sábado, 31 de janeiro de 2009
Uma manhã normal
pelo meio dia e um quarto, 1 horita saindo de casa, subindo e descendo, descendo e subindo, até à mata de carnaxide. foi bom, novo percurso, estimulante. o corpo começa a responder à continuidade do treino. e tenho que ir treinando subidas e descidas, pois daqui a 2 meses há um desafio intenso - uma novidade que a seu tempo aqui trarei.
cruzei-me com um companheiro na mata de carnaxide de mochila às costas e passo curto e ligeiro - um ultra, estou em querer. vão-se conhecendo.
duche, almoço e 5 estrelas.
---
as manhãs normais são um património de que necessitamos.
o amanhecer sem stresses, após poeira ter assentado.
hoje fui cliente do sofá. acordei de madrugada, noite cerrada ainda. assisti ao amanhecer. limpo. orvalhado. gostaria de ter ido fazer companhia ao nuno no seu longão. não é possível. mas tentarei treinar mais ao final da manhã.
até lá, entre farmácias e compras circunstanciais para apoio ao recobro, a quase certeza de que
tudo corre e de que a noite calma foi um bom prenúncio.
as manhãs de sábado são normamente as minhas favoritas. abrem um bom leque de possibilidades. esta teve um sabor especial. "fecha" um mês de janeiro intenso, em todas as águas da minha navegação.
e falta um agradecimento a todos os que de todas as formas me fizeram chegar a sua amizade e a sua solidariedade. esse é, sem sombra de dúvida, o húmus a partir do qual podem florescer as manhãs serenas.
abraço e bom fim de semana.
haja corridas!
ab
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Angústias de pai
não é em nada comparável a quando se passa connosco.
aí controlamos como podemos reagir.
a operação não era (felizmente não foi) nada de especial. ao nariz. aos cornetos.
mas o acordar foi violento. estivemos muito tempo a tentar acalmá-lo. sangrava. entrou em pânico por não conseguir respirar pelo nariz.
o reflexo natural era querer assoar-se e mexer no nariz. puro instinto de sobrevivência.
sussurava-lhe ao ouvido, tentando inspirar alguma calma. tinha que o agarrar - com força! para não se magoar, nem na parede, nem nas grades da cama.
quem já assistiu ao despertar de uma anestesia sabe que observamos a natureza humana numa forma próxima do tresloucado, onde os olhos falam por si; parece que vão saltar.
tudo o que nunca mostramos e guardamos cá dentro vem à superfície nestas alturas.
como pai, nada há que me angustie mais do que o sofrimento dos meus filhos.
pelo sentimento de impotência. pela falta de domínio de todos os meios para reduzir esse sofrimento.
a cura também resulta do sofrimento. infelizmente tem que se passar por esse estádio.
mas hoje foi muito duro.
cada um deles já havia sido operado uma vez. sabíamos que o despertar é difícil. hoje, foi-o particularmente.
amanhã será outro dia e já com outra perspectiva. terá alta e estará em casa. começará a recuperação. como força da natureza que é, correrá bem.
e como pais, acreditamos que fizémos o melhor para o ajudar. esgotadas muitas outras abordagens e possibilidades, escolhemos esta.
permaneceremos com a dúvida, mas confiantes de que foi uma boa escolha.
no que depender dos nossos corações e vontade, a partir de agora a saúde melhorará.
acreditamos, porque temos que, e queremos, acreditar que sim!
o amor mostra-se mais forte nos momentos adversos.
é sempre quando sabemos que amamos incomensuravelmente.
amo-os tudo!
ab
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
40 anos --> 40 quilómetros (talvez, talvez ...)
não é todos os anos que se faz 40 anos.
e este é "o" ano!
e ontem surgiu-me do nada, a imagem:
40 anos --> 40 quilómetros (provavelmente não foi do nada e teve uma aragem do fim da europa, quem sabe?).
pois é fiquei a matutar.
e não é que tenho férias no meu dia de anos?
