, isto é, sem parar, fartlek contínuo durante dois dias.
e no magnífico e renovado espaço verde do jamor encontrei velhos amigos e trocámos sorrisos de felicidade com o reencontro mas, essencialmente, fiquei maravilhado com a quantidade de pessoas que fazem exercício nos dias que correm.
é um espectáculo ver a mancha de gente a andar, correr, pedalar, jogar vários jogos com os seus pequenos.
traz-nos a esperança de que a pouco e pouco, de forma realmente evidenciada, a população portuguesa esteja a aderir e a escolher o caminho da saúde e do ar livre, em detrimento do fim de semana radioso passado nos grandes centros de consumo.
assim terminei as quatro semanas de respouso activo.
agora é tempo de regressar. e começaremos com as lições aprendidas na 1ª maratona.
até breve
ab

exercício da semana: 4ªf - 32' naração, 1700m / sábado - 1h20' caminhada / domingo - 40' natação, 2050 m

sábado, 21 de abril de 2007

Descanso q.b.

está a terminar o mês de repouso. finalmente ... ;-)
tal como as férias "profissionais", duas semanas é pouco, quatro semanas demais. três talvez seja o tempo certo. sobretudo porque esta época não foi muito desgastante e ainda tive umas duas semanas ou três de repouso no natal.
sempre a aprender com o corpo. ele é quem manda, basta ouvi-lo. às vezes é dificil. há que estar atento e fazer um esforço de focalização.
mas já está. a partir de agora vão voltar as corridas. é o que me pede. e com muito gosto lá iremos.
entretanto a papelada para a runporto.com já seguiu ontem. agora é só esperar a confirmação do noivado. sim porque isto é à moda antiga. namoro, noivado, casório mais lá para a frente.

abraço
até breve e bfs
ab

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Correr sozinho

correr, correr, sozinho, sim ...! gosto de correr sozinho, assumo. não é, talvez, o politicamente correcto, mas correr sozinho é o que faz a diferença, é a liberdade total.
é claro que gosto do gafe e de saber que enquanto corro o gafe está em trânsito ao mesmo tempo.
é claro, igualmente, que de vez em quando gosto de correr acompanhado a um ritmo lentinho pelos amigos do gafe: actualmente só há um que consegue acompanhar o meu ritmo lento e mesmo esse amigo - carlos b. - um dia destes dá-me um bigode e diz-me adeus.

mas na maior parte das vezes gosto mesmo é de correr sozinho. aí sou só eu e o meu corpo a mandar. não há sobreposição de ritmos, não há a "obrigação" de acompanhar nem aquela pequena pressão de ter que ir ao ritmo tal.

talvez seja porque quando corremos sozinhos estejamos apenas connosco e com os nossos medos. e porque é aí que crescemos, vencendo-os.

ninguém consegue nada sozinho. mas ninguém ganha a si próprio se estiver sempre acompanhado e "protegido".
por isso correr acompanhado é bom, mas para mim, correr sozinho é melhor.
ensina-me a não ter medo de nada, comigo a meu lado.
porque para partilhar a corrida não é preciso estar lado a lado. é preciso estar em sintonia, na mesma onda e ... ponto final!

abraço
até breve
ab

O pedido de namoro

continuei ontem o flirt com a maratona do porto.
ando com o boletim de inscrição preenchido há 2 semanas.
ontem fiz a transferência bancária para a runporto.com, no valor da inscrição.
um destes dias enviarei a papelada para lá.
e assim, tartarugando, lá prossigo com esta minha relação. o pedido de namoro está feito e aceite. agora vamos sedimentando esta nossa vivência em comum.

abraço
até breve
ab

terça-feira, 17 de abril de 2007

Carlos Lopes Gold Marathon (II)

voltando ao assunto, agora com uma análise de quem acompanhou a prova como espectador:

