quinta-feira, 29 de maio de 2008

Pensamento

stresse: um conceito fundamental, essencial para viver bem.
sem stresse, nos níveis adequados, ninguém consegue ser feliz e viver plenamente.
com muito ... é a derrocada.

mas como o caminho se faz sempre a aprender, aqui fica o pensamento:
- o pior stresse não é o que se deve à sobrecarga, é o que decorre da impotência, é o querer sem poder.

fica outro pensamento:
- independentemente de toda e qualquer fonte externa, o regulador do stresse é sempre, única e exclusivamente, interno.

resumindo: apenas depende de cada um de nós!
abraço
ab

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Leitura


uma extraordinária biografia de winston churchill.
uma (re)leitura poderosa.
inspiradora na actual conjuntura.
de françois bédarida

sábado, 24 de maio de 2008

O tempo voltará

exercício vai-se fazendo - pouco.
treino nada!

há outras ondas que se atravessam no caminho.
é hora de batalhar noutras frentes, para um destes dias regressar em força, cheio de vontade e ânimo, para treinar. por agora ainda não.
até, e sobretudo, para treinar, é preciso "espírito".
e a somatização de alguma pressão não ajuda ao sentimento adequado.

mas hoje de manhã no jamor foi um daqueles momentos únicos:
o dia estava soberbo, a temperatura amena, o piso molhado da noite, o verde muito verde. a equipa de kayak seguiria para crestuma, para onde irei amanhã de madrugada assistir à prova.
tive tanta vontade... mas havia deveres à espera!

mas senti, senti a corrida pelo corpo fora.
nos companheiros que já corriam a essa hora revi o prazer.
afinal, os regressos são carregados de festa.
este não será excepção.

bom fim de semana
ab

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Desafio adiado

bom, directo ao assunto: não vou terminar o triatlo de oeiras.
não tenho treinado o suficiente e é hora de me portar como um tipo com cabeça (tem dias ... poucos!).
aprendi nas últimas semanas que é muito mais difícil treinar para um triatlo, mesmo o primeiro e "sprint", do que para uma maratona.

para correr apenas preciso de ter o equipamento à mão e ... pronto. já está! qualquer aberta dá para sair a correr.
para pedalar - preciso de uma bicicleta e de mais tempo, para nadar de uma psicina.
e tem sido difícil, com horários algo desajustados.

ou então ... é tudo uma questão de motivação, deixa-te de tretas que se desejasses mesmo, lá estarias!

treinos apenas ao fim de semana.
assim, sem contemplações: não vou!
haverá mais triatlos.

continuo a fazer exercicio (nesta fase não posso chamar treino). tento duas ou três vezes por semana. ainda tentarei ir a uma ou outra corrida, antes de julho.
aí será mesmo descanso activo (afinal como agora), para depois redefinir objectivos.

obrigado, sempre obrigado aos apoios e palavras amigas, e em especial ao luis pela oferta da bike.
a estreia fica adiada mas não esquecida.
abraço
até breve
ab

sábado, 10 de maio de 2008

Vanessa e Portugal



sem palavras.
deixei a gravar, de manhã estive em alhandra nos regionais de esperanças de kayak. papá orgulhoso, com a estreia do rodrigo em k2.

acabo de ver agora as imagens da prova feminina do campeonato da europa.
deixo um link para o post de há sensivelmente 1 ano.
http://afebredotartaruga.blogspot.com/2007/05/taa-do-mundo-de-triatlo-lisboa.html

orgulho pela vanessa, pela equipa portuguesa e pelo nosso país. orgulho por mais uma brilhante organização.
bfs
ab

quinta-feira, 8 de maio de 2008

O peso do bem estar

já andava para escrever sobre o assunto há uns tempos e hoje vi um post do pedro a. aqui e cá vai.

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falemos de peso e de como mudei a minha vida (neste e noutros aspectos que foram a cereja no topo do bolo).
janeiro de 2003, saído da época natalícia: pesava cerca de, ou mais, de 82 kg, para 172 cm.
mais do que o peso, mais do que a gordura, sentia-me mal. sentia-me inchado, amorfo, inerte.
fumava 4 a 5 cigarros por dia. praticava natação 3x semana - não o suficiente para deitar o cigarro fora. fazia exercício mas per si não estava a ser suficiente para perder peso e para deixar de fumar.
e chegou a decisão. de dentro. da necessidade e do grito do corpo. CHEGA!
fumar nunca mais (esta foi a parte fácil, creio que nunca cheguei a ser dependente). e a meta: reduzir o peso, sentir-me melhor.
a partir daí tentei pensar mais racionalmente. precisava de beber água, muito mais do que bebia, aumentar as verduras, reduzir as gorduras. curiosamente não estabeleci um plano rígido. propus-me reduzir o peso por fases. em 1º lugar desejava chegar aos 74 kg.
passei a ingerir 1,5l de água. suprimi os doces durante uns meses, bem como tudo o que era frito. esforcei-me por reduzir a quantidade de comida. sobretudo aquela parcela proveniente da gula. aumentei igualmente o número de pequenas refeições por dia. passaram janeiro, fevereiro, março. apenas me pesava semanalmente. mais do que os quilos, ia notando o aumento do bem estar. atento, comecei a perceber que a coisa estava a resultar por alturas de abril.
gradual e vagarosamente já tinha perdido cerca de 6 quilos. persisti em não ficar obcecado com qualquer meta muito mais além. o corpo havia adoptado uma nova forma de relacionamento com o mundo. mantive exactamente a mesma actividade física, "apenas" a natação, 3x por semana.
os meses sucediam-se. chegaram as férias de verão. quase no final desse período fui a uma farmácia e pesei-me (confesso que nunca confiei muito nas balanças de casa, pareciam-me sempre mal calibradas e apenas serviam como termo de comparação de semana para semana). era uma daquela balanças antigas, com pesos. para mim significava que era das precisas.
descalcei os chinelos veraneantes, de calção e t-shirt o desvio não seria muito.
final de agosto: o peso era de 69 kg. supresa das surpresas. havia superado largamente a meta inicial. em 8 meses, de forma graudal, natural e muito importante: sem prescindir verdadeiramnte de nenhum dos componentes da alimentação que muito prazer me dão, tinha feito um caminho lento, suave, de aprendizagem. mais do que a perda de peso, aprendera a ouvir o corpo, a equilibrar refeições e estados "estomacais", a compensar alguma refeição mais farta com outra regeneradora. nunca deixei de comer nada do que gosto, incluindo doces. passados os 1ºs meses voltei a introduzir os doces e a fazer algumas asneiras.
adoro comer. só que desde há 5 anos, sei comer. e o "corpo" aprendeu a gerir os equilíbrios.
o segredo: bom senso, paciência, crença de que mais tarde ou mais cedo o resultado chega.

curiosamente, nos períodos em que treino mais intensamente ando sempre mais descontrolado. como mais porcarias, pois sinto-me mais à vontade e o bem estar mantém-se.
assim que reduzo a carga, ouço novamente o corpo e equilibro o consumo.

o segredo: mais do que o peso, é preciso perceber quando e de que forma nos sentimos bem. a escala parte sempre de dentro.

abraço
ab

domingo, 4 de maio de 2008

Domingo - 4 de Maio

Elas são as mães:
rompem do inferno, furam a treva,
arrastando
os seus mantos na poeira das estrelas.

Animais sonâmbulos,
dormem nos rios, na raiz do pão.

Na vulva sombria
é onde fazem o lume:
ali têm casa.

Em segredo, escondem
o latir lancinante dos seus cães.

Nos olhos, o relâmpago
negro do frio.

Longamente bebem
o silêncio
nas próprias mãos.

O olhar
desafia as aves:
o seu voo é mais fundo.

Sobre si se debruçam
a escutar
os passos do crepúsculo.

Despem-se ao espelho
para entrarem
nas águas da sombra.

É quando dançam que todos os caminhos
levam ao mar.

