a semana desportiva correu muito bem: 3ªf natação - 30'30'', 1700m / 4ªf - total de 40' com a estafeta cascais-lisboa / 5ªf - mais 40' / sábado - 45'.
estou a correr muito devagarinho, pulsação baixinha, o corpo adora este ritmo, é uma fase muito importante, durante 8 semanas vou construir a base, devagarinho, de forma sólida, com muito prazer.
estar com os amigos é sempre bom. o jantar foi soberbo, italiano, junto ao rio tejo.
foto: carlos ferreira
o local dos copos e da dança também é óptimo, na mesma zona, muito mediatizado mas agradável.
duas notas:
- o tabaco, a menos importante: pois é, isto de ser "atleta" e ir para espaços da noite significa acordar com a boca seca, a garganta irritada, uma ligeira tosse. não fumamos mas fumamos tanto! é pena. mas o verão está aí à porta e os espaços ao ar livre sempre minimizam um pouco.
- os amigos e o astral, esta a mais importante: a onda estava meio estranha ontem, as coisas não correm bem para um ou dois amigos e os olhares estão a perder o brilho. há um desencanto que, independentemente das causas, tem em comum (na minha opinião) o ritmo e a alienação que esta sociedade "avançada e moderna" impõe. a malta anda no turbilhão do corre-corre profissional, as vidas pessoais não correm pelo melhor, o stresse e a perspectiva de nada mudar geram angústias.
começo a acreditar que ter uma vida famliar feliz, duas crianças de sonho, um trabalho onde me procuro realizar - apesar dos momentos menos bons, como em qualquer trabalho -, ter a corrida e outros "hobbies" que me preenchem e ajudam a aprender e a crescer, dormir pouco porque há acção na minha vida, há sonhos e objectivos, tudo isso começa a ser, cada vez menos, a norma.
cada vez mais à nossa volta, com pessoas que nos são queridas, reparamos que falta o fogo e o brilho no olhar. mas pior do que isso é a sensação de que está a fugir a capacidade de luta para procurar a felicidade. as pessoas estão a resignar-se. e isso é assustador. porque ir na carneirada é perder a identidade. e perder a identidade é perder a capacidade de luta e de revolta.
como escreveu o rodrigo silva no seu fantástico blogue - podemos fugir do cão, mas não podemos fugir de nós mesmos.
acredito e tento praticar que somos nós que fazemos o caminho.
nunca peço licença a ninguém para ser feliz. e fico angustiado e preocupado pelos meus amigos, de quem gosto tanto, por se resignarem. a felicidade apenas depende da procura, e esta apenas de querermos ou não. e desistir é o início da morte. mesmo para quem pensa que está vivo.
abraço
resto de bfs
ab
p.s.- estou a adorar escrever neste blogue. é fixe! talvez ainda se torne uma paixão, quem sabe?