- muito pouco público. o existente, salvo raras excepções, nem saberia o que se passava, nem estava motivado para dar um incentivo aos atletas
- os abastecimentos pareceram-me ok., mas o gafe que correu pode falar com maior precisão
- não houve qualquer relação visível entre a maratona de bike e a da corrida a pé. pareceu-me que a tentativa de aproveitamento para mobilizar mais atletas e público ficou longe.
- admiro os estrangeiros e a malta tuga que faz estas maratonas, pois sem ser por motivos de estreia (como fiz em desembro de 2005) é de facto triste correr tão pouco acarinhado

- como em tantas outras áreas da sociedade, somos peritos em não conseguir agregar esforços para fazer algo partilhado, com muita qualidade e visibilidade para o país. por isso temos várias maratonas, todas com um número reduzido de atletas
- mas como não quero falar sem conhecimento de causa - já fiz 1, agora assisti e acompanhei outra, em outubro lá estarei no porto para a minha 2ª. depois comentarei.

ficam os parabéns para todos os que concluiram a maratona, isso sim, um feito que muito admiro.

abraço
ab

domingo, 15 de abril de 2007

Carlos Lopes Gold Marathon

a manhã foi muito desportiva.
quase 3h a pedalar, a ir e vir entre algés/estádio e o cais do sodré, com intervalos para tirar umas fotos para o álbum do carlos e do gafe. o carlos ferreira fez a sua 8ª maratona, a 2ª no espaço de 1 mês.
(carlos)

o carlos é um exemplo para o nosso grupo. tem uma enorme força de vontade e resiste às mais adversas situações, sempre com a corrida em mente. é uma referência estimada no gafe. por isso é o presidente vitalício ;-)
o gafe reuniu-se para apoiar. o pedro teixeira acompanhou-o até à meia. o nuno kabessa juntou-se-lhes aos 15 km e correu até pouco depois dos 30 km. o pedro oliveira juntou-se-lhes um pouco antes dos 30 km e seguiu até ao final, na zona da expo.

(carlos e pedro t.)
(carlos, pedro t. e nuno kabessa)
(carlos, nuno kabessa e eu a controlar o tempo ;-)

(o dorso do pedro o. antes de começar)

(carlos, nuno kabessa e pedro o.)

(carlos, nuno kabessa e pedro o.)


(carlos e pedro o.)

deixei os dois no cais do sodré e voltei para casa onde ainda tive uma hora de andebol com as minhas crianças.

(ontem a pedido deles fomos ver o benfica-sporting para os ¼ de final dos play-off. sempre que vamos assistir a um evento desportivo novo para eles, no dia seguinte é certo e sabido que teremos que o treinar ;-))

ficam as fotos que fui tirando da corrida, com destaque, claro, para o carlos, que usou a camisola oficial do gafe e terminou com um estrondoso tempo de 3h35’, o seu 2º melhor de sempre.
parabéns carlos!

treino da semana: 2ªf natação, 30’, 1700m / 5ªf natação, 32’, 1700m / domingo, bicicleta, talvez 2h45’ no total considerando os intervalos para as fotografias

e devagarinho estou apenas a uma semana de voltar a correr ;-) o repouso activo sabe bem mas hoje senti mesmo vontade de me juntar a eles no asfalto. está quase!

abraço
ab

sábado, 14 de abril de 2007

Jantar do GAFE

ontem foi noite de janta do gafe. massa para o presidente carlos ferreira que no domingo tem a 2ª maratona (maratona carlos lopes aqui em lisboa) no espaço de 1 mês. lá estaremos a dar uma força.
como comentávamos, conseguimos estar quase 3 horas a falar de corrida num restaurante, sempre com óptima disposição, por vezes a “incomodar” os convivas com sonoras gargalhadas. é este o espírito.
e as corridas de cada um dos gafes valem per si e pelos momentos de todos, partilhados entre todos. e com muito prazer verificamos sempre que o gafe está orientado para o futuro, deleitando-se com o passado. novos objectivos são aos magotes e trazem a vontade colectiva de sair do restaurante a correr.
uma última nota: a questão do tabaco. de facto incomoda.
temos sempre opção de procurar outras bandas. mas não deixa de ser desagradável. os fumadores têm todo o direito de fumar. falta apenas encontrar o devido equilíbrio. e falo à vontade pois tenho amigos queridos, fumadores, e não me quero privar da companhia. o que acontece – ainda - é que normalmente são os não fumadores que abdicam para poderem estar com os fumadores. não é um juízo de valor. é uma realidade. e quem sabe um desabafo na procura do tal equilíbrio.
abraço
bom fim de semana
ab

