sexta-feira, 29 de maio de 2009

E é isto ...



ainda uma foto (a foto oficial) do raid arrábida do passado sábado


o calor vai apertando, os treinos ao final da tarde custam mais e por isso têm que ser mais vagarosos. a ritmo de "tartaruga/lesma".
e para evitar o calor e o sol o destino agora é quase sempre a mata do jamor.

faz-se um 2 em 1:
- corre-se em trilhos agradáveis e diversificados
- e corre-se por entre o fresquinho, verde e sossegado, com momentos de vista sobre o tejo de tira ro fôlego.

hoje estavam a ser feitos os preparativos para a festa da taça.
a mata do jamor é um local apelativo para excelentes momentos de descontração e quem vai ver a festa do futebol normalmente passa bons momentos, num dos estádios de futebol mais bonitos do país.

assim corra tudo bem no domingo.

quer na 2ªf, quer hoje, correu maravilhosamente.
abraço

ab

domingo, 24 de maio de 2009

II Raide Arrábida - 20 km

http://www.lebresdosado.pt/principal.htm

há uns dias escrevi que tinha saudades de uma meia. hoje tive 20 km no II raide da arrábida que foram um verdadeiro espectáculo! acabaram por suplantar esse desejo da meia (mas ainda assim, será feita assim que tiver oportunidade).
este regresso aos trilhos foi bom por 2 razões:
- já não corria há mais de uma semana; depois da maratona carlos lopes só fiz 1 treino e parei por causa da gripe.
- matar as saudades com uma iniciativa de excepção, como esta, e desfrutar duplamente do prazer de correr.
o primeiro desafio foi encontrar a quinta de s. paulo em setúbal. saí de casa com tempo, atravessei a 25 de abril calmamente (que bom é o fim de semana para chegar à margem sul). chegado a palmela segui estrada interior até setúbal. aí, entre umas quantas perguntas e outras tantas respostas (à nossa boa maneira, umas mais sinuosas do que outras :)). lá encontrei o destino. não estavam muitos companheiros. o local, bastante calmo, era agradável. a vantagem de ir à aventura sem saber bem para onde, é que ficamos a conhecer mais ruas, estradas e locais.


quinta de s. paulo: http://www.flickr.com/

a simpática dina entregou-me o dorsal e o saco. regressei ao carro pois ameaçava chuviscar. começaram a chegar mais corredores e caminheiros. vejo o josé pereira, a célia, a cecília e o artur, todos das lebres do sado. fui cumprimentá-los. a célia e o artur haviam feito a corrida dos 101 km de ronda no domingo anterior …

entre corredores e caminheiros, talvez estivessem umas 50 pessoas. feito o briefing inicial iniciámos a corrida. começa a chuviscar e apanhamos a 1ª subida, que seria também a descida final, bastante acentuada. vou devagar e começo a ganhar algum terreno à malta do meu ritmo :) (deduzi que as pernas que fizeram 101 km estavam a pedir um pouco de descanso). fui seguindo e como havia poucas pessoas rapidamente dei comigo sozinho. ia tentando ter a atenção máxima à sinalização para não me perder. os trilhos eram conhecidos pois nos 30 km de vale de barris andámos por ali. agora já conheço o caminho de ida e volta, pois este trilho foi basicamente a volta ao contrário.

com a chuva a cair, a terra lamacenta voltava a ensopar. os asics trabuco fizeram a sua estreia em “prova” e foram excelentes. nem sei como seria com outros, pois às tantas a lama era tanta que envolvia os pés num segundo sapato. dava pontapés no ar :) para ir soltando o que conseguia. andando sempre sozinho pude desfrutar de trilhos fantásticos e de uma calma manhã, orvalhada, rodeado de verde e de troncos, folhas e apenas sons naturais. um verdadeiro retiro.

pelos 9 km uma subida acentuada , em estrada, até voltarmos ao trilho para o abastecimento dos 10km. acabei com o gel, bebi água, comi banana e segui, com um companheiro à vista mais à frente. arranquei e dei por mim em zonas conhecidas (aliás a partir desse momento andámos sempre por caminhos que já conhecia dos 30 km anteriores, o que dá também alguma confiança, sobretudo quando se vai sozinho). ultrapassei o companheiro que ia um pouco cansado e chego ao alto com vistas fantásticas sobre os vales, o sado e tróia, sobre a pensínsula de setúbal.