São elas que fabricam o mel,
o aroma do luar,
o branco da rosa.

Quando o galo canta,
desprendem-se
para serem orvalho.

O sorriso
é para as criança
que pressentem nas fontes.

Só elas conhecem
a morte
pelo cheiro da sombra.


Eugénio de Andrade, Os Sulcos da Sede

sábado, 3 de maio de 2008

Procura

e lá foi , 5ªf 45m de corrida e ontem 30m de natação. voltando devagar, prazeirentemente.
o jamor, lindo, está inundado de gente neste fds comprido para alguns (eu ontem lá tive que labutar, mas são sempre dias mais calmos).

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em pouco dias tive 2 conversas sobre o mesmo tema. e o tema vem aqui a propósito de um post de um Querido Amigo - AQUI.

estamos metidos numa sociedade dita moderna que se está a banalizar e a perder a riqueza das ideias. trivial e com menos motivos de interesse (ou mais, sociologicamente). parece que os comportamentos convergem todos para um padrão. parece que toda a gente tem que pensar da mesma forma. parece que quem "ousa " (e é triste ter que utilizar o verbo ousar para reflectir sobre formas de pensamento diferentes) dizer ou reflectir de forma diferente sobre as coisas fica logo rotulado como uma ovelha tresmalhada.
as conversas versam tantas vezes o mesmo que parece estarmos sempre no mesmo filme, apenas com personagens diferentes.
assumem a dianteira os vínculos e os interesses laborais, o status que tal representa, onde moras, que carro tens, onde passas férias, em que loja compras a roupa.
ninguém (forçado claro) quer efectivamente saber do outro, do sentir, das felicidades e infelicidades, das lágrimas e dos sorrisos, ninguém quer partilhar valores.
porquê? talvez porque se tenha medo da exposição, de entrar por um caminho sem regresso onde cada qual teria que começar por se questionar. talvez por medo de ser visto como diferente, de não fazer parte da carneirada.
acabaram as ideologias. a supremacia do capital castra as mentes. basta atentar no triste espectáculo da política nacional, dia após dia. debatem-se interesses camuflados em discursos sobre valores. e infelizmente transferem-se para as relações pessoais esses tiques "modernos".
continuarei a dizer não. continuarei a procurar as veias interessantes da vida. à margem do que é considerado normal ou politicamente correcto.
porque se a vida tem algum sal e interesse, decorre das pessoas e de conhecermos pessoas com coisas novas e diferentes para contar. não decorre certamente de sabermos o que fazem, onde trabalham, quanto ganham e que carro têm.
a corrida, o desporto também nos permitem isso: conhecer muita gente interessante, com interesses de vida em comum, mas muito para além do que fazemos.
é que cada um é sempre muito mais do que o que mostra.
abraço
bfs
ab

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Uma questão de liberdade

ando a sentir o bicho.
o distanciamento faz bem, natação e bicicleta ok, o triatlo uma boa meta, o descanso está a permitir deslocar a cabeça da rotina da corrida, pois têm sido muitos quilómetros.
mas ... a cabeça fora da corrida significa também a cabeça dentro de outras coisas, muitas vezes menos agradáveis do que a corrida.
e não nego que a corrida gera um efeito de "afastamento" da realidade mundana que descansa a cabeça, e que não o têm a natação ou o andar de bicicleta.
provavelmente hoje, ao fim de 2 semanas e meia sem correr irei dar um trote no jamor, ao final da tarde.
porque a cabeça precisa e exige e porque o corpo vai desejando o regresso.
afinal se o "stresse" se alimenta da falta de controlo sobre o envolvimento, há que começar a recuperá-lo com os momentos do controlo total.

a corrida dá-me isso, o controlo total sobre o tempo, sobre mim, sobre o efeito do tempo em mim, sobre o que desejo fazer sobre o tempo.

correr é libertar a liberrdade amarrada em nós ... (saíu, desculpem a piroseira do slogan ;-)

resumindo e atalhando: preciso de correr! hoje.
ab