é uma 2ªf, daqui a umas poucas de semanas. março, 16.
já esbocei num papel de rascunho uma ideia - algo parecido com um plano.
só os treinos longos e a evolução gradual, para já. creio que vai dar!
já sinto a adrenalina e o prazer a fluirem nestas veias ainda tão novinhas, dos 39 aninhos :)
ah! jovens, não pensam ...
abraço
ab
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Into the wild

só neste fim de semana vi o filme.
um dos que aponto desde já como marcante.
o livro estava pedido no sapatinho mas acabou por não chegar. um dia destes cruzo-me com ele e lá vai disto - é que nunca deixo de ler um livro que me interessa, mesmo após ver o filme.
livro é livro, tem uma magia própria.
3 notas sobre o filme:
- o caminho tem que estar cá dentro e esse é o guia - o único que vale a pena seguir. com ou sem medos, ou melhor, com mais ou menos medo, mas o único.
- a felicidade depende invariavelmente da partilha. há uma linha a partir da qual ninguém é feliz sózinho.
afinal ... somos animais, diferentes de outros, mas em tantas, tantas coisas, iguais.
- só partindo pode valer a pena.
até breve
ab
domingo, 25 de janeiro de 2009
Grande Prémio do Fim da Europa - em modo treino
passado o aquecimento e de manguinha curta, pois já sentia o quentinho do corpo, lá fomos ao tiro de partida. o vento e o frio rapidamente deram lugar ao suor do esforço em subida. imaginava ao que ia. não sabia que seria tão belo e revigorante. logo no início cumprimentei a ana: que bom ana! o regresso, pelo regresso e pelo sorriso, bonito e a aumentar o sorriso com que sintra nos brinda.

verde, muito verde, sintra em todo o seu esplendor, inenarrável.
após o cruzamento iniciámos o percurso em alternância, sobe e desce, mas mais em conta. algo igualmente belo foi a variedade de cores da indumentária de inverno, com os equipamentos de cores fluorescentes, alegres, um arco íris em movimento. quilómetro e quilómetro íamos respirando a pureza e desfrutando da vista em tons de verde. o sol ajudava, rompendo e abrilhantando o caminho. o nuno e o pedro mais à frente, eu mais lentinho. após os 7 quilómetros e talvez duzentos metros, resolvemos virar. o trajecto fez-se bem, novamente até ao cruzamento do castelo dos mouros. fui cumprimentando e gracejando com as bocas dos companheiros. novamente a ana com uma expressão sorridente, aparentando que faz isto todos os dias, apesar do recomeço recente. a tarimba, a tarimba :)


ab
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Blog interessante - Matt Fitzgerald
fui dar a este blog, de um dos treinadores referenciados pelo "ultra" e co-autor do livro.
http://mattfitzgerald.org/
gostei. tem artigos bastante interessantes e abrangentes, desde técnica de corrida, ametodologia do treino, a nutrição, etc.
ab
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Chuva saborosa
completamente extraordinário.
o treino de hoje ao final da tarde. 60 minutos. muito bom!
---
já não me consegui inscrever no grande prémio do fim da europa.
3ª f de noite já estavam esgotadas as inscrições. não obstante, gostei do site da SportScience.
mas vou fazer um treino, aproveitar a beleza do percurso e estrear-me naquelas bandas.
para o ano espero que oficialmente.
este ano, se tudo correr normalmente, para acompanhar (no evento, não na corrida propriamente dita :) os meus Amigos n. e p.
---
ab
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Subidas em dia histórico
talvez a estreia em 2009 possa estar perto ... e com grandes inclinações!!!
:)
---
hoje foi mais um dia em que "houve" história.
"yes we can"!
o mundo já mudou com esta mudança.
segue-se a parte mais difícil, manter a dinâmica em coerência com os valores.
creio que sim! acredito.
ab
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Nojento
vindas da galp duas jovens dentro de um carro, seguiam na mesma direcção.
faço pisca, coloco-me atrás do carro e quando dou por mim recebo no vidro com 2 plásticos de embalagem de maço de cigarros.
pura e simplesmente as moças abriram o maço de tabaco e pimba ... vá de deitar, janela fora, o plástico.
sem mais comentários.
isto não se ensina. ou se aprende, ou então ... não!
que tristeza.