vale de barris: http://www.img.geocaching.com/

a determinada altura, inclusive, consegue ver-se o sado de um lado e o tejo do outro. o dia limpo permitia ver claramente a ponte vasco da gama. magníficas vistas (não levei máquina para não andar com bolsa, mas arrependi-me, pois as fotos seriam óptimas). passados uns momentos dou comigo num carreiro longo, estreito, à beira duma encosta íngreme. durante alguns minutos sempre a correr nesse carreiro, a descer, senti-me um verdadeiro miúdo. aliás, parecia o jack sparrow – o pirata das caraíbas, com os seus trejeitos :).



tive que utilizar muito os braços para equilibrar o balanço. de regresso ao plano cruzei-me com a carrinha da organização e com o paulo mota. acenei, sorri, fiz sinal de que estava tudo ok e segui para os últimos quilómetros, solitários mas totalmente preenchidos.

havia vários grupos de ciclistas de btt, numa manhã fantástica, com a temperatura ideal para este tipo de práticas. nos últimos 4 quilómetros o regresso à lama e aos 2 pares de sapatilhas em simultâneo. apanho a última descida, já um pouco partido das pernas e chego ao final, o local da partida, 2h23m depois. devo ter sido o 4º a chegar, pois os 2 1ºs companheiros já tinham comido e trocado de roupa, o 3º estava logo à minha frente acabado de sentar.

recebemos aquele que foi o melhor abastecimento sólido da minha vida (suplantando a torta de azeitão mas mostrando que na península de setúbal tratam-nos sempre bem :)) – uma “mine” fresquinha e um saco com pão com chouriço e pão de mel, mais uma laranja. emborquei a fresquinha, comi o pão com chouriço e fiquei automaticamente pronto para outra.


entretanto chegaram o josé pereira e o artur e ficámos por ali em momentos divertidos a gracejar sobre a prova. mais um pouco e chegam a célia e a cecília. passados uns minutos tive que me despedir e regressar, pois tinha o almoço de anos do mano à espera.

um agradecimento às lebres do sado por mais esta organização. correu tudo muito bem, o caminho estava bem marcado, os trilhos são maravilhosos, o abastecimento foi à maneira, a oferta final foi sublime.
até à próxima.
ab

domingo, 17 de maio de 2009

101 km Ronda

parabéns a todos os que terminaram os 101 km de ronda.
e a todos os que, caso não tenham terminado, lá foram à luta, ou iniciaram a preparação com esse objectivo e por qualquer motivo de força maior tiveram que abdicar da corrida, desta vez.

é que só a ideia, séria, de fazer esta prova, em meu entender, já é um feito!

até me apetece já correr para reflectir melhor sobre o que significa tal feito.

parabéns a todos!

ab

sábado, 16 de maio de 2009

Saudades das meias

ao ler o último post do nk, visitei a sua página nos marathon maniacs e achei piada à síntese com notas, sobre cada maratona.
e vou copiar a ideia mas relativamente às meias maratonas que fiz.
lembrei-me, de repente, que há muito, muito tempo, não faço uma meia. faço-as frequentemente em treino, mas já sinto saudades. há 2 anos e meio que não corto a meta numa meia.
e isso leva-me a querer que este ano seja a estreia nalguma meia, por exemplo, em são joão das lampas, onde nunca corri. agora que conheço o mentor, a motivação é ainda maior. e também para correr a 10ª meia maratona.
mas aqui fica um resumo com comentários e uma tentativa de me motivar para voltar às meias.
é que entre trilhos, meias e outras, há muitas distâncias e provas para diversão, antes da 5ª maratona.

ab
---

#1
07-12-2003 / meia maratona internacional de Lisboa
1h45m56
a estreia. memorável, com um tempo canhão e a t-shirt encharcada de sangue (adivinhe-se porquê ? :)

#2
04-04-2004 / meia maratona de portalegre
2h03m
após 1 mês de treinos, depois de 2 parado com uma lesão no joelho, o regresso.
prova plana, com uma última subida de 750m diabólica. comentários interessantes do público na terras em redor de portalegre: "ó pá, olha que já passaram todas as moças" ... :)

#3
02-05-2004 / meia maratona de setúbal
1h52m38s
a 1ª vez em setúbal, uma das meias de que mais gostei. excelente ambiente, apesar do calor. uma torta de azeitão no final que nunca esqueci.

