segunda-feira, 30 de agosto de 2010

9º Trilhos de Monsanto - As fotos














as fotos da prova dos trilhos de monsanto em:
com o devido agradecimento aos respectivos fotógrafos.

ab - tartaruga

domingo, 29 de agosto de 2010

9º Trilhos de Monsanto - Circuito Salomon


morar perto tem destas coisas. saí de casa às 10 para as 9h e 10m pelas 9h estava no semáforo perto de são domingos de benfica, onde encontro o mestre k, também a estacionar. nem combinado daria tão certo :).

no espaço de poucas horas era a 2ª vez que andava pelas redondezas, onde ontem à noite havia assistido à beatificação de um dos guarda-redes do benfica, depois da vilania com que foi brindado nos últimos tempos. coisas da bola!

já tinha saudades de uma corrida, a última tinha sido no guincho há precisamente 3 meses.
após estacionarmos fomos levantar os dorsais. já aí fiquei com a sensação de que estaria menos gente do que no ano passado, algo que creio ter confirmado durante a corrida.
no levantamento dos dorsais as caras conhecidas e um prazer imenso em rever o josé pereira e a cecília, bem como o mayer raposo.
rapidamente seguimos para nos equipar e enquanto aguardávamos pela partida, mais caras conhecidas, o tigre, o tiago, a grande analice e outras caras do pelotão que se conhece de vista mas ainda não, de facto, até um destes dias.
o calor apertava, mas este ano, 2ª participação, já sabíamos ao que vínhamos. segui de camisola branca, bastante receptivo a um comentário do ano passado no blogue a desaconselhar a cor vermelha da corrida do tejo ;)

a experiência de facto ajuda e logo de início, de forma muito natural, o corpo sabia quando devia caminhar e quando devia correr. o mestre k seguia mais à frente, à vista, perto do mayer.
acelerando nas descidas, com o devido cuidado pois o piso estava muito seco e era fácil escorregar, com o cheiro a terra quente, o sol a crescer impiedosamente sobre nós, o suor a escorrer em cascata, lá segui a bom passo, confiante e bem-disposto.
a promessa de 3 abastecimentos em cada 3 km foi rapidamente apagada do mapa, pois no 1º percebi que já íamos quase com 4 km e no segundo talvez com 7 ou 8 km. tentava beber, molhar a cabeça e o tronco. a meio da corrida já os mamilos davam de si e segui em tronco nu para torrar este corpinho ainda com resquícios de bronze de veraneio.
relativamente ao ano transacto, a corrida correu muito melhor. por um lado já conhecíamos o percurso. por outro, o doseamento do esforço foi mais fácil. por outro, ainda, menos 2 kg de peso talvez ajudem a correr um bocadinho mais :). finalmente, com mais 2 treinos do que há 1 ano, para o mesmo período de tempo, com mais volume, também se tornou evidente de que estava em melhor condição.

perto do 7 km colo-me ao mayer e viemos na palheta a falar de mamilos … de corredor, claro está, e da sua pequena lesão, após o treino de 21 km de ontem ... :) !!!
avancei um pouco a seguir ao abastecimento, mas já na zona a descer, o mayer passa por mim que nem um foguete. estava bem e segui com ele até à meta, com uma companhia de excepção de um dos mais experientes atletas de trilhos do pelotão.

no final registei 1h17m, menos 11m do que no ano transacto (???). o mestre k viu o gps e confirmou-me que tínhamos talvez feito 1 km a menos do que estava previsto na distância da corrida.
bate certo, pois com mais 6 ou 7m para esse km, registaria 1h24m, menos 4m do que há 1 ano, e talvez a tradução real do meu melhor estado físico.

foi uma excelente prova, com uma boa organização, fitas sempre no sítio certo, não dei por que alguém se tenha perdido, sempre pessoal da organização nos locais certos a indicar o caminho, a água tão fresca quanto o possível, gostei muito, novamente.
e à 2ª conseguimos desfrutar mais, já temos mais atenção aos pormenores.
creio ser um excelente corrida para principiantes nos trilhos que andem em corridas de 10 a 15 km, em estrada. dá perfeitamente para ganhar técnica de caminhada nas subidas mais duras, aprender a descer com algum segurança, nas descidas mais íngremes mas sem grande perigo “técnico”; a repetir, espero, para o ano.

e o verde de monsanto, com as sombras providenciais no meio do calor (quase sufocante), mais o brilho dos raios de sol que penetram pela vegetação adentro, oferendo-nos um espectáculo luminoso, são cartões de visita perfeitos que me deixam agarrado a esta corrida.
abraço
até breve
ab - tartaruga

sábado, 28 de agosto de 2010

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Os extremos ...


para um curioso e apaixonado pelo fenómeno desportivo, é por vezes uma pena os extremos tocarem-se tão frequentemente no nosso país.
sem qualquer ordem cronológica ou ranking de importância, surgem o excelente e o deprimente.
excelente

selecção portuguesa de canoagem nos mundiais (fernando pimenta, joão, ribeiro, teresa portela, beatriz gomes, joana vasconcelos, ...)

selecção portuguesa de atletismo nos mundiais (sara moreira, naide gomes, jessica augusto, ...)

selecção portuguesa de rugby de sevens universitário

centro de alto rendimento do jamor - atletismo (um espanto e fazem-se umas boas rampas logo ali ao lado ... :)

desempenho do sporting de braga, na champions league de futebol, ontem em sevilha

selecção portuguesa na taça davis frente ao chipre

a empresa de kayaks nelo, a melhor a nível mundial, com um nível de excelência que faria inveja a muitas empresas que levantam a crista por aí

deprimente

a novela mexico-venezuelana entre federação portuguesa de futebol, idp/autoridade anti dopagem, carlos queiróz

a "longevidade" com que os dirigentes federativos vão permanecendo nos seus cargos, década atrás de década nalguns casos (fernando mota no atletismo, gilberto madail no futebol). deviam existir regras de governação das instituições que tornassem mais claro e ouso dizer, um pouco mais democrático, o processo de sucessão e de alternância.

os vícios e as tricazinhas tão portuguesas vão fossilizando sem que ninguém lhes ponha a mão em cima

as declarações de dirigentes desportivos ao mais alto nível, de instituições de "utilidade pública", leia-se vieira, pinto da costa e bettencourt, por exemplo, que deviam ser mais comedidos por respeito aos seus clubes e ao nosso país, dado que dizem as maiores barbaridades, de forma impune, e a praça pública alegre e feliz por ter mais um motivo oco de discussão, compra e replica, como se não existisse amanhã

a atitude, na generalidade, da selecção nacional de futebol no mundial da áfrica do sul, não pelos resultados, mas porque se há selecções que "comem" a relva, a nossa acabou por andar a passear na relva, sem a verdadeira ambição dos que vivem com a alma os momentos verdadeiramente altos

as trocas e baldrocas que foram surgindo na volta a portugal em bicicleta, entre atletas e entre dirigentes, com algum anti desportivismo perfeitamente desnecessário

até breve
ab

domingo, 15 de agosto de 2010

Longão à beira Tejo


regressado a lisboa, foi dia de longão (1h20m, é nesta fase um longão :).
os caminhos da manhã levaram-me, naturalmente, para junto do rio.
o tejo corria forte, esplendoroso.
cruzei-me com corredores e caminhantes e ciclistas. todos de sorriso estampado.
ainda era cedo, nada de confusões. uma ligeira aragem fazia com que o treino fosse suportável.

após a bomba de gasolina junto à vela latina, deparei-me com o altis spa belém.
já havia passado por ali várias vezes; de cada uma, olho atentamente o edifício.
não percebo de arquitectura, mas agradam-me de sobremaneira, o edifício e o seu enquadramento, junto ao rio e à doca.

o ritmo deu para chegar até depois do museu da electricidade, junto ao bbc.
senti-me muito bem, e preparado para daqui a 15 dias correr os trilhos de monsanto.
falta a inscrição que será feita esta semana.

terei a companhia do mestre guru nuno k., que com planos de maratona já está a treinar a sério.

uma nota mais: ontem ao chegar de férias calhou medir a tensão arterial e a pulsação.
a tensão estava como é habitual nos 11-7, normal.
a pulsação, pela hora de almoço e em posição sentado, ia nos 48 p/m.

excelente, talvez a prova de que o kayak também ajuda a ganhar alguma resistência, em alternância com a corrida e que, essencialmente, as férias deram para relaxar totalmente - afinal o seu objectivo foi cumprido.

abraço
até breve
ab - tartaruga

sábado, 7 de agosto de 2010

Zoo e Bolaño:2666

um galo que canta às 2 da manhã e volta a repetir a graça às 6 da manhã, …

um conjunto de patos e gansos que grasnam a qualquer hora, “sem critério” para mim compreensível, …

pássaros que piam e cantam a muitas horas do dia, umas mais oportunas para mim, outras nem por isso (tipo hora da sesta), …

cães que ladram, dos quintais, porque o vento mudou para “nortada”, …

peixes de ria que os meus filhos pescam, sentados no kayak, amarrado a uma bóia, em plena enchente, e que alegremente devolvem à fonte, ligeiramente feridos, mas concerteza reconfortados pela dimensão solidária dos catraios (e eu que de pesca não percebo nada, mas que no prato ainda dou umas dicas, a vê-los passar …), …

a nossa tartaruga olga, louca, louca, de energia, seja pelo calor, seja pelo verde que a rodeia, seja porque a deixamos andar fora de água mais tempo do que é habitual,, a querer sair da sua “piscina” à força de uma impulsão só vista num michael jordan ou num magic Johnson ou num karim abul jabar, em contínuo exercício de “pata ergómetro”, …


invejavelmente, vivo as férias no meio da natureza, e rodeado por um autêntico ecossistema zoológico ;)
como nos habituamos depressa, já é tudo natural e até estranho quando algum destes companheiros não “diz” nada!

junte-se a este contexto o inenarrável e magnífico livro que vou lendo do
roberto bolaño: 2666

e tudo se conjuga de forma certeira!
esplêndido!!!

até breve.
abraço
ab - tartaruga

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Em jejum


comer ou não comer de manhã antes do treino? ou melhor, antes do tipo de treino muito leve e com duração até 50m ou 1h, que ando a fazer …


parece absurda a pergunta!

é claro que antes de a colocar a discuti cá em casa, “bioquimicamente”, para perceber melhor as bases.

eu explico: estes treinos levinhos, a um ritmo lento (muito lento no meu caso), madrugadores, pela fresquinha (tem dias, pois o calor como já escrevi à vezes chega mais cedo), têm sido cumpridos apenas com um copo de água no bucho. as reservas são as da noite anterior e as acumuladas para trás.
eu também sei que o pequeno-almoço é a refeição mais importante do dia, ainda mais quando vamos treinar.
sei ainda que corremos o risco de ir buscar reservas energéticas onde não devemos.

mas … sabe mesmo bem, andar devagarinho, a limpar o organismo. termino com uma sensação fantástica de limpeza, de “transparência” física que é revitalizada pelo duche de água fria e concluída, aí sim, com um pequeno-almoço regenerador.

eu sei que não devo …
mas sabe mesmo bem! e enquanto correr devagarinho e durante este “pouco” tempo, talvez mantenha este “pecado”.

até breve.
abraço
ab - tartaruga

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A corrida como ferramenta


daqui a uns dias faz 6 anos que comecei a correr.
já o escrevi por estas bandas, a minha vida mudou para melhor. por várias razões. mas a fundamental talvez seja algo de que nunca falei: a corrida como ferramenta …!


com efeito, após estes anos de constante aprendizagem, hoje creio saber melhor como planear um ciclo de treinos, ou se repouso activo, por exemplo. creio saber como estruturar uma semana de treinos, de forma continuada durante 6 a 8 semanas para um período base, e durante mais umas 6 a 8 para um treino que tenha objectivos como uma prova de 10km, uma meia maratona, ou uma maratona.

tenho ainda que aprender muito sobre planos de treinos para provas de trilhos e montanha, apesar de já te feito algumas, a mais longa de 40km, nos já épicos (para mim!) trilhos de almourol, organizados pelo clac e pelos meus amigos brito e otília (segue um abraço).

mas … e há sempre um mas!, mais importante do que preparar treinos e provas, estes 6 anos de corrida ajudaram-me a saber como me posso mexer – a correr ou a marchar, neste caso – sempre que necessito de repousar em períodos mais conturbados, de maior stresse. ajudaram-me a saber estruturar, na mesma lógica das 3 sessões semanais, um plano de recuperação … da mente. e um plano para melhorar o bem-estar, quando as coisas não correm como desejamos.

a corrida como ferramenta: eis uma ferramenta de que não prescindo, jamais prescindirei, sob pena de perder uma das mais fáceis e revigorantes formas de nos sentirmos melhores instantaneamente: porque nos mexemos, com um qualquer objectivo, e de forma estruturada e controlada. e, melhor ainda, com uma logística relativamente fácil, pois bastam uns calções, par de meias, t-shirt, sapatilhas e … ala que se faz tarde!

até breve.
abraço
ab - tartaruga

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Libertador


na semana passada cumpri os 3 treinos “da praxe”. sempre de manhã cedo, sempre junto à ria de cabanas de tavira, sempre o mesmo efeito que a corrida – lenta - provoca em mim: libertação total, controlo do corpo, uma janela para a mente vaguear por onde bem entende.
um verdadeiro espectáculo!!!


é fenomenal e dificilmente traduzo em palavras este sentimento de vigor e realização, plenitude, acrescentaria, que me acompanha durante e no final de cada um destes treinos à beira mar.


o sol por estas bandas acorda sempre bem cedo e pelas 7h30m já aquece; passados uns minutos após o início do treino, é normalmente hora de despir a camisola e deixar o tronco exposto aos elementos. algo de retemperador, que permite uma comunhão interessante com o contexto: ele há algo mais adequado do que correr em tronco nu, junto ao mar, em pleno verão?


começam a ver-se caras (já) conhecidas, uma em passo de marcha, outras a correr. começam a esboçar-se sorrisos cúmplices, que perduram no período de praia (“olhem pessoal, aquela srª, ou aquele sr. também correm, cruzei-me com eles hoje de manhã”). começam rapidamente a criar-se novos hábitos associados a esta forma de movimento, de aventura, de descoberta e porque não, de “sobrevivência” chamada, corrida.


até breve.
abraço
ab - tartaruga