6 (ou uma boa manhã de preparação mental)

hoje de manhã fazia frio. talvez os 2 graus de que falei ontem, ou talvez menos. também fazia vento. e assim que pus o pé na rua para iniciar o treino, começou a chover, fortemente.

http://anarusche.com/blog/wp-content/uploads/2009/07/chuva-8.jpg

1ª nota positiva do dia: o polar quentinho e as luvinhas, pois claro. que nem ginjas. e ter saído da cama. hoje não apetecia mesmo.
mas lembrei-me do crosse laminha, do grande prémio do fim da europa, dos 1ºs trilhos do sicó em que já estou inscrito com o nk, dos trilhos de almourol, da tareia que o amigo brito & amigos me darão se chegar lá mal preparado :), e … tive que arranjar vontade.
diga-se que depois de começar não custa nada e até agradecemos essa vontade repuxada das entranhas para fazer algo que desejamos.
estupidez do dia: o gorro ficou em casa.

saindo de casa tive cerca de 3 quilómetros sempre a subir, desde miraflores até à viragem para a serra de carnaxide. o frio, o vento e a chuva pareciam ter escolhido quem andava na rua àquela hora para malhar em cima. no final da subida não sentia a cara, de tão fria que estava. abria e fechava a boca e parecia que tinha uma massa gelada compacta. tipo um peixe no congelador de boca aberta.
virei à esquerda e desci para a zona da serra de carnaxide. aí está um placard com um projecto de instalações desportivas no prelo. não muito atento, pareceram-me “apenas” campos de futebol …

virei para valejas e apanhei um percurso que costumo fazer para o tagus park nos dias de entupimento na a5. depois da descida e da pequena ponte uma subida bem longuinha e puxadota, apanhando a estrada para queijas, já depois da viragem.
mantinham-se o frio e a chuva e o vento. os elementos pressionavam. mas a vontade era grande. na estrada para queijas, passando o perímetro vedado de instalações da anacom, começa a desfrutar-se mais à frente da vista para o farol do bugio. mar encrespado, como o tempo. uma vista ímpar. sempre a descer até ao estádio nacional, uma ligeira incursão na mata e depois a subida para linda-a-velha.

terminei com 2h certas, à porta de casa.
o treino valeu pela distância, pelas pernas que responderam bem, mas, sobretudo, pela cabeça. foi um treino excelente, mentalmente, pois as dores foram anuladas pela cabeça e as muitas e íngremes subidas do percurso não foram “o” obstáculo.

e mais uma vez pude constatar a “ruralidade” na zona, aqui tão perto. quando passo de carro nem tenho tempo para olhar e ver. apenas para olhar. e isso não chega. a corrida também ajuda a ver melhor.

ab