#4
05-12-2004 / meia maratona internacional de Lisboa
1h49m48
um ano depois o regresso ao local da estreia. uma boa prova, bem controlada, muito boa sensação no final.

#5
08-05-2005 / meia maratona de setúbal
1h54m53s
a 2ª vez em setúbal, mais folgado, com muito calor. ainda mais prazer no final do que no ano anterior.

#6
25-09-2005 / meia maratona de portugal - vasco da gama
1h51m30s
estreia na vasco da gama. uma corrida excelente, uma boa recordação.

#7
13-11-2005 / meia maratona da nazaré
1h43m12
na "mãe" o meu recorde na meia maratona. uma excelente prova, muito agradável. na recta final o mar bravo entrava pela marginal da nazaré. em dia de aniversário do patriarca bento tinha o bolo à minha espera em lisboa.

#8
24-09-2006 / meia maratona de portugal - vasco da gama
2h02m

em ritmo de treino, a preparação não tinha sido muita.

#9
03-12-2006 / meia maratona de lisboa
1h59m
boa prova, muito desfrute, ritmo agradável, sempre com a companhia do c. barrigas (que saudades amigo, por onde andas?)

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Ossos do ofício




maratona e desgaste
+
defesas do organismo debilitadas
+
ares condicionados no local de trabalho
+
diferenças de temperatura primaveris
+
sim! sou um copinho de leite

=

passado a ferro por um camião
+
febre
+
doi-me o corpo todo
+
tirem-me daqui que estou farto das dores de garganta e do entupimento nasal
---
como nada dura para sempre, regressarei em breve, recomposto :)
ab

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Maratona Carlos Lopes: Lições Aprendidas



após um treino ligeiro de 30 minutos, de corrida "mais do que lenta", realizado ontem, aqui ficam as lições aprendidas, não apenas nesta maratona, mas como resultado de todas, pois a aprendizagem é um processo contínuo, cumulativo e incremental:

- correr maratonas para mim tem que ser = a correr sozinho (mesmo que seja no meio de muitos)
este é, afinal, o meu refúgio. quero estar comigo, muito egoísticamente falando.
a minha lebre nesta maratona foi a melhor do mundo, mas este "tartaruga" é bicho "do mato".

- ouvir o corpo é o fundamental para gerir os ritmos
e para ouvir o corpo, pessoalmente, necessito de concentração e ir acompanhado distrai-me.

- nike pro
a partir daqui não farei cedências à mamilagem. será marcação cerrada.

- recuperar "correndo" logo a seguir à maratona
ao contrário de todas as outras maratonas, iniciei a recuperação correndo muito lentamente, mas correndo. a máxima, que vem dos nossos antepassados, "parar é morrer" nunca me pareceu tão válida. sinto-me muito bem e deve continuar-se activo, logo, logo, no dia seguinte.

- a próxima
tenho já muita vontade de correr a próxima maratona. terei que escolher bem, com calma, mas há decisões a quente que vêm do coração e que devem entender-se como muito valiosas.

- o treino
correu muito bem, nem senti a pressão da "obrigação". não tendo feito treino específico consegui manter os quilómetros nos longos de domingo e esse é o segredo - regularidade.
depois terá que se dar uns pós de ritmo, mas aí depende dos objectivos de cada um.


por uma questão de curiosidade deixo os links para as lições aprendidas nas 3 primeiras maratonas:

maratona 3 - lisboa, 12 abril 2008

maratona 2 - porto, 21 Outubro 2007

maratona 1 - lisboa, 04 dezembro 2005 (escritas em abril de 2007)

como facilmente se deduz, há coisas que ainda não aprendi. de facto!
mas estamos sempre a tempo de aprender e por isso, na próxima, cá estaremos para tentar colocar em prática estas lições e as outras que surgirão no longo caminho dos treinos.

abraço
ab

domingo, 10 de maio de 2009

Maratona Carlos Lopes I



fotos: luís - no final com os campeões olímpicos rosa mota e carlos lopes

terminei a 4ª maratona. foi mais uma intensa experiência em 4h19m05s.
1º objectivo cumprido = terminar; 2º objectivo não cumprido – piorei o meu tempo em cerca de 3 minutos. farei uma próxima, naturalmente.