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Pedro Oliveira

a corrida é propícia a acontecimentos que nos acompanharão ao longo da vida. e a provas de amizade e entrega que nos deixam pequeninos e eternamente gratos.
no dia 4 de dezembro de 2005 estreei-me na maratona, em lisboa. a prova não correu totalmente como esperava e muito a custo lá se fez (o amigo nuno kabessa teve a amabilidade de publicar o relato no mui querido blogue que veneramos). cortar a meta foi uma conquista inenarrável.
todavia, o momento que guardo com mais intensidade não foi cortar a linha da meta.
por volta do quilómetro 38,5 já ia a lamber o asfalto sem saber se andava ou corria. alternava e só sabia que iria terminar e que o caminho era para a frente. a cristina e os amigos esperavam-me e sabia que lá chegaria nem que demorasse mais 1 dia.
repentinamente senti um alerta no que restava da minha lucidez: pensei estar alucinado. o pedro oliveira corria direito a mim. não estava a acreditar. tinha concluído a maratona há talvez mais de 1h e agora ia acrescentar mais 6 km aos 42,195m.
chegou com um sorriso e perante a minha estupefacção disse-me que me vinha rebocar. e ainda me chamou qualquer coisa parecida com calinas porque ia a tartarugar.

(foto: carlos ferreira) (o po de preto e eu de branco)

não consigo honestamente descrever o que significou aquele gesto para mim.
apenas que o guardo na minha memória física como algo que perdurará enquanto o meu sangue decidir correr.
e agora, para o fazer perdurar um pouco mais, aqui fica a partilha de um gesto de amizade com a a corrida, e a maratona em particular, por pano de fundo.
obrigado pedro. pertences a uma espécie em vias de extinção. por isso te chamamos buda no nosso gafe.
por isso, é uma honra ser teu amigo.
ab

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Atletas de pelotão e produtividade

há um facto interessante em portugal: a elevada (no meu entender) participação de atletas nas provas domingueiras. refiro-me a provas entre 5 e 15 km. com um pouco de vontade podemos considerar que nas meias maratonas também existe um número agradável de participantes.
ora, para quem anda nestas andanças é claro que, com as excepções (por opção ou muitas vezes conjunturais) de atletas que “treinam” nas provas, a maioria desta malta esgalha bem durante a semana.
eu próprio treino em média 3x por semana (e também por isso não alimento grandes sonhos ;-), o que me exige um esforço significativo de planeamento, concertação de agendas, disciplina para organizar o tempo entre as 2 crianças, a namorada, o trabalho, o resto da família, os outros prazeres e todas as formas de ocupar os tempos livres.
todo esta prosa introdutória para reflectir sobre a tão falada baixa produtividade no nosso país. se quem corre consegue, individualmente, organizar-se e gerir bem os “projectos” e objectivos das suas corridas, porque não o fazemos colectivamente?
no meu entender por 2 razões:
- porque faltam competências gestionárias e de organização (um problema sobretudo de forma de estar)
- mais importante, porque nas corridas cada um consegue ir buscar a motivação lá bem ao fundo e focalizar-se em objectivos que lhe dizem tudo, que empolgam, que são estabelecidos voluntariamente e com empenho total.