e assim como foi o plástico, para a próxima será o resto da maçã, ou o lenço de assoar, ou a caixa de cartão com o bolo ou a sandes, comprados na estação de serviço.
ab
domingo, 18 de janeiro de 2009
O regresso aos longos





sábado, 17 de janeiro de 2009
Manhã perfeita

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Vale sempre a pena
saí do tagus park atrasado. mais ainda, fila para sair da quinta da fonte e entrar na a5. a hora crítica e aborrecida.
cheguei ao jamor, ao estacionamento da canoagem pelas 18:45m. a ideia era treinar em paralelo com o treino do rodrigo.
mudaça de roupa rápida; comecei pelas 18:51m. ainda me questionara sobre se valeria a pena. vale sempre. mesmo que fossem apenas 20 minutos. saberiam a pouco mas valeriam a pena. é preciso acreditar nisso, sempre, para não ficar em terra.
lá fui correndo no meio dos caminhos escuros, contíguos à pista e circundantes, no complexo do jamor. a iluminação não é um ponto forte, de facto.
o rodrigo dizia-me que terminaria o treino pelas 19h20m.
fiz as contas: 29 minutos e mais uns quantos para ele tomar duche. ainda os alongamentos.
no final bateu certo, foram 40 minutos redondos, com tempo para alongar, feliz, suado, em calção e sweat. os 11 graus pareciam verão naquele instante.
afinal ... vale sempre a pena começar!
no final está reservada a recompensa.
ab
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Sintonia
seriam umas 8:30 da manhã, na zona de barcarena.
como quis estar no seu lugar.
o dia estava limpo, o céu azul, a temperatura para o frescote.
mas era ali que eu queria estar.
ab
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Dois blogues interessantes
http://yaraachoa.zip.net/ (da Yara Ôchoa)
e a partir deste cheguei a:
http://ultramaratonistamarciovillar.blogspot.com/ (do Márcio Villar)
os dois blogues são muito interessantes mas chamaram-me particularmente a atenção, neste último, os posts com estes links:
http://ultramaratonistamarciovillar.blogspot.com/2007/12/foto-mais-importante-da-minha-carreira.html
http://ultramaratonistamarciovillar.blogspot.com/2008/02/arrowhead-o-sonho-que-virou-pesadelo.html
é muito curioso verificar que como o limite depende apenas de cada um de nós.
e que muitas vezes há objectivos que fazem perigar a saúde a tal ponto que é importante poder sempre ter um olhar crítico e amigo por perto.
honesto. que traduza a realidade e não a vontade de agradar.
que saiba manter um não quando seria mais fácil a palmada no ombro e ok "vamos em frente". por vezes ter alguém por perto que nos saiba abrir os olhos.
até onde vale a pena ir quando se trata de objectivos que fazem perigar realmente a saúde?
ab
domingo, 11 de janeiro de 2009
Longo (ainda curto) de domingo
passado o túnel, eis-me na zona de algés mar. que saudades. já não fazia este percurso há uns meses. calmamente cheguei à torre de belém. na relva duas dezenas de pessoas faziam movimentos talvez de tai chi (a minha ignorância na matéria permite-me estas conjecturas). junto ao rio e em frente ao avião de homenagem a sacadura cabral e a gago coutinho, um café recente, abrigado, tentador, que nunca havia visto. segui pelo trajecto habitual, rumo ao padrão dos descobrimentos. o vento mantinha-se forte, de frente. tempo para verificar o preço dos combustíveis, primeiro na bp (com o desconto de fim de semana está a €0,889) e a seguir na galp (€0,969). mais à frente no clube naval muitos jovens a preparar os barcos para velejar. as condições estariam óptimas, creio.
voltei um pouco antes da estação fluvial de belém, com uma vista bonita sobre a ponte e o cristo rei.
fonte: www.fotografiaexadres.blogspot.com
a 2ª metade com o vento pelas costas foi agradável. a partir desse momento já me ia cruzando com muita gente, a caminhar, de bicicleta e a correr. poucos turistas mas muita cor e uma manhã que se confirmava linda. novamente no túnel de algés uma breve paragem para ler as gordas nos jornais domingueiros. passei novamente pelo palácio dos anjos e pude ver o cartaz que anuncia a exposição de paula rego até 18 de janeiro. não sabia, tentarei passar por lá com a malta.