o primeiro agradecimento é para todos os que me deram força e que tiveram uma importância que nem sonham quando as pernas começaram a doer a sério.

todos os que com o seu incentivo passaram pela febre do tartaruga, passaram por mim dia a dia no trabalho a incentivar, ou enviaram mensagens de apoio.
ao nk por todo o apoio; companheiro e amigo fantástico, tudo tentou para que um tartaruga desse às patas e seguisse num ritmo mais intenso. caro e bom amigo, há coisas que a natureza tece e que me cabe a mim (des)tecer. mas terá que ser sozinho, pois nesta maratona aprendi algo muito importante que talvez já soubesse mas que confirmei (voltarei a este tema). um obrigado “major”.
ao gonçalo. as amizades de 35 anos não necessitam de agradecimentos, temos que as merecer. e partilham-se, por exemplo, em maratonas. para a próxima espero que sejas tu a chegar à frente, sinal de que treinaste melhor. hoje foi duro para ti (até parece que não foi para mim :), mas tens cabedal para bater o velhinho :) tartaruga).
ao carlos e ao luis um hiper agradecimento pelo apoio, reportagem fotográfica, incentivo permanente (o luís de bicicleta desde os 35 km foi um verdadeiro impulsionador do que restava dos esqueletos rumo à meta). andar uma manhã de domingo a motivar estes tipos, que, ainda por cima, teimam em correr devagar :) (não o nk claro!!!) tem que se lhe diga. obrigado.
ao fernando andrade, zé capela, luís mota, célia azenha, analice silva, zé pereira e tantos outros companheiros de pelotão, que incentivaram permanentemente, antes e durante, e com quem no final é sempre muito agradável conviver. é indescritível terminar uma prova, saudá-los e ver o saudável brilho nos vossos olhares. é bonito, muito bonito e são memórias boas que ficam.
ao patriarca bento pelo apoio em s. pedro do estoril, a nossa terra, pelos 5,5 km.
ao pedro, filó e “prima” :) pelo apoio nos 25km e do pedro no final. valeu companheiro, fiquei sensibilizado. e as rápidas melhoras para o próximo portugal na vertical, que ainda não me rendi.
ao público (pouco) que ainda assim puxou por nós. muitos acompanhavam outros atletas, mas mais uma vez foram os turistas de visita quem mais incentivou. alguns (poucos) compatriotas seguiram-lhes o exemplo. questões de cultura, ou falta dela, para uma vida saudável e de hábitos de prática de exercício e desporto. os ciclistas que fizeram esta prova incluem-se curiosamente no grupo dos que pouco incentivaram.
ao carlos lopes e à rosa mota, porque são grandes campeões, olímpicos e na postura simples com que estão na vida. foi um enorme prazer a troca de impressões no final e as fotos que guardarei para sempre, para orgulhosamente mostrar. o nosso país tem coisas a melhorar, mas tem algo que muito poucos têm: 2 campeões olímpicos, do “povo”, a acarinhar os atletas no final da maratona. sem mais palavras!


foto: luís - no final em conversa com o campeão carlos lopes

aos meus amores, que me aturam as manias e que me recebem sempre com aquele abraço. adoro-vos tudo!
---

7h da manhã como combinado estava com o nk na expo. o carro dele ficou, o meu seguiu. 1ª surpresa: muitos lugares de estacionamento no parque do casino. na partida das bicicletas eu o nk ainda pensámos que poderíamos ficar no top 10 :). pouca gente.

no carro para equipar; pouco depois , chegam o carlos e o gonçalo.


foto: carlos - parque do casino

as primeiras fotos e larachas.


foto: carlos - casino

na zona da partida o prazer imenso de conhecer o fernando andrade e o zé capela (valeu por muito companheiros). cumprimentos à célia e analice, dois exemplos.

dada a partida, lá rumámos a cascais.

foto: carlos - partida

o dia estava fresco, com vento pelas costas ou de lado na maioria do trajecto, ideal para a maratona.


foto: carlos - estoril

virando em cascais era sempre em frente, com um ligeiro desvio na rua do arsenal e rumo ao rossio. a paisagem contribuiu para que a prova fosse muito agradável. fomo-nos cruzando com malta a correr, de bicicleta, a caminhar, algo de muito apetecível em toda a linha de cascais-estoril, oeiras e algés. as 2 faixas no sentido cascais-lisboa eram nossas. os carros não incomodaram muito. os abastecimentos estavam bons e a água era fresca.