não há nenhuma organização (ok … existirão muito poucas) que consiga gerar esta motivação em alguém, esta vontade, o acreditar realmente em algo.
somos afortunados por ter descoberto uma - espero que entre outras - vertente das nossas vidas onde nos realizamos. é por amor à causa que corremos, porque acreditamos nesta causa e porque ela nos faz sentir bem, nos dá prazer e um sentido.
a nossa produtividade na corrida é muito elevada.
oxalá as organizações e quem tem responsabilidades gestionárias no país (em sentido lato) pudessem olhar para estes bons exemplos do desporto e de outras actividades da sociedade, para perceber que muito além do dinheiro, a verdadeira fonte de motivação não se paga.

abraço a todos
ab

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Hora de início das corridas

as corridas deviam começar mais cedo.
em portugal, com o sol e as altas temperaturas, começar pelas 10:30h a partir de fevereiro significa um sufoco garantido em qualquer prova de 10 km para cima.
e o argumento de que "é para que quem vem de longe tenha tempo de chegar", não pega.
ou a malta veio na véspera ou então acabou por arrancar cedinho e está certamente a tempo das 9:30h ou das 10h, no máximo.

ab

domingo, 8 de abril de 2007

Caminhada

há pouco liguei para a piscina do jamor. pretendia nadar cerca de 1h. acabei a desejar uma boa páscoa ao segurança pois a piscina está fechada. bom, fico com mais uns minutos para blogar.

ontem caminhei. 1h enquanto o rodrigo treinava no seu kayak.

o dia estava maravilhoso. um daqueles dias em que apenas nos resta a gratidão, pelo que a natureza nos dá. custou-me galáxias não começar a correr. adoro caminhar mas a tendência é sempre para ir mais rápido. estamos tão contaminados e formatados para ir sempre mais depressa que é um sufoco diminuir a passada.
caminhar ajuda-me a disciplinar e a aprender que, tal como o silêncio, a lentidão nos torna um pouco menos ignorantes. há tanto para ver e desfrutar que, com a rapidez que levamos nas corridas que corremos, na maioria das vezes nem atentamos nos pormenores mais valiosos.

resisti à tentação. afinal estou em mês de repouso activo. soube bem terminar, nada cansado, cheio daquela paisagem toda, verdejante e iluminada.
na 6ªf no almoço da famelga os meus primos mais novos olharam para mim como um alien porque não utilizo muito a imagem (e têm toda a razão porque 1 imagem vale por mil palavras). deixo umas fotos do rodrigo em pleno treino na pista de canoagem do jamor.


exercício desta semana: 3ªf - 30' natação, 1700m / 5ªf - 1h30' bicicleta / sábado - 1h caminhada

1 bom domingo de páscoa.
até breve,
ab

sábado, 7 de abril de 2007

O tartaruga sem e com febre

O tartaruga na chegada - corrida das lezírias (www.fotodesporto.com)
O tartaruga em delírio - no recorde dos 10 Km na Caparica (foto: Carlos Ferreira)

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Liberdade e felicidade – quem tem mais?

não sei se é por ser da época pascal mas há uma imagem recente que me persegue. tem cerca de 1 mês, o acontecimento. eram 8h da manhã de um domingo em que iniciei sozinho o treino de 1h15’. os companheiros do gafe chegariam mais tarde e cruzar-me-ia com eles no final. estava na fase de aquecimento e ligeiros alongamentos no parque de estacionamento do casino do estoril.
um homem dos seus 50 ou 55 anos descia pelo parque, ligeiramente cambaleante. vestia um fato verde escuro amarrotado, usava gravata, o cabelo era comprido, manifestamente oleoso. não se apercebeu da minha presença junto do carro. desceu e seguiu direito a uma garrafa de espumante abandonada no meio da rua. levou-a aos lábios e começou a beber. de seguida, de garrafa na mão viu um copo igualmente abandonado no chão, ainda meio cheio. levou-o à boca e bebeu-o de uma só vez. finalmente, encheu novamente o copo com o que restava da garrafa de espumante e novamente, de um só trago, terminou a bebida.
seguiu o seu caminho rumo ao caixote do lixo mais próximo. vasculhou mas não retirou nada. novamente a caminho desceu para o jardim do casino.
entretanto iniciei a minha corrida e cruzei-me com ele. tentei olhá-lo bem nos olhos. não me via. seguia o seu destino, imune à manhã, aos olhares, aos preconceitos, às regras, aos sons. seguia a sua alma, onde quer que ela já fosse. corri lentamente em direcção ao paredão do estoril, rumo a cascais. ainda me virei. o mesmo. o mesmo olhar longínquo, a mesma passada ao sabor da inclinação do caminho, o mesmo vazio, parecia que voava levemente por sobre o verde do jardim, assim, sem o peso da gravidade e das rotinas.
não posso, porque não consigo, não sei, afirmar qual dos dois será mais livre e, por consequência, mais feliz. que corridas da vida terá corrido aquele homem? qual a corrida que nos fará mais feliz, a minha ou a sua? nenhuma. cada qual escolhe a sua corrida e caso não seja feliz tem sempre a opção de mudar.
abraço
até breve
boa páscoa
ab

