domingo, 28 de outubro de 2007

Saudades e vontades de correr a maratona do Porto

ontem recebi um telefonema do presidente do gafe, o carlos f.
estava a assistir ao resumo da maratona do porto na rtp 2, no desporto 2.
convenci a família a partilhar a única tv que temos em casa e lá assistimos também.
a reportagem estava interessante. mostrou a prova em várias perspectivas, desde a elite até ao corredor de pelotão.

acreditam que senti vontade de naquele preciso momento estar a correr outra vez aquela maratona? é verdade. se me convidassem com "jeitinho" (claro daqui a menos umas dores - agora já não tenho mas o corpo ainda pede descanso) ;-) estaria disposto a correr novamente todo aquele percurso para colocar em prática o que aprendi e talvez cometer outro tipo de erros e aprender novamente.

são as experiências limite que nos deixam mais saudades. estão-nos incrustadas no sangue, na respiração, no corpo e na alma. é nelas que queremos "actuar" para levar uma existência que valha a pena. lutando e sabendo que atingimos o limite do nosso esforço mas querendo voltar para tentar ir mais além.
a maratona do porto já é passado, mas é um passado bom - é também um passaporte para o futuro que se abre e onde quero activamente batalhar.

abraço
1 bom início de semana
ab

sábado, 27 de outubro de 2007

Porto I - a maratona até ao km 32

foto: minha ;-)
a tenda da maratona (sábado ao final da tarde)

o dia da maratona começou animado. pequeno almoço pelas 6h45'. chegámos cedo e não tivémos problemas em encontrar mesa. ingerimos o combustível necessário. passados 10 ou 15' começou uma verdadeira romaria de atletas. bem dispostos, pensativos, ansiosos, concentrados, esfomeados, havia de tudo um pouco.
no hall do hotel a reunião e o embarque nas camionetas. a boa disposição era a tónica.
1ªdecisão sábia do dia: fato de treino e sweat bem quentinhos. estava frio e o carlos bem o sentia nas pernocas.
chegados à linha da partida a adrenalina começa a subir. após a entrega da roupa no camião (excelente!) subimos e quais lagartos ao sol(inho), lá fomos aquecendo. prenunciava o calor que se seguiria. chegou o luís, os cumprimentos foram calorosos, a foto da praxe e depois de uns minutos de aquecimento lá entrámos pelas barreiras adentro.
tentaram oferecer-me um boné da edp. educadamente recusei. o meu especial de corrida tinha ficado em lisboa. corri com o boné que havia recebido na corrida do terry fox. também esse pequeno artefacto me ajudou nos momentos mais duros, pelo seu significado e força que carrega. 2ª decisão sábia - estive quase a deixar o boné no saco nº 159. ainda bem que não o fiz (talvez não tivesse chegado ao final).
os momentos finais do aquecimento de pura adrenalina e o tiro de partida.
a euforia dos primeiros quilómetros, já a descrevi. começámos rodeados de um mar de gente de camisolas vermelhas, da mini, e foi bastante agradável ir conversando até ao parque da cidade, onde, de repente, ficámos muito menos.
na descida até à foz nem dei pela rapidez que haveria de fazer estrago.
junto ao rio sempre bem, amena cavaqueira com os companheiros dos mesmos ritmos, atento ao cardio que estava impecável. palminhas aopassar pela zona de partida da meia e mais uma injecção de motivação. na viragem para a margem de gaia já não vimos os da frente que haviam passado havia pouco tempo. antes da meia um cumprimento ao carlos que regressava. o douro radioso inspirava a continuar no ritmo (ai, ai!). os remadores desfrutavam de um cenário idílico, com as águas calmas e doiradas.



foto: cristina bento
o andré por esta altura avaliava o queniano que há nele

novamente a ponte e o regresso à outra margem. o ritmo começava a baixar e a sensação de cansaço ia aumentando. cruzei-me de novo com o carlos e uma vintena de minutos depois, aos 30 km, abasteci e comecei a sentir as pernas. ainda tentei reduzir o andamento mas, aos 32 km ... já o contei há 2 posts atrás.




foto: atlestismo magazine modalidades amadoras (obrigado carlos rodrigues!)
a festa da chegada com o andré

a corrida é linda. o percurso é muito bom, temos que contornar o empredado mas faz parte da vida de "marinheiro". os abastecimentos estão bem ornamentados. é pena - mas compreendo - que as tartarugas apanhem água quente nos últimos abastecimentos. são muitas horas ao sol. a organização foi excelente.
adorei a corrida como já referi e espero voltar "um dia destes".
parabéns à organização e obrigado.
ab

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

11 ...

... aninhos de casado.
hoje.

é uma maratona bem sucedida até à data.
tivémos um período de treino acelerado - aos 4 meses de namoro decidimos dar o nó, aos 8 concretizámos.
aqui estamos, quilómetro a quilómetro, metro a metro, a aprender com a caminhada. sobretudo a desfrutar o melhor que sabemos, em cada dia.
esta é uma maratona que tem todos os ingredientes e características das pedestres: lutar em cada momento para superar os limites e partilhar ombro no ombro, quer as euforias, quer os momentos menos bons.
todavia, ao contrário das de estrada, que esta tenha a linha de chegada muito longe ainda, cada vez mais longe.

deixo este deslumbre de Eugénio de Andrade (retirado de: "A Arte de Marear" - Manuel Alegre):

Iremos juntos separados,
as palavras mordidas uma a uma,
taciturnas, cintilantes
- ó meu amor, constelação de bruma,
ombro dos meus braços hesitantes.


abraço
ab

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Indicadores da recuperação

encontro-me em estado de euforia. as pernas quase não doem, o corpo já mexe normalmente, já fiz uma ligeira corrida a 15 minutos o quilómetro na minha sala – trote suave, chamemos-lhe assim. e querem saber que mais? neste momento já estou a controlar a vontade de correr, pois o descanso vai ser necessário. como diria um cantor há umas décadas: é o bicho, é o bicho!
ainda não tive tempo de organizar os próximos posts, o antes, durante e depois da maratona e as lições aprendidas. mas hoje quero deixar-vos uma nota sobre a importância de definir indicadores e de medir a recuperação pós-maratona. como tudo na vida, é importante medir para poder aprender e melhorar. obrigado a todos pelas palavras carinhosas e pela motivação que injectam.
aqui vai!

domingo
a seguir à maratona, mais do que o corpo, dói a alma. mas dói com satisfação. portanto não se preocupem muito com este dia.
banho – conseguir tomar a seguir à prova já é um bom indicador
viatura – conseguir entrar no carro é uma vitória quase comparável à da maratona. sair é mais fácil, caso os braços tenham força para ajudar. voltar a entrar é demoníaco.
estações de serviço – não se preocupem com os olhares à volta. quanto mais forem olhados mais sucesso terá tido a maratona
refeições – se conseguirem comer também é divinal. um magnum (passe a publicidade) na estação de serviço de estarreja faz milagres
humor – se conseguirem rir, trocar mensagens, gargalhar das incidências da maratona, estão no bom caminho. é sinal que voltarão a fazer outra.

2ª feira
é o pior dia. tirei férias o que foi uma decisão sábia.
sair da cama – é o 1º grande indicador, só superado pelo “conseguir mudar de lado na cama”
banho – se conseguirem fazer uma ligeira flexão de pernas para lavar as partes baixas estão muito bem. se não conseguirem não desmoralizem, têm muitos anos pela frente para o fazer
andar – é um bom indicador conseguir andar. devagar se vai ao longe
sentar – é de extrema importância testar a capacidade de sentar, sem se deixar pura e simplesmente cair
levantar – indicador crítico. conseguir levantar, mesmo com a total ajuda dos braços é um achado. força!
degraus – no dia a seguir à maratona ou se mora numa casa térrea sem degraus ou tem que existir um elevador. subir e descer um degrau que seja é um bom indicador de performance
ir buscar o rodrigo à escola – é o máximo da performance para este dia. a descida para a escola é penosa. a subida no regresso faz-se melhor. o rodrigo não engoliu muito bem a razão porque não viemos pelos degraus entre os prédios, pois era mais perto.
apanhar objectos do chão – esqueçam. não é um indicador crítico. se cair algo no chão deixem ficar e treinem a capacidade negocial com os restantes habitantes.

3ª feira
sair da cama – já se sai melhor e o mundo começa a parecer mais amigável
banho – as partes baixas já são passado. já é possível ter um razoável nível de higiene
conduzir – chegar imaculado ao destino, sem batidas e sem atropelar ninguém significa estar no bom caminho
regresso ao trabalho – não liguem muito aos piropos. o sentimento é o mesmo que nas estações de serviço – quanto mais melhor. agradeçam todas as manifestações de amizade e carinho com aquele sorriso tipo “joker” que não conseguem desmanchar porque ainda arranjam uma cãibra nas bochechas
sentar, levantar e andar – se conseguirem melhorar em 10% a vossa performance estão no bom caminho
degraus – no trabalho também há elevadores. nunca esqueçam isso. descer cerca de 10 ou 15 degraus agarrado a um corrimão foi um teste de excelência que foi superado – esta foi mesmo teimosia minha, quis fazer o teste
apanhar objectos do chão – já devem ser capazes de apanhar um objecto volumoso, tipo saco grande, ou almofada do sofá
despedir dos filhos – já é possível subir aos beliches para um beijo de boa noite. subir 2 degraus é um feito. descer os 2 degraus sem cair é monumental.

4ª feira
tudo muda. o mundo volta à normalidade.
aqui estou, animado, agradecido a todos pela ajuda e incentivo e pronto a olhar os próximos objectivos.
não há limites!
abraço
ab

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Semana 18/18

terminei a minha 2ª maratona.
a 1ª palavra é de agradecimento para todos os que me apoiaram ao longo do caminho, durante e após a prova, com as suas mensagens de incentivo e de amizade.
um agradecimento especial ao carlos f. e ao luis - companheiros de prova e de vício.
ao carlos um obrigado pela partilha do fim de semana, pela camaradagem. o carlos é uma pessoa impecável e um atleta determinado. obrigado amigo.
ao luis pelo apoio e pelo exemplo. grande pedal amigo, 3h11', galáctico.

o objectivo principal foi cumprido - terminar.
houve um outro que também foi - melhorar a marca da 1ª maratona. consegui fazer menos 5 minutos. terminei com 4h46'16''.
a ideia inicial de fazer entre 4h e 4h15m caíu por terra aos 32 km. até posso dizer que achava estar preparado e que seria possível. sim! mas ... deslumbrei-me e fui além dos limites muito cedo.
para uma média prevista de 5m40"/km, passei aos 5 km com 5m24"/km, aos 10 km com 5m32"/km e aos 21 km com 5m34" km.
paguei, ó se paguei caro, esta loucura. não me lembrei que à hora da partida, com a temperatura de ontem, costumo estar a terminar os treinos matinais e levo os treinos longos quase no fim. e é um pormenor importante!
o calor era muito, o sol a pique iluminava paisagem do douro, de sonho. um percurso lindo, lindo, uma prova deslumbrante na beleza do trajecto.
aos 32 km iniciei o maior sofrimento que já experimentei em prova.
cãibras de todas as maneiras e feitios. em simultâneo nos gémeos, nas coxas anteriores e posteriores, enfim... queria alongar de um lado, gemia do outro. caí no caricato de querer levantar a perna para alongar num rail da estrada e não conseguir ;-)
lá fui seguindo como pude. aos 39km, depois de me terem oferecido várias vezes uma bicicleta ;-), ganhei ânimo e lá segui correndo. fiz a última subida, ainda ultrapassei um companheiro também ele em grande sofrimento e terminei de mão dada como meu filhote mais novo, o andré.



vivi esta maratona, em todo o percurso, de uma forma total, mas é claro que este foi "o momento". os meus filhos ajudaram-me a terminar, um mais longe o outro de mão dada comigo a puxar-me (é o que dá correr lado a lado com a genica dos 8 anos ;-)
nos próximos posts falarei do antes, do durante e do depois.
deixo entretanto algumas notas:
- adorei a prova. desfrutei em toda a plenitude, quer nos momentos bons, quer nos momentos de dor extrema. dei-me todo a esta prova, nas 18 semanas de treino e no dia da "peleja". de peito aberto. cometi erros? sim. mas é assim que aprendemos. já levo 2 maratonas e tenho ainda muito (um mundo) para aprender. por isso já comecei a preparar a 3ª. tenho a certeza de que vou terminar mais uma maratona (para já penso na próxima, 1 de cada vez é claro). os objectivos serão definidos a seu tempo, com as pernas menos doridas ;-)
- superei os meus limites em níveis que nunca imaginara. nunca me passou pela cabeça não terminar. nos momentos de dor extrema e de grande dificuldade e sofrimento pensei em preservar a saúde, claro, e em que ia terminar a prova. muitas imagens, de muitas pessoas, me atravessaram o pensamento. deram-me muita força para prosseguir (sim a. paula: vocês, a filhota, a família, estiveram lá também - beijo grande).

- partilhei este trajecto com muitas pessoas, quer pessoalmente, quer através do blogue. essa é uma vitória que enalteço e que muito gozo me deu.

obrigado a todos.
duas palavras para terminar o relato da semana 18:
- conheci pessoalmente a ana p.
uma simpatia. cruzámo-nos antes, durante e no final da prova. é um exemplo de coragem e aceitou o desafio. não correu conforme desejava. ok. mas há muito mais à frente. e obrigado pela força e pela determinação e por tudo o que coloca na corrida, não fugindo à luta. ajuda-nos também a querer abraçar os novos desafios. esteve lá, lutou e vai voltar, e vai voltar a lutar. e assim é que vale a pena!

- para a cristina, rodrigo e andré. esta maratona, como todas as outras que vivemos diariamente, só fez sentido por vos ter. obrigado pelo sentido que dão às minhas lutas.
até breve
abraço
ab

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Chegou a hora



chegou a hora!
o treino terminou oficialmente ontem. sábado de manhã farei apenas um ligeiro jogging de 20'.
esta semana, curiosamente está com uma agenda complicada e só pude treinar pelas 21h, 3ªf e ontem. foram treinos muitos leves, respectivamente 35' e 25'.
estou preparado. sinto a adrenalina crescer e quero estar na linha de partida.
sinto-me como um motor de um carro de fórmula 1 - a aquecer, a acelerar devagar e repetidamente, mas em crescendo.

não há muito mais a dizer para já.
como não fiz o caminho sozinho e tive bastante ajuda quero agradecer:
- à cristina, ao rodrigo e ao andré. obrigado pelo vosso apoio, incentivo, paciência e tolerância. quem treina para uma maratona torna-se muito chato, por vezes, depois dos treinos longos ou quando a agenda aperta e começa a perigar um treino. obrigado. vocês são a minha maratona. as outras acontecem.
- ao gafe. companheiros a vossa amizade e solidariedade está em cada metro. obrigado pelo incentivo.
- à família, amigos e aos companheiros de estrada que me incentivaram de qualquer forma e por qualquer meio, muito obrigado a todos, nos momentos duros do sofrimento, em que temos que enganar a vontade do corpo, o vosso estímulo faz toda a diferença.

estarão todos comigo no domingo, entranhados nas forças que conseguirei arranjar.
obrigado a todos e até breve.

ab

domingo, 14 de outubro de 2007

Semana 17/18

está quase!
o corpo sente o descanso, agradece e responde em sintonia.
faltam 3 treinos muito leves. já só quero estar na linha de partida.
olho para o plano de treinos, para o sombreado verde dos treinos realizados e tenho a sensação do dever cumprido - dos treinos claro está pois ... falta "o" objectivo.

até breve
ab
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4ªf - 45'
5ªf - 35'
6ªf - 43'
domingo -13 km, 1h14'20", mais ou menos a 5'48"/km

sábado, 13 de outubro de 2007

Memória

a memória: último reduto da beleza da vida e da prisão da existência.
dois em um.
livres por se ter apagado.
prisioneiros eternos, seja por ter, seja por não ter.
memória.
um livro portentoso.
dos que nos fazem pensar. corar. duvidar. sorrir tendo vontade de chorar.
dos bons.



Mulher em Branco
Rodrigo Guedes de Carvalho - Dom Quixote

ab

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Home alone

os 3 rapazes da casa ... sozinhos em casa.
de ontem até sábado.
numa boa. ganda malha.
tudo corre sobre rodas.
somos básicos, simples, nada de complicações. prá frente!

ok,ok, regressa mamã que temos saudades!
;-)

bj
ab

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Ética

em qualquer campo da nossa vida, pessoal ou profissional, esta questão marca a diferença.
talvez por isso, quando numa fase da minha vida dava aulas a caloiros e a mais graúdos, "perseguia" implacavelmente os cábulas. e apanhava-os quase todos.
porque acima de tudo se trata de respeito pelos outros, pelo trabalho dos outros, trata-se de ter um comportamento e uma postura baseados na ética, na honra e não nos atalhos e no "chico espertismo".
tudo dá trabalho, mas privar-se quem trabalha da glória a que tem direito, por causa dos que fazem batota, mete de facto nojo.
obrigado po pelo texto que originou este post e que me fizeste chegar hoje de manhã.

ab


In editorial, jornal DN, edição 10/10/2007

(...)Houve um dia em que a aldeia olímpica de Sydney, na Austrália, em 2000, acordou com uma jovem a correr de megafone em punho. Era madrugada e ela gritava, o megafone ampliava, as delegações olímpicas acordavam e perdoavam. Era natural que aquela rapariga exteriorizasse, mesmo de forma provocadora, a sua imensa alegria: Jones era a primeira atleta a ganhar cinco medalhas nos Jogos Olímpicos. Esta semana, as medalhas foram devolvidas depois de Marion Jones ter admitido o uso de doping.

Aquela madrugada que recordamos aqui ajuda a compreender a dimensão indigna do doping desportivo. Não é sem consequências que alguém, com essa falsidade, ganha uma corrida, um salto ou um desafio. Ganha fazendo outros, mais merecedores, perderem. Por aquela alegria de Marion Jones, outras foram desapossadas da sua legítima alegria. Quem é roubado raramente tem outra oportunidade para se sentir retribuído pelo sacrifício com que se preparou. As três medalhas de ouro e duas de bronze que a atleta americana ganhou foram devolvidas. Provavelmente vão ser entregues a quem ficou em segundo ou nem subiu ao pódio. Serão medalhas para ir para um armário, sem a recordação de um estádio rendido ao mérito que aqueles atletas roubados tinham. E que não viram, no local próprio e com glória, reconhecido. O doping é reles.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

O elevado preço de uma maratona

li de manhã a notícia no diário digital: 1 morto na maratona de chicago e muitos feridos.
a temperatura subiu de 23 graus para 31 durante a prova, a humidade relativa era uma imensidão. a organização tentou parar a prova mas "a multidão tomou de assalto a corrida e quis continuar" (???).

quanto vale a vida? valerá a fobia de querer terminar a maratona a qualquer custo?
não serão apenas alguns meses de treino bastante menos do que as possibilidades de fazer muitas mais maratonas?
a partir de que momento a loucura toma a dianteira nos corpos massacrados pelo calor e pelos quilómetros?

são apenas perguntas. não haverá concerteza resposta para todas.
mas uma vida não tem preço, nunca, muito menos quando a morte chega numa maratona, que deverá ser um momento de inspiração, regozijo, prazer (o possível pelo menos, o da realização), rejuvenescimento.
assim creio!!!

ab

domingo, 7 de outubro de 2007

Semana 16/18

caminha-se velozmente (força de expressão, perdoem-me) para o objectivo.
semana calma, o corpo a iniciar o descanso. sabe bem!
hoje no treino longo o gafe com elevada afluência (baldas po, baldas pa, baldas pnv, ...).

o sentimento: corpo e mente preparam-se para daqui a 2 semanas poderem dar o máximo.

abraço
até breve
ab
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4ªf - 55'
5ªf - 46' com 6,5 km mais rápido que o ritmo de maratona
6ªf - 54'
domingo - 1h55', 19,800m, ritmo 5'50"/km, mais coisa menos coisa

sábado, 6 de outubro de 2007

V

este post é do ht.
obrigado pelo contributo.
aguardo o próximo blogosferista ;-)
abraço
ab


"Um contributo para um post teu, num dia em que queiras voltar a abordar a importância da comunicação e da imagem.

De onde vem o "V" de Vitória? De um gesto que vale sempre mais de mil palavras. http://dofundodacomunicacao.blogspot.com/2007/10/v-de-vitria.html"

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Novo blog de uma Amiga

um novo blog de uma amiga.
parabéns td.
bj
ab

http://viveraaprender.blogspot.com/

Medos

é a 2ª vez que treino para uma maratona.
e sinto-o novamente.
assim que entro no período das 3 semanas de abrandamento tenho medo de uma pequena lesão ou problema de saúde.
não me deixa obcecado mas faz-me redobrar o cuidado.
afinal quando se quer muito e se trabalhou durante tantos meses, há que fazer um esforço para não deitar o momento mágico a perder.
mais do que não estar na linha de partida, tenho medo de perder o encanto de colocar em prática todo o trabalho, experiência, esforço e privação dos últimos 4 meses.
um bfs grande
ab