foto: carlos - carcavelos


pelos 15 km os adesivos começaram a saltar. eis a prova científica de que os mamilos de tartaruga são diferentes dos humanos. nem os adesivos do nk, nem a camisola quechua. se alguma marca estiver disposta a fazer o teste, estou totalmente disponível para o patrocínio :). passado um pouco já sangrava do esquerdo. não hesitei e tirei a camisola. segui em tronco nú, para gáudio da comunidade tartarugueira do eixo cascais-lisboa.

(nota: excelente a presença de um bombeiro para 1ºs socorros, ao longo do percurso, de bicicleta).
apenas voltei a vesti-la a 100m da meta, pois um acho inconcebível cortar a meta em tronco nú. ética deste tartaruga e creio, que generalizada.


foto: carlos - algés


até à meia sempre em ritmo sub-4h, passámos com 1h58m. sentia-me bem mas percebi pouco depois que abusei no ritmo. aos 25 km comecei a mandar o nk para a frente. não queria ficar com o ónus de na sua 10ª maratona, passar das 4h. é claro que ele seguiu pelos 28km, pois amigo não empata amigo. o gonçalo tentou ir com ele e depois cacei-o na subida do viaduto em de santa apolónia, pois também abusou.

a partir dos 33k foi a doer bastante.

foto: luís - perto dos 35 km

pelos 35 km tivemos que ir alternando corrida com períodos, o mais curtos possível, de caminhada. a 4km da chegada deparámos com a dissonância de entrar na recta da meta de 2008 e ainda faltar muito.


foto: carlos - entrada na expo, o luís na bicicleta

o gonçalo mais à frente estoirou e eu segui como pude. tentava colar-me a quem me passava, tentava aproveitar as muitas palavras de ânimo – nessa altura do luís, do carlos, do capela, dos companheiros ainda em corrida e de alguns espectadores, e seguia como podia.

foto: luís - a 1,5 km da meta

a 300m da meta passam por mim 2 atletas e “sprintei” durante 100m para tentar aguentar. nada feito :(

mas estava ganha mais uma maratona.

cumprimentei o zé pereira das lebres do sado perto da meta,



foto: carlos - recta da meta

a rosa mota na meta,

foto: carlos - meta

os companheiros de jornada à espera (nk, pedro a., carlos, luís). aguardámos pelo gonçalo que terminou a correr, daí a pouco. um último cumprimento à célia, à analice, ao "cafezinho" na tenda das massagens (edmilson santos, um amigo brasileiro bem conhecido no mundo do pelotão).

o regresso ao casino, com boleia do nk. depois deixei o gonçalo na “nossa” praceta de sempre nas areias em s. joão do estoril, e segui para casa. recepção calorosa, duche frio nas pernocas, comi o que consegui (o “soccerade” que deram no final é intragável e nem tinha vontade de comer nada). para relaxar, durante a tarde, um lanche com os papás, para orgulhosamente servirmos o pão que agora fazemos em casa graças à tecnologia. perfeito.

voltarei para as lições aprendidas e para uma reflexão sobre mim e as maratonas. esta 4ª valeu pela companhia, pelo apoio, pela paisagem, por ter mais uma vez ultrapassado os limites físicos e chegado ao final. afinal, é bom fazer maratonas, ficamos sempre mais “plenos” no final.
abraço e um muito obrigado a todos!
ab

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Preparar a 4ª maratona

http://www.espacosperdidos.blogspot.com/
é efectivamente diferente.
talvez se chame "um pouco mais de experiência". mas ao fim de 3 maratonas, e no prólogo da 4ª, as coisas são vividas com mais calma.
hoje eu e o nk fomos levantar os dorsais à hora do almoço.
num local meio escondido na zona do pavilhão de portugal, lá demos com a sala.
não muito surpreendido fui confrontado com a falta do meu nome na lista de inscritos ... afinal havia feito a inscrição on-line há 1 mês ... não deveria esperar muito!
mas o servidor estava "lotado" nessa altura, segundo ouvimos como justificação.
o nuno inscreveu-se há 2 semanas mas nessa altura o servidor já estava operacional :), portanto nada de problemas com ele.
questões de organização, que um campeão tão grande a dar nome a uma maratona talvez não merecesse, ou talvez devesse fazer por não merecer.