a partir daí sempre a subir até casa, com os últimos 10 minutos em modo “subida dura” -algumas bem íngremes.
terminei com 1h15m. excelente, exactamente o mesmo tempo nas duas metades do treino. foi suave e soube bem, muito bem. os alongamentos foram já feitos em casa, ao lado da olga, que ainda estava quieta, apesar das minhas provocações. isto de hibernar é uma competência fantástica da minha querida tartaruga. quem me dera :).
resto de bfs
ab
sábado, 10 de janeiro de 2009
Prémio Run Blogosfera 2008
descobri por mero acaso que o blogue do tartaruga está incluído num vasto conjunto de blogues candidatos a um prémio - o prémio RUN BLOGOSFERA 2008.
estão lá muitos dos blogues que habitualmente visito e muitos outros que terei o prazer de visitar a partir de agora.
já votei na minha preferência (não, não foi no do tartaruga :)
fica um apelo - votem (AQUI).
estas iniciativas têm piada porque nos dão a conhecer blogues a que jamais chegaríamos doutra forma.
OBRIGADO aos mentores do prémio e felicidades.
ab
Porque tudo muda

reflectindo após o jantar, e curiosamente ou talvez não, sinto o gafe a crescer num sentido de estruturação "competitiva" que não faz o meu género. não me revejo, por várias razões, na actual realidade do grupo.
qualquer estrutura organizativa e social (incluindo assim a dinâmica de grupos como este) passa da génese informal (o melhor exemplo são as empresas que começando com estruturas pequenas e muitas vezes familiares, vão crescendo para níveis de estruturação formal que impõem novas dinâmicas) para um grau mais sofisticado e complexo de relações (formais e informais). o gafe não foi excepção. têm vindo a crescer os desafios, têm vindo a acrescentar-se novas conquistas no grupo. a competição de cada um consigo mesmo tem sido adaptada às necessidades de cada um e os novos patamares vão-se sucedendo.
mas … e este é um “mas” meramente subjectivo (não o são todos?) e de opinião pessoal, cada vez menos se fala e se partilha o prazer de correr. fala-se dos treinos duros, das séries, do ritmo por quilómetro, dos novos objectivos, das próximas maratonas e vai minguando a temática sobre a plataforma que juntou um grupo de conhecidos que se tornaram amigos: o prazer de correr e de correr em conjunto.
o prazer agora vai estando mais ligado às maratonas, ao próximo objectivo competitivo, aos planos de organização da próxima deslocação, à superação do melhor tempo. perfeitamente legítimos, atenção. provavelmente este meu sentimento é devido à minha esfera de motivações não andar propriamente à volta das maratonas. e devido ao meu conceito de superação na corrida não ter muito a ver com os “melhores tempos”. tem mais a ver com processo e com o caminho, do que com o resultado final. idiossincrasias.
o jantar de ontem, para além de agradável enquanto evento de convívio, teve o condão de mais uma vez me levar a pensar sobre porque corro. e hoje de manhã, durante e após os 45 minutos sob um sol agradável e confortante, mais uma vez o soube: o meu prazer na corrida não decorre de qualquer motivo competitivo. é claro que há ciclos em que desejamos chegar mais longe. mas a corrida é um meio para me dar liberdade e controlo. para me permitir pensar a sós, naqueles momentos só meus. por isso gosto de correr sozinho. a minha motivação não decorre de qualquer motivo externo. é puramente interior. talvez seja essa a razão pela qual me começo a sentir deslocado no grupo, não das pessoas individualmente, mas do grupo enquanto dinâmica e filosofia - enquanto forma de estar na corrida.
tudo tem um início e um final. não sei se estou num final. mas tenho uma opinião: cada vez menos me revejo na forma de partilha que actualmente existe -não se partilha o prazer de correr. por isso me sinto deslocado. por isso mesmo o jantar de ontem foi importante. para me permitir reflectir: já fomos um “bloco”, onde havia alguma comunhão com a corrida por pano de fundo. hoje em dia somos vários blocos, várias realidades. não creio que haja um prazer conjunto, efectivamente partilhado, como já houve. nostalgia? talvez. resistência às mudanças? talvez sim, ou … talvez não.
pelo menos, reflexão sobre para que me serve a corrida. e a certeza de que me serve, não para correr maratonas, meias, 15 ou 10 quilómetros, mas para me ir encontrando comigo, sempre que o consigo. se o custo é não estar no espírito competitivo do grupo, seja; coerente, tentarei alimentar este espaço de amizade e procurarei outro para a minha corrida. porque também acredito que há diferenças em que não vale a pena insistir. há isso sim que respeitar essas diferenças, bem como as diferenças de personalidade e de motivações, e as diferentes dinâmicas que entretanto se vão criando. lá diz o velho ditado, e os velhos ditados têm o condão de conter toda a sabedoria acumulada milenarmente pela experiência: “quem está mal que se mude …”.
quando o prazer de nos juntarmos ao domingo regressar ao "estarmos juntos" e não ao "fazer mais um treino para a maratona x", talvez volte a sentir alguma comunhão com o espírito em que foi criado o grupo. até lá continuarei, saudavelmente, a correr, e a ir aos jantares, pois esses momentos não têm retorno e nunca se devem perder. são ricos.
um abraço a todos os gafistas e um sentido obrigado pelo que me dão e pelo que me fazem reflectir.
ab
Livros (curiosidades)
chamaram-me a atenção:
- Transa Atlântica
Mónica Marques (blogue da autora em http://sushileblon2.blogspot.com/)
(soube do livro a partir de http://origemdasespecies.blogs.sapo.pt/)
---
- What I Talk About When I Talk About Running
Haruki Murakami
---
- Running Through the Wall: Personal Encounters with the Ultramarathon
Neal Jamison
---
- The Extra Mile: One Woman's Personal Journey to Ultrarunning Greatness
Pam Reed
ab
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
No céu ...
curioso: até aqui eu calçava sempre o 42,5 da asics, porque nunca havia um 42 redondo. desta feita teve que ser 42 redondo, porque não havia do outro e assenta que nem uma luva. afinal andava com folga :)
(ou como 1/2 número pode fazer a diferença).
correr é uma festa. este é um mundo bom, muito bom.
e é muito bom cruzar-me com os companheiros atletas e sentir que são cada vez mais.
e sentir a comunhão, nos dias de inverno que incentivam ao sofá e à manta.
abraço
amanhã é dia de jantar do gafe. espectáculo.
ab
Normalidade precisa-se
porra é tudo esquizofénico ou quê?
o frio que está é mais que normal nesta época do ano! nem mais nem menos do que no ano passado, no outro e no outro e nos outros todos passados.
acho que a malta encontra sempre matéria para se desviar do essencial. de momento são o frio e a crise que servem de mote a qualquer conversa. calha vamos inaugurar outra moda nova em portugal, mais uma das nossas manias originais - queremos ter verão todo o ano!
valha-nos qualquer coisinha.
como se em portugal estivesse muito frio: haviam de sentir o frio a sério. e digo-o à vontade porque efectivamente nunca o senti!
bom, equanto o portugal radiofónico, televisivo, novelista, jornalistico, se queixa, lá vou eu correndo ao final da tarde e o rodrigo fazendo o seu kayak polo e canoagem nas águas gélidas do jamor, também ao final da tarde. assim sempre aquecemos mais do que estando parados.
vou voltar ao oscar wilde e ao "o retrato de dorian gray", que sempre ajudam a esquecer que não está assim tanto frio.
ab
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Uma pitada de sal
soube bem esticar o corpinho.
50 minutos com alguma variação de ritmos, sabe bem. nem se sentiu o final da tarde.
---
esta semana está a ser possível: estar com as crianças à hora do lanche, em casa. que saudades do período da tarde em que terminada a escola, era hora do lanche, antes dos treinos. o cheiro da casa, acolhdor nos dias frios do inverno. o conceito de habitat é de facto muito forte.
nestes dias invernosos a rotina mantém-se como há umas décadas, comigo.
devia ser obrigatório todos podermos ter direito a uma ou duas tardes por semana para chegar a casa mais cedo e desfrutar do final da tarde.
é pena só ser possível em férias.
---
ab
Juliana
estava quentinha e até tinha uns grãos, para dar mais consistência à substância.
nada como uma bela duma sopa, quentinha, para aquecer a alma.
e sopa robusta, nada de caldos, que fazem mal à garganta.
obrigado juliana e a quem te fez.
ab
Meninos novos para os pézinhos
asics gt-2130 e são em cor azul (lightning/lightning/identity blue, para ser mais preciso).
quando fiz as contas aos quilómetros dos "actuais" gt 2120, acabei convencido:
apesar de ter sido um ano de 2008 com "não tantas corridas como desejava", já estamos na zona acima dos 800 km. é tempo de dar a vez aos próximos.
que tenham muitos e bons quilómetros pela frente.
farei o possível por isso.
ab
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Férias ou outro um outro olhar
vejamos:
- para aproveitar os saldecos lá me dirigi ao centro comercial allegro, logo ali a 2 passos da escola do andré. comecei por levar um banho pois, pelas 9h da matina, apenas o junbo está aberto. lá segui para a zona dos livros para exercitar as leituras rápidas durante 1h.
- pelas 10h, hora a que supostamente as lojas devem abrir, comecei logo a ficar com os humores trocados. se é para abrir às 10h, é mesmo às 10h. mas não! a malta lá ia chegando às lojas, calmamente e permitam-me - com as trombas de uma 3ªf de manhã em que trabalhar era a última coisa que se devia fazer - portas meio abertas (ou meio fechadas, neste caso); só passados 5 ou 10m das 10h é que comecei a entrar em lojas.
- para quem como eu abomina (talvez haja uma expressão que traduza melhor o quanto detesto andar nas compras) andar a entrar e sair de lojas para comprar roupa, mas que não tem outra hipótese pois não deixo ninguém comprar a minha roupa (sou eu e só eu que escolho, ponto final), lá fiz uma ronda rápida pelas camisas, calças e gravatas. nada de especial a registar, até estão com uns bons preços, descontos consideráveis e ainda agora começámos. no final de fevereiro, altura em que termina a época saldística, suponho que quase que darão alguns produtos para escoarem. a dita crise e os seus efeitos. em 2009 ou muito me engano ou vamos andar sempre entre saldos e promoções, ou liquidações de época, e as épocas vão-se confundir com os meses ou com as quinzenas.
- valeu-me a fnac para ainda ler mais um pouco, sentar e comprar 2 livritos.
- finalmente o "must" que não consigo compreender: na bomba de gasolina do jumbo, perto do media market, fila logo a partir das 9h, ou antes claro está. pelas minhas contas teria aí 15 minutos de fila. quando regressei a casa, 2 horas depois, a fila já contornava a rotunda, cifrando-se, segundo os meus cálculos, nos 25 a 30 minutos de espera. o que faz esta malta ali àquela hora? como é possível haver fila de 30 minutos para colocar gasóleo a 0,844€, durante o dia inteiro a partir das 10 da manhã? que ocupação terá esta gente? não digo isto em sentido crítico, é uma constatação e como sou curioso, gostava efectivamente de saber. porque ao fim de semana percebo, manhã cedo ou ao final da tarde, entendo, agora durante um dia normal semana, a estas horas e de forma contínua ...
até breve, abraço
ab
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Acabo de chegar ...
foi fantástico. frio, noite cerrada. mas terminei suadinho, bem disposto. cruzei-me com malta conhecida, o joão, a carla,o vítor, faltou apenas a didi ...
o pessoal da canoagem em treino de alto rendimento, sempre a puxar.
ambiente apetecível no jamor.
terra fofinha, ainda humedecida pelas chuvas recentes, do melhor.
o que mais custou pós treino: o duche!
pois é, curiosamente ... esqueci-me da nike pro, e os belos dos mamilos foram raspando, raspando e o duche doeu, ó se doeu.
mas já passou. fresquinho como uma alface, vamos à janta.
ab
domingo, 4 de janeiro de 2009
Meditar na praia
passámos muito perto mas creio que nem nos sentiu. encontrava-se completamente absorvido. estaria, creio, num estado de meditação e focalização absolutas.

www.vilaequilibrio.vilamulher.com.br
há pouco estávamos a tomar um chá. ambiente sereno, calmante. "retirei-me" mentalmente da mesa, durante instantes, e revivi essa manhã de agosto.
fascina-me sempre quem consegue chegar a esse estádio de auto-controlo e de liberdade ou de libertação.
um objectivo que persigo. tentarei. tentarei.
ab
sábado, 3 de janeiro de 2009
2º treino de 2009

fonte: http://www.panoramio.com/


sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Actual
do General no Largo da Portagem
naquele dia trinta e um de maio de
mil novecentos e cinquenta e oito.
E de repente o General chegou.
Agitava muito os braços e sorria
a multidão corria enlouquecida
ele passou junto de mim e eu vi um homem
erguia ao alto o filho e soluçava
«Meu General salva o meu filho dos tiranos.»
E as polícias as cargas a primeira ferida.
Eu oiço ainda ouvirei sempre apesar dos anos
essas palavras que mudaram a minha vida.
Manuel Alegre
Coimbra nunca vista - 1995
"O DIA EM QUE DELGADO ENTROU EM COIMBRA"
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
1º treino 2009
equipei-me: a camisola vermelha da corrida do tejo, calções pretos, meias pretas, as sapatilhas asics com um ano de vida e ainda alguns quilómetros por fazer - sinal do pouco que corri em 2008.
saí do prédio e o cardio nem precisava de aquecimento para registar as primeiras batidas. estava quente.
iniciei a corrida e rumei a algés de cima. as ruas estavam quase desertas mas ainda me cruzei com pessoas a passear os cães e com vários carros. riam, ou comigo, ou de mim, talvez pela manga curta em contraste com toda a roupa que traziam vestida.
sentia-me naquele instante o ser mais feliz do universo.
ao dirigir-me para a zona do holmes place abre-se-me o tejo. é maravilhoso ver uma realidade de forma sempre diferente, em momentos diferentes. olhei-o de novos ângulos, vi o circo junto ao passeio marítimo de algés, a trafaria afinal ali tão perto, a ponte e a barra.
a serenidade mandava naquele instante.
algumas janelas abriam-se e mostravam pessoas recém acordadas a espreitar o dia.
a energia e a felicidade motivavam-me a cumprimentar todos com quem me cruzava: quem passeava os cães, automobilistas, inquilinos.
na zona do holmes place coabitam casa velhas em degradação (vivendas lindas mas a necessitar de cuidado, carinho e vida) com prédios recentes.
uma constante: muitas placas a anunciar a venda das casas, novas e usadas (meu juízo de valor = nas casas usadas e naquela zona, infelizmente talvez alguns passos maiores do que as pernas).
virei para o alto de santa catarina, passei pela lavagem do elefante e segui pelos bombeiros de linda-a-velha, numa subida estrondosa - simbolicamente quis fazê-la para iniciar o ano já em superação :)
as ruas continuavam quase desertas. um espanto. eram minhas. o lixo acumulava-se nos e fora dos caixotes, quer nos tradicionais, quer nos eco-pontos. típico no dia após as festividades.
no canto da bica, um dos cafés daquela zona, tomavam-se os primeiros cafés de 2009 e iniciavam-se as primeiras discussões entre avó, filha e neta, à entrada.
rumei a casa, passando ainda pelo liceu de linda-a-velha. começou a chover e aí ... a perfeição chegou. como adoro correr à chuva, nada podia ter terminado da melhor forma.
terminei com quarenta minutos. ainda dei uma caminhada pela praceta para gozar a chuva, o silêncio, a posse daquele território naquele instante - ninguém na rua.
entrei em casa e para terminar a perfeição daquele início de manhã beijei todos os meus amores, que montavam um armário felizes da vida - ainda mais sem mim que não tenho jeiteira nenhuma para tarefas semelhantes e só atrapalho :)
que 2009 tenha muitas e boas corridas.
abraço
ab