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Mamilos

fui dos que muito sangrou nos mamilos nos 2 primeiros anos de corridas. terminava as corridas encharcado a sangrar sem distinção do mamilo direito e do esquerdo. o banho que se seguia era dilacerante. imaginam não é? um homem já nem pode ser sensível de mamilos.
não havia penso, pomada, ligadura ou creme gordo que se aguentasse neste corpinho com a penugem suada.
depois descobri a marca nike e as camisolas justas nike pró. a minha vida mudou.
voltei a tomar banho depois das corridas ;-) e nunca mais sangrei nas corridas ou nos treinos. agora concentro-me apenas nas dores nas pernas.
como as camisolas que mudaram a minha vida são “pró” carote, caso haja alguém (nike ou algum intermediário) que queira patrocinar, fico eternamente agradecido.
abraço
até breve
ab

terça-feira, 3 de abril de 2007

IRS

o conceito de irs ultrapassa-me. não compreendo muito bem. limitações minhas.
senão vejamos:
faço uma maratona e por cada quilómetro percorrido recebo um powergel e um par de ténis de corrida.
no final recebi 42 embalagens de powergel e de pares de ténis de corrida.
e então chega ao pé de mim um inspector das finanças e diz-me que tenho que lhe entregar (por exemplo) 20% do produto do meu trabalho. tome lá amigo, 8 embalagens de powergel e 8 pares de ténis (aproximadamente claro).
e pronto é isto o irs.
sim, porque se me dissessem, é o estado social, isto é para entregar aos mais desfavorecidos e vai para a, b, c, d, … poderia fazer um esforço e perceber que temos que ser solidários e etc.
mas não. não sei para onde vai o imposto sobre o produto do meu trabalho. apenas que mo levam.

abraço
até breve
ab

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Domingo desportivo

logo pela manhã 45’ dentro de água, no jamor, 2,450m.

em mafra na corrida dos sinos o gafe cumpriu: o nuno kabessa em 1h08’, o pedro oliveira e o carlos ferreira em 1h09’. parabéns por mais uma prova concluída.

a seguir ao almoço regresso a salvaterra de magos: a 1ª competição de kayak do meu filho rodrigo. 9 aninhos. que felicidade ver o rodrigo e o andré (7 anos e meio, mais para os lados dos futebóis) a descobrirem o prazer das lides desportivas.
senti-me feliz porque o rodrigo gostou, divertiu-se, desfrutou de uma tarde com os colegas de equipa, retirou um imenso prazer e ganhou um pouco mais de motivação para continuar num desporto fantástico.

ao início da noite lá estive na catedral. resultado justo, um espectáculo com alguns momentos emotivos, uma companhia incomparável, a do meu mano.

foi um bom domingo. não corri. mas estive com quem amo, fiz desporto, vi desporto, viajei para uma terra muito simpática, senti um enorme prazer pelo dia que passei.
foi a prova de que há muitas corridas na, e para além, da corrida.

abraço
até breve
ab