---
quanto ao resto, tudo normal, vamos encaixando os hidratos.

uma das preocupações do momento é a PRESSÃO que estou a sentir :)))))))
querem à força que baixe das 4 horas. até vou ter um "pacer" à disposição e de luxo, um "marathon maniac".
não sei, vou dormir nas próximas 2 noites sobre o assunto e depois no dia da prova, lá pelas 12h já terei uma resposta, sobre se será possível ou não ...! :)))

mas há algo de muito preocupante neste cenário: imaginemos que baixo mesmo das 4h ... o que seria da minha vida? para onde iriam os objectivos futuros? é que andar lá perto tem sempre uma adrenalina deliciosa, o seu quê de desafio e essa eu não gostava de largar.

e depois há outro problema: os "media". é que um tartaruga "premium" a demonstrar tamanha performance será sempre digno do livro de recordes, e quiçá, de dar o mote para ter uma estrela num dos passeios da zona da expo.
não me largariam a carapaça! muita fama assusta-me!!!

deixem-me colocar esta fasquia da seguinte forma: caso dê tudo bem.
mas se, por exemplo, tiver que escolher entre cortar a meta com os meus filhos ou baixar das 4h, escolho a primeira. "importâncias relativas" - afinal são sempre relativas as importâncias!

o que vou mesmo é ter uma manhã divertida com o nuno, com o gonçalo, com os companheiros de maratona. e isso é que conta nas contas finais. o resto é paisagem, que será bem bonita, por sinal.

---
ah! e para finalizar, nada melhor do que preparar o começo da 4ª maratona com uma inscrição no 2º raide da arrábida, organizado pelas lebres do sado. já paguei, já enviei o mail, desta vez espero ter ido a tempo de me inscrever sem sobressaltos para dia 23, pelas 10h - 20 km na serra da arrábida. fenomenal.

fui bem tratado no raide vale de barris-palmela e cá vou novamente.








abraço
ab

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Maratona Carlos Lopes: Objectivos

há 1 ano foi assim:
fotos: atletismo magazine modalidades amadoras





---
que coisa gira: ontem coloquei o post nº 400. nada de especial mas reparei agora :)
grande novidade: o meu AMIGO gonçalo, AMIGO desde há 35 anos, que apadrinhou a minha 1ª meia maratona em 2003 (ele já tinha feito uma ou duas e nesse dia levou um bigode :)))), companheiro de prova na nossa 1ª maratona em conjunto, em 2005 em lisboa (onde me deu um bigode - éramos 2 coxos a tentar terminar e ele chegou 18 minutos antes :))), enviou-me hoje um sms: vai fazer a maratona domingo.
espectáculo!
assim ainda aumenta a motivação e a satisfação.

vamos a objectivos:
- terminar
- melhorar o tempo de há 1 ano (4h16m)

a realidade é que não vale a pena estar com grandes expectativas
não fiz qualquer treino específico para a maratona.
fui acumulando quilómetros, subindo e descendo trilhos, ganhando alguma força nas pernocas e há 1 mês senti-me bem e inscrevi-me. fiz muitos treinos longos (um deles de 40 km), consegui manter essa regularidade domingo após domingo, fiz 2 provas de montanha acima das 3h15m, fiz alguns treinos mais rápidos.
há 1 semana quase batia o meu recorde nos 10 km :) em arruda dos vinhos.

sinto-me bem, preparado para a maratona.
mas o espírito é de tartaruga:
- deixa ver como acordo no domingo, deixa ver como começa a prova, deixa ver como continua a prova, deixa ver como me sinto ... e depois no final fazemos contas.
o cenário é de sonho, sempre junto ao mar e ao rio, paradisíaco ... portanto é esperar para ver.
hoje foi o último treino de 30 minutos. relaxado. o vento estaria de feição, caso fosse domingo de manhã: pelas costas :)

até breve e...

um ENORME OBRIGADO a todos quantos têm passado por aqui para deixar uma força.

beijos e abraços!
ab

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Maratona Carlos Lopes: Pormenores e Meio Ambiente



a 3,5 dias de iniciar a maratona carlos lopes, a minha 4ª maratona, as preocupações são "corriqueiras".
mas como é sempre nos pequenos pormenores que se faz a diferença, têm sentido estas preocupações "pequenas":

- sapatilhas
os asics gt-2130 estão rotos.
mas serão os escolhidos. têm sido poupados. seguir com os asics trabuco de trail representa mais 100 gramas em cada pé. é muito numa maratona. os de estrada estão rodados e não serão 42 km a rebentar com eles de vez. até porque os pés estão afinados com esta sapatilha.

- camisola
comprei uma camisola quechua na decathlon na 3ªf e experimentei-a durante os 30 minutos do final da tarde.
responde a 2 riscos potenciais: mamilos e calor.
a camisola é branca, sem mangas, espectacular. creio que estou bem servido. a razão da compra prende-se com a impossibilidade de levar a camisola nike pro por baixo, pois fará calor e 2 camisolas são muito quentes.
assim, só com 1 camisola estarei mais fresco e com esta protegerei os mamilos para não sangrar. e vou reforçar com uma fita milagrosa que o mestre nk já me mostrou hoje. cola tanto que no final devo arrancar a pele :)

- meias
também comprei um pack de 3 pares novinhos, branquinhas como noivas. já experimentei umas, amanhã serão as outras e no domingo usarei um destes pares já experimentados.
- temperatura
aparentemente o tempo vai piorar até domingo. felizmente para "nós", infelizmente para os banhistas. a corrida começa pelas 8h30m (ainda bem, finalmente uma hora de partida com lógica nesta altura). vai ser um desafio, mas até às 10h30m talvez se ande bem. e caso esteja uma brisa a coisa leva-se. é uma questão de adaptar bem o ritmo.
voltarei para falar dos objectivos.
ab

domingo, 3 de maio de 2009

Mãe

Correio - Miguel Torga, 1941


Carta de minha Mãe.
Quando já nenhum Proust sabe mais enredos,
A sua letra vem
A tremer-lhe nos dedos.

- «Filho» …
E o que a seguir se lê
É de uma tal pureza e de um tal brilho,
Que até da minha escuridão se vê.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

10 Km de Arruda dos Vinhos


já aqui o escrevi, e curiosamente, creio que após os 10 km do atlântico, na costa da caparica:
quando pouco esperamos, temos boas surpresas.

47 minutos e 46 segundos nos 10 km de hoje.
um tempo de luxo para um tartaruga convicto.
numa corrida com sobe e desce, com percurso misto de asfalto e de campo, com início pelas 10h30m, com calor, numa vila muito simpática a 20 minutos de lisboa. direi que foi extraordinário.
noto um certo afinamento das pernas para a maratona :).
sem treino nada específico e com muitos quilómetros e diversão, afinal pareço estar ok e com a rodagem feita.

valeu muito a pena.
a corrida é bonita. saímos da vila ao quilómetro e meio. seguimos por entre as vinhas e vivendas, nas terras da terra batida, por entre as flores primaveris e o verde que veste as colinas que nos circundam em todo o trajecto da prova.
de volta ao asfalto, contornamos o ponto de retorno, e fazemos o trajecto em sentido inverso. sempre com os montes e as grandes pás da energia eólica como paisagem.
e com um ar perfeitamente puro, algo de muito revigorante.
aos 8,5 km surge uma subida de se lhe tirar o chapéu.
nem hesitei - depois de tantos trilhos lá segui, e aproveitei para descolar da fantástica companheira de quase 60 anos, que foi sempre um pouco à frente ou lado a lado, e chegou à meta cerca de 1 minuto depois.

a partir do final da corrida foi a festa completa:
um almoço de grelhados na casa de amigos, regado com um bom tinto.
uma demonstração de karaté dos nossos amigos - filhos dos nossos amigos, que são da idade dos nossos, na "quinta do morgado" - um espaço magnífico, numa quinta recuperada, onde existem: um auditorio, um restaurante/esplanada, um espaço para exposições e algumas casas onde se faz e mostra artesanato.
uma prova do muito que de bom se faz nas vilas menos citadinas.
chamo-lhe "qualidade de vida".

ainda tempo para o lanche ajantarado com uma petiscada e o regresso calmo a casa.
a apenas 20 minutos de distância.

um belo dia.
ab