foto (monte everest): http://www.pt.wikipedia.org
gosto de treinar para a maratona (é um sentimento válido para qualquer corrida, em qualquer distância, naturalmente) porque retrata muito bem os desafios que temos que enfrentar na vida, e porque nos ajuda a elevar-nos perante os medos e as incertezas. é uma das melhores formas de auto-ajuda que conheço. no final do trajecto, seja qual for o resultado, sabemos ser mais capazes.
- no início decidimos que queremos e avançamos. muitas vezes quase inconscientemente, sem saber muito bem onde nos estamos a meter. caso contrário, se entrássemos sempre no conhecido, que graça teria???
- depois surgem sempre as naturais dúvidas e angústias. serei capaz? estes treinos são duros, doem-me as pernas, falta-me o ânimo de quando em quando, estou a hipotecar tempo para dedicar a outras pessoas e a outras actividades – eis um recurso precioso e que se esgota com muita facilidade, não renovável. terminarei? acredito que sim, mas a que ritmo e com que tempo final? estarei a treinar meses sem conta para no final ter uma desilusão?
- com o processo de treino e com a aprendizagem do corpo e da mente, começamos a ultrapassar limites que julgaríamos inacessíveis. por exemplo, ontem fiz um treino pequenote, 40’, lentos. o lento agora já vai sendo abaixo dos 6’/km, o que significa que nesta 5ª semana já começo a ver alguns resultados da malhação anterior. e assim vamos ganhando confiança.
- ainda assim, o medo vai estando lá. nunca desaparece, felizmente, pois como li em tempos numa entrevista com o ruy de carvalho, com 80 anos sentia tanto medo ao entrar em palco como quando tinha 20. o que temos é estratégias mais apuradas e ferramentas mais oleadas para lidar com ele.
- finalmente chegaremos à meta. instala-se o vazio. sinto-o sempre que termino um livro de que gosto, que me prendeu a atenção e que não me deixava dormir, sinto-o quando estamos sentados a uma mesa com amigos, com vinho tinto e petiscos e queremos que esse pedaço de vida não termine mais. sinto-o sempre que concretizo algum objectivo. há então que olhar para trás, sorrir, reflectir, estabelecer novos objectivos e olhar para a frente.
- sempre!
porque a vida nunca anda para trás. anda sempre para a frente. contudo um pormenor importante é saber desfrutar do presente (que não existe mas do qual nos podemos alimentar ilusoriamente). é que se nos deixarmos enredar entre o passado e o futuro nunca desfrutamos das nossas conquistas e a vida deixa de ter sabor e é apenas stresse, pelo que não fizemos e pelo medo do que virá.
abraço
ab
gosto de treinar para a maratona (é um sentimento válido para qualquer corrida, em qualquer distância, naturalmente) porque retrata muito bem os desafios que temos que enfrentar na vida, e porque nos ajuda a elevar-nos perante os medos e as incertezas. é uma das melhores formas de auto-ajuda que conheço. no final do trajecto, seja qual for o resultado, sabemos ser mais capazes.
- no início decidimos que queremos e avançamos. muitas vezes quase inconscientemente, sem saber muito bem onde nos estamos a meter. caso contrário, se entrássemos sempre no conhecido, que graça teria???
- depois surgem sempre as naturais dúvidas e angústias. serei capaz? estes treinos são duros, doem-me as pernas, falta-me o ânimo de quando em quando, estou a hipotecar tempo para dedicar a outras pessoas e a outras actividades – eis um recurso precioso e que se esgota com muita facilidade, não renovável. terminarei? acredito que sim, mas a que ritmo e com que tempo final? estarei a treinar meses sem conta para no final ter uma desilusão?
- com o processo de treino e com a aprendizagem do corpo e da mente, começamos a ultrapassar limites que julgaríamos inacessíveis. por exemplo, ontem fiz um treino pequenote, 40’, lentos. o lento agora já vai sendo abaixo dos 6’/km, o que significa que nesta 5ª semana já começo a ver alguns resultados da malhação anterior. e assim vamos ganhando confiança.
- ainda assim, o medo vai estando lá. nunca desaparece, felizmente, pois como li em tempos numa entrevista com o ruy de carvalho, com 80 anos sentia tanto medo ao entrar em palco como quando tinha 20. o que temos é estratégias mais apuradas e ferramentas mais oleadas para lidar com ele.
- finalmente chegaremos à meta. instala-se o vazio. sinto-o sempre que termino um livro de que gosto, que me prendeu a atenção e que não me deixava dormir, sinto-o quando estamos sentados a uma mesa com amigos, com vinho tinto e petiscos e queremos que esse pedaço de vida não termine mais. sinto-o sempre que concretizo algum objectivo. há então que olhar para trás, sorrir, reflectir, estabelecer novos objectivos e olhar para a frente.
- sempre!
porque a vida nunca anda para trás. anda sempre para a frente. contudo um pormenor importante é saber desfrutar do presente (que não existe mas do qual nos podemos alimentar ilusoriamente). é que se nos deixarmos enredar entre o passado e o futuro nunca desfrutamos das nossas conquistas e a vida deixa de ter sabor e é apenas stresse, pelo que não fizemos e pelo medo do que virá.
abraço
ab
2 comentários:
Olá!
Antes de mais apresento-lhe os meus sentimentos pelo falecimento da sua tia.
Queria também agradecer-lhe pela referência que me fez num post anterior, deu-me ânimo para treinar quando já me preparava para uma pequena balda.
De facto a corrida tem como aliciante esse constante establecer de objectivos que, uma vez alcançados se transformam em nada, são apenas passo para ambicionar um pouco mais. Ao mesmo tempo proporciona também um grande prazer que nos ajuda a viver melhor o presente. Portanto bom presente e boas corridas. Um abraço.
obrigado andré.
igualmente boas corridas e poucas baldas - apesar de uma boa balda ter sempre justificação ;-).
um abraço e até breve.
ab
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