quarta-feira, 11 de junho de 2008

Oportunidade versus ameaça

sempre as duas faces numa realidade.
tempos difíceis estes, que provavelmente ainda terão um fundo mais fundo, e sem fundo à vista.

mas são também tempos de oportunidade:
- de mudar de filosofia de vida (ou mesmo de vida) e começar a centrar no essencial, a simplificar e a racionalizar, para poder viver de acordo com as reais capacidades e não acima
- de operar alguma mudança na política energética do país (diria, do globo).
tudo isto é conhecido e profetizado há décadas, mas só quando estamos todos no tapete é que a massa acorda - será que vai mesmo acordar, ou a inércia e os interesses vencerão?
- de reflectir neste nosso belo, periférico e pequeno país, sobre a forma como podemos potenciar as novas tecnologias e promover o trabalho à distância, por exemplo a partir de casa - pouparíamos muito tempo estupidamente gasto, muito ambiente, muito dinheiro esbanjado, individual e colectivamente
- de promover a verdadeira democracia e cidadania, onde o direito ao protesto de uns, e à indigação, não colida com o direito ao trabalho e à liberdade de acção de outros
- de materializar o conceito de estado como garante dos direitos e liberdades dos cidadãos. estamos perto da anarquia e ninguém se preocupa com isso. brandos costumes dirão uns. triste sina outros. falta de autoridade e de "legitimidade" para governar, digo eu.

ab

1 comentário:

Luis Correia disse...

curiosamente e sem coincidencia absