quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A dor

insinuou-se no domingo, durante os 3 útlimos quilómetros.
com o gelo pós-treino e o descanso dominical amainou. durante 2 dias andou escondida, quiçá a redobrar forças. 4ªf de madrugada saíu à rua comigo e acompanhou-me durante 8 km. envergonhada, como nas púberes tentativas de namorico. no final deu a cara e apesar de mais gelo e de uma pomada anti-inflamatória, continuou de braço dado e aumentou a intensidade da sua presença.
ontem à noite fui comprar spary frio anti-inflamatório. apliquei, e hoje durante o dia, novamente, e estamos numa convivência francamente mais sã (para mim, claro ... :-)
é imediatamente acima do tendão de aquiles direito, um pouco abaixo dos gémeos. é uma zona dorida e inflamada. nem os pêlos protegem :-)

custa. deita abaixo.
mas não totalmente! tem que ser passageira ...!
apesar de ser um dos pesadelos dos corredores em pleno processo de preparação para um objectivo que muito se deseja conquistar.
tal como na vida, cá está a questão da saúde!
as dores depois de um treino em modo tareia são boas. são sinais geríveis e rapidamente se transformam em bem-estar. as dores provenientes de lesões são dores negras, que fazem doer tanto localizadamente, como na própria alma.

mas já há muito investimento para baixar os braços! agora resta a frieza do spray e da cabecinha pensadora. racionalmente teremos que nos defrontar. para já descanso. quando me sentir bem, um treino experimental.
esta semana era de descanso com um treino forte e 21 km no domingo.
aproveitarei para levar o descanso a sério. vigilante. para já está a melhorar.

e há sempre um momento que nos faz acreditar. o de hoje surgiu quando seguia para o trabalho, depois de deixar o andré na escola. perto do hospital de santa cruz um par de namorados. sorriam, ela inclinava a cabeça para trás e o longo cabelo encaracolado ondulava levemente. ele deleitava-se com os gestos dela. embeiçados. tudo à volta corria mas ali, naquele momento, o mundo era apenas deles.
eu passava de carro. agradeci à vida poder olhar este momento. poder ver aquele pequeno pormenor no meio da confusão e dos acelerados ritmos matinais. valeu muito. devolveu-me a crença, não perdida, mas escondida durante alguns momentos.

ab

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Semana 11/18 (para a Gold)

terminou a semana 11, a mais longa do plano de treinos.
foram 71 km ao longo da semana, sem treinos a ritmo forte. foi uma semana essencialmente para meter quilómetros. estou menos cansado e dorido do que há 1 semana, mas mais massacrado nos tendões, sobretudo na zona posterior da perna direita (talvez seja o peso dos pêlos :-)). o gelo no final do treino ajudou a recuperar. o percurso de hoje teve várias subidas e descidas e muito paredão de cascais - s. joão do estoril, o que prejudicou e aumentou os impactos. mas fez-se. estas 2 semanas foram bastante volumosas (2 domingos seguidos em 27,5 km e 29 km) e a partir daqui alternam-se os longos com os semi-longos e terei mais "descanso". entre os 13 km de ontem e os 29 km de hoje cumpri uma maratona, sempre a ritmo de 5m30"/km. não está mal. "tá-se" bem e com motivação. os objectivos vão-se cumprindo e o ritmo está no ponto. estou confiante. penso, e devo, perder 1 ou 2 kg (estou nos 70,5kg) pois tenho feito algumas asneiras com a desculpa do volume de treino. creio que não será um problema, vai apelar apenas a um pouco mais de disciplina. fica a descrição do treino. abraço.
ab
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saí pelas 6h40m rumo a s. pedro do estoril. tive que antecipar o treino para as 7h por causa da agenda familiar. mas tudo ficou combinado com o gafe e resultou ao milímetro. a marginal fez-se de carro, num passeio, ainda de noite. apenas parei num semáforo na parede e o resto do trajecto foi sereno. adoro este percurso, conheço-o "ao buraco na estrada" e é incomparável circular junto ao rio, na foz e no encontro com o mar. havia ondas - a espuma branca, ciente da sua natureza forte e incontestável investia de encontro às rochas e às praias -, o dia ameaçava nascer e pairava no ar uma enorme calma. nos parques de estacionamento das praias (caxias, carcavelos, parede, s.pedro do estoril) alguns carros e muitos vidros embaciados. estacionei em frente à casa onde me fiz. os meus filhos dormiam nos avós. rapidamente preparei o equipamento,os abastecimentos, a maquinaria do tempo e do cardio. aqueci ligeiramente e parti. eram 7h08m. fiz o trajecto entre s.pedro e a praia da poça com uma vista ímpar sobre a baía de cascais. a zona pedonal arranjada até s. joão e os poucos carros na marginal ajudaram. o 1º quilómetro foi a 6m/km e pensei que o treino seria mais longo que o esperado. mas rapidamente estabilizei o andamento nos 5m30"/km, com 2 quilómetros abaixo de 5m15". afinal o corpo também precisava do alinhamento, pois era muito cedo. o vento soprava de costas o que ajudou. entrei no paredão até cascais e circulavam algumas caras, muito poucas. fui seguindo pelo estoril, tamariz, monte do estoril,chegada a cascais e quando entrei na rua direita, rumo à descida para o largo camões e para a estátua de dom pedro I no largo da câmara, já ia perfeitamente estabilizado. subi para o quartel e virei para a boca do inferno. passei no hotel vila itália, ponto de encontro do gafe daí a uns minutos. subi, cheguei à zona do farol da guia e voltei. desci novamente a boca do inferno e pelas 8h em ponto lá estavam o carlos f. e o pedro t. o carlos ainda me tirou uma fotos (
aqui), e segui um pouco à frente do resto da malta. já tinha 10km. fiz o percurso de volta e no paredão já circulava, por essa hora, uma massa muito maior de gente. fui à praia da azarujinha, no final do passeio marítimo e voltei. cruzei-me com o gafe no tamariz. segui o mesmo trajecto da 1ª parte do treino. um pequeno susto, a seguir à câmara de cascais: um cão, grande, com trela, achou que também queria treinar e inicou uma perseguição de 2 quilómetros que durou até ao final da subida do antigo dramático de cascais, já na rotunda lá em cima, para o guincho.o cardio andou acelerado e esses quilómetros a subir foram bastante rápidos. creio que não me queria morder, mas com o meu medo nunca sei, e ele bem deve ter cheirado a adrenalina no auge. o sentimento de alarme acaba sempre por me trair.
segui para a guia e novamente, depois do farol, virei. imediatamente a seguir cruzei-me com um ciclista que me parece u o homem forte da asae. seria? de capacete foi difícil discernir. desejei bom dia e retribuíu-me. ainda me cruzei com o gafe e retornei pelo mesmo caminho. sentidos alerta, não vi o companheiro cão à vista e comecei a embalar. voltei a entrar no paredão, agora com muito mais gente e a partir dos 23 km ainda fiz alguns abaixo dos 5m30". já ia com as pernas pesadas mas o cardio estava muito bem.

a surpresa e a jóia do dia: na zona do tamariz cruzei-me com uma antiga colega que não via há anos. a susana m. foi minha colega na escola primária, fizémos todo o secundário juntos e continuámos pelos mesmos percursos até à entrada no mercado de trabalho. cumprimentei-a, fiquei muito feliz por revê-la, quase não parei porque ia lançado e com 25 km o corpo já não pode parar pois o ritmo está lá. devia tê-lo feito mas agora tenho um bom motivo para saber por onde anda e para retomar a comunicação. é claro que nos últimos quilómtetros esse encontro me retornou uma torrente de memórias (infância, adolescência, entrada na vida adulta) que ajudaram o tempo a passar. é incrivel como a nossa memória retém as coisas boas e as pessoas com quem gostámos de nos cruzar. obrigado susana, pelo retorno há 30 anos atrás. foram 4 quilometros cansados mas felizes, com muitas imagens de menino a moço, a passear comigo nos momentos finais do treino. finalmente cheguei a s. pedro do estoril, cansado mas feliz. faltam 2 treinos longos de 32,5 km. a confiança ajuda.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Sábado

acabo de me sentar no sofá, com o portátil ao colo. acordei há perto de 1h. tomei o 1º pequeno almoço do dia, o que significa que daqui a pouco vou correr.
olho pela janela da sala. o dia está cinzento. chove. não apetece sair. as crianças dormem e repõem o sono perdido nas rotinas da semana.
na a5 consigo ver o movimento dos carros da gente que num sábado de manhã cedo já vive as suas vidas, seja por motivos profissionais, seja para desfrutar do tempo livre do sábado.

há vento, ouve-se o silvo por entre as frestas da janela. a chuva cai diagonalmente. o vento está norte (até pareço um entendido). volto a olhar pela janela. há poucos anos tinha a vista desimpedida para o outro lado da a5, para a zona de carnaxide. ainda se via algum campo verde, sobretudo nestes dias molhados.
agora, agora há muitos prédios, de todos os feitios. hoje em particular tenho uma vista cinzenta - os prédios envolvidos por uma espécie de manto nebuloso.
apenas cinzento.
são sete horas e cinquenta e sete minutos. daqui a 33 minutos vou correr 13 km. vou apanhar uma molha, levar uma tareia do vento, chegar encharcado, a escorrer água e suor, com lama e terra nas canelas e nas sapatilhas.
um pouco mais livre ou um pouco mais louco?
haverá assim tanta diferença entre os 2 estados?

o que me implele a correr num dia destes?
ab

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

A evidência

naturalmente aceito o desafio feito pela simpática lénia.
e comprova-se cientificamente neste post que a corrida pode fazer mal à saúde.
verão em 1ª mão as pernas do tartaruga antes do treino de hoje (13 km a cerca de 5m25") e após o dito. como referi são as pernas mais belas do escalão de pré-veteranos do apartamento que habitamos.


antes do treino

imagem: http://www.fotosearch.com.br/comp/PHD/PHD607/silueta-pernas-etnico-mulher-mentindo-costas-~-RBBG_05.jpg


após o treino










fotos: cristina bento


a arte fotográfica ficou a cargo da cristina.
para o bem e para o mal tem que aturar estas pernas diariamente. é a vida ... ! ;-)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Chuva

a noite limpa, um cheiro a lavado.
como é bom correr ao final da tarde, após a tareia de chuva das últimas 48 horas.

pisamos a terra batida fofa, a erva lavada, as poças que nos salpicam de água, de vida.
chegamos sujos e lamacentos ao final. vivos. reconfortados connosco mesmos.

como é bom! o céu em tonalidades várias, escuras. a ameaça constante de um novo dilúvio. mas ali nada interessa. durante a corrida todos nos sentimos imunes às agressões da vida. fortalecemo-nos.
também por isso é bom correr. à chuva, ou após a chuva.
ab

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Semanas 9 e 10/18 (para a Gold)

estou dorido. esta semana foi pesada e hoje ainda sinto os efeitos. no domingo um longo de 27,5km abaixo de 5m30" e no sábado de tarde 13 km com média de 4m59". muito pouco descanso entre treinos. o corpo sobreviveu. foram 2 bons treinos. enquanto membro da classe tartarugueira ando a delirar.
fazer treinos de 13 km a ritmo - quase - de meia maratona é febril :-)
no domingo saí de miraflores em direcção a santa apolónia. sempre contra o vento até virar. a partir daí até voava.
cruzei-me com o luís jesus perto da estação de santos. é dos simples - cumprimenta sempre quando nos cruzamos.
na viragem em santa apolónia um companheiro seguia-me depois de o ter ultrpassado 500m antes. ia em direcção ao trancão e desafiou-me. agradeci e voltei, pois a maratona é só daqui a umas semanas :-). lisboa ao domingo de manhã é uma cidade linda. sossegada, limpa pela chuva. até apetece!
circula muita gente pela zona entre belem e cais do sodré. a caminhar, de bicicleta, a correr. é um prazer ver a pulsão de quem não se resigna ao sedentarismo.

a semana anterior foi serena. um semi longo de 18 km no domingo e foi quase só meter quilómetros, com um treino de sábado de 11,5 km a ritmo de 5m01".
já havia alguns sinais de que a coisa estava a correr bem.

os treinos correm conforme planeado, nalguns casos até, com boas performances. já levo 50 treinos. faltam 40. curiosamente, apenas faltam 3 treinos longos, 29 km e 2 X 32,5 km, todos em semanas alternadas, a partir do próximo domingo. a moral cresce. a sola dos ténis vai-se gastando.
sinto-me mais crescido, atleticamente falando.
tenho as pernas mais bonitas do escalão dos pré-veteranos masculinos do apartamento onde moro. :-)))))

abraço e até breve
ab

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Kayak na Amora - Sábado 16-02







foi um dia bem passado. o campeonato regional de fundo de kayak levou a família à amora para dar uma força ao rodrigo, mais especificamente à associação naval amorense.
aprecio estas colectividades que mantêm viva a chama do desporto, as mais das vezes com tantas dificuldades e amor à camisola e que ajudam tantos jovens a crescer e desenvolver-se no espírito são da prática desportiva. que afinal, tanto nos ensina para a vida.

chegámos pelas 10h. tudo calmo, cheirava a rio. não conheço bem esta zona e gastei o tempo até ao início das provas a tentar observar. rapidamente constatei o que vários companheiros relatam: a baía é bonita e apetece correr, isnpirando aquela maresia. ia treinar de tarde mas arrependi-me por não trazer equipamento, pois teria feito o treino imediatamente antes do almoço e antes das provas da tarde.

gostei de ver os pormenores, deliciosos: o barbeiro com dois fregueses em espera e um na cadeira, o mercado da amora, o cinema-teatro amorense, as churrasqueiras baía e torrãozinho. perto da associação naval amorense um conjunto de casas que naturalmente liguei à actividade piscatória de há alguns anos e que mantêm traços da simplicidade e da luta que, acredito, orientam a vida destas gentes à beira rio.
numa delas 2 portentos caninos inspiraram-me logo respeito :-)

foi um dia agradável. ventoso mas limpo, num local perto de água, que nos transporta imediatamente para um estado sereno.

uma nota imobiliária (esta não tem particularmente a ver com a zona da amora ou do seixal, infelizmente é extensível ao que observamos pelo país fora, diariamente):
rapidamente, também, se constata a proliferação de prédios. são assim, os tempos "modernos". pena tenho é de que não haja maior intervenção no que respeita à manutenção de uma traça arquitectónica coerente.
cada juiz sua sentença e em causa própria, no ramo das construção civil; todos praticam o que entendem como a mais avançada estética predial - ou a mais lucrativa, quem sabe? e no fim temos uma miscelânea de paisagens que não encaixam muito bem na paisagem.
é apenas a minha opinião, nada mais, salvo melhor opinião, claro.
abraço
ab

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Susto

só ia ao jumbo. coisa rápida, de passagem.
mas com o cc allegro, as filas de trânsito para entrar, sair, ...
hoje de tarde. esmagador.
foi entrar e sair de fininho, o mais rapidamente que consegui, com as compras, pouquinhas, necessárias.
um dia primaveril e a malta toda ali metida dentro.

quero tentar ser sempre criança e andar o mais possível junto às árvores e à água, a romper os joelhos (neste caso a arranjar umas artroses para daqui a uns anos), suado em bica, vermelho do esforço.
e vou tentar ir ao jumbo sempre de madrugada ou noite cerrada.
de passagem, a um sábado à tarde, assusta. e faz queimar minutos preciosos.
ab

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

O tempo do tempo

chegava ao reduto. pela hora do almoço, quinze minutos após ter saído do escritório, estacionava.
árvores, silêncio qb., um ou outro carro, um ou outro corredor.
rapidamente a corrida tomava a dianteira. não havia muito tempo. o tempo moderno é uma/um amante insaciável. corre-se sempre, mesmo não correndo, por causa desse tempo. não dá tréguas e tende a vestir-se de "controller" (um outro termo muito moderno).
ainda assim, após cinco minutos de aquecimento, tudo esquecia. até o tempo e a sua omnipresença. a hora era de almoço para muitos. ou de disfarce de almoço, para alguns.
mas ali, naquele que era um verdadeiro templo, o momento era de contemplação.
o verde dominava a paisagem e os caminhos. o dia primaveril juntava-se ao exercício e fazia subir a temperatura corporal.
nos caminhos do reduto, felizmente não o último, mas um dos mais importantes, procurava a sombra. ao passar na pista de canoagem, a céu aberto, com o sol a pique, apetecia um mergulho. os patos deleitavam-se a chapinhar. a água fresca acendia o rastilho desse desejo fresco.
um ou outro corredor. mas o verde, sempre o verde. a relva, a natural, aparada, regada, viva.
o silêncio. o tempo, esse outro dentro do outro tempo, que também pode ser sereno.
a corrida aproximava-se do final. no marcador do tempo e da distância surgiam números: 8.260m. o tempo medido em metros. oito mil, duzentos e sessenta metros, passados num templo.
abandonava o templo e o tempo dentro do tempo, pensativo.
afinal, com um pouco de vontade, ainda conseguimos domar este/esta amante insaciável. basta usar um pouco da sua própria substância.
porque o tempo nos redutos depende apenas de os procurar. e aí constroem-se os templos, à medida de cada tempo.

ab

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Já está!

com tanta corrida já me ia esquecendo da inscrição na "lisbon gold marathon".
foi ontem, tá feito, ficha preenchida e pagamento por multibanco.
agora é continuar os treinos em cor gold.

ab

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Semana 8/18 (para a Gold)

e vão 40 treinos. hoje de manhã levei uma autêntica tareia.
faltavam 15m para as 8 quando rumei de casa à praça do comércio. virei aos 12,300m.
estava um vendaval mas com vento ligeiramente lateral e a favor a 1ª parte fez-se bem. as gaivotas em terra bem junto à torre de belém, sinalizavam que não era dia de aventuras, nem de descobertas.
o trajecto até se fez bem, com a já habitual companhia da malta da pesca junto ao rio. hoje haveria competição, pois havia números marcados no chão e algumas carrinhas começavam a chegar com os respectivos emblemas e símbolos das colectividades amadoras.
a partir das docas começou a chuviscar mas nada de estrondoso. retenho ainda a imagem de, junto à estação de santos, ter olhado bem em frente e percebido que era o corredor solitário da manhã. a academia life ... (health club junto ao rio) estava deserta. a estrada era só minha, até à estação do cais do sodré. curiosamente o dia cinzento inspirava a correr e dava energia.
gosto de correr com chuva e não me importo com o frio.
o que viria a seguir é que se pode considerar um pouco demais :-).
virei na praça do comércio. não há sensação igual como a de virar a meio de um percurso e perceber o esforço adicional que se vai seguir. o vento açoitava, forte. autênticas rajadas que só amainaram no cais do sodré, ligeiramente a coberto pelos bares e estações de combios e fluvial.
entretanto começara a chuva, forte, impiedosa.
de santos até à torre de belém apanhei com chuva e vento fortíssimos. de tal forma que por vezes tinha dificuldade em abrir os olhos.
ainda assim consegui manter o ritmo, à custa do cardio mais elevado e de um esforço forte. nesse sentido foi um bom treino mental.
a tal ponto que os 3 km a subir entre a estação de algés e a porta da minha casa passaram ligeiros, com o vento pelas costas e as pernas a aguentar bem na subida.
no final, 24,600km, 2h20m, uma média de 5m42".

foi bom.
atendendo à semana "constipada e entupida", foram cumpridos os 5 treinos e os quilómetros entraram.

3ªf de carnaval regressa-se às lides.

nota: um dos objectivos no início destas 18 semanas passava por cumprir a sessão semanal de cross training. não está a ser realizável. 5 treinos semanais é uma dose forte e a agenda não aguenta mais 1 extra dose.
não se pode ter tudo. até agora está a correr bem e se conseguir manter a regularidade, as perspectivas serão certamente melhores do que nas 2 maratonas precedentes.

abraço
até breve
ab

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Tim Twietmeyer - Ultra maratonista

outro ultramaratonista.
a entrevista é interessante.
http://runtrails.blogspot.com/2006/06/master-of-western-states-100-interview.html
o blogue do run trails também.

nota: e hoje estou a tentar bater o recorde de posts num só dia, do po -
http://www.omeublocodeapontamentos.blogspot.com

;-)

ab

Byblos

gostei.
não tive muito tempo pois ia dirigido:
plano nacional de leitura - o rapaz de louredo de antónio mota.

contudo ... não deixa de ser um nadinha angustiante para um amante da leitura, encontrar-se num espaço onde todo o tempo é pouco para desfrutar de tanta informação e conseguir filtrar.
ou o trabalho vem feito de casa ou é "tramado". sobretudo quando há vários interesses temáticos.
agradeço desde já a ajuda, com alguma estratégia de pesquisa e melhoria das competências selectivas.
ab

Canal ESPN - Classic

vejo pouca televisão. cada vez menos. mas quando me sento já não tenho pachorra para a maioria dos canais. um dos que ainda me prende é o espn - classic.
é o canal memória dos jogos olímpicos.
tem documentários interessantes dado que normalmente mostra as imagens à margem das competições, isto é, dá uma outra visão, das histórias, das personalidades dos atletas, do contexto em que decorreram as pelejas.
anteontem relembrei os jogos de 1984 em los angeles.
como o meu desporto base é a natação, relembrei nomes como gaines, gross, morales, lundquist, que fizeram parte do meu imaginário de heróis, por essa altura com 15 anos.
também vi edwin moses, uma lenda, daley thompson - os célebres duelos com hingsen (ainda me lembro do zx sprectrum e do jogo decathlon, inspirado em thompson, o meu jogo favorito, até partir as teclas todas na corrida dos 400m :-)

finalmente a cereja, a 1ª maratona feminina alguma vez realizada em jogos olímpicos.
a vencedora joan benoit, as favoritas weitz e christiansen e uma desconhecida - my name is mota, rosa mota, que chegou, viu e arrebtou o 3º lugar para 4 anos depois estar no topo do pódio e nos fazer chorar com a nossa bandeira a subir ao lugar mais alto.
nesta maratona de los angeles uma atleta inglesa terminou a prova em grande andamento, incentivada por uma colega. tinha ... 46 anos - fantástico.
e ainda passou uma imagem daquela atleta suiça cambaleante, que faz parte da memória de quem acompanha o desporto e acompanhou os jogos de los angeles, a cortar a meta quase em estado de coma - se é que não estaria já numa outra dimensão (a velha questão: até onde, o racional versus o coração, tanto esforço e talvez uma vida a sonhar com a meta e no fim querer alcançá-la a qualquer custo - muitas vez o da própria vida).
abraço
bfs
ab

Fruto da época

não tem sido uma semana famosa.
3ªf treino porreiro, mas 4ª de manhã uma dor de garganta forte (ou dos ares condicionados, ou alguém ma passou, pois a saúde estava um mimo ...).
anda assim treinei 4ªf os 11,5 km. custou, foi já ao início da noite. na 5ªf a dor de garganta tinha marchado com o spray homeopático mas fiquei bastante congestionado. não treinei por precaução e diferi o treino para ontem ao final do dia. senti-me bem, correu bem, mas persiste o entupimento.
daqui a pouco vou para mais 11,5km e amanhã tenho 24,5km.
sigo a teoria de que quando é da garganta para cima podemos treinar.
o facto de ser uma semana sem treinos puxados (é só meter mais quilómetros) também ajuda a continuar.
não vou a cascais, mas desejo a todos os companheiros uma excelente prova na paisagem de sonho da linha de cascais-guincho.
uma força especial para a lénia, pela sua perseverança e amor à causa.
uma força aos gafistas.
nuno deixa-te lá de "ciências" e encontra mas é o ritmo em que te sentires bem, o "marathon pace" vai-se construíndo; tal como a maratona é ganho ao longo do caminho.
o bem estar nesse patamar pode não surgir logo, mas para isso há tantas semanas de treino (esta é uma dica de bolra do guru do mundo das tartarugas).
abraço a todos
divirtam-se!
eu ... vou-me assoar ...!
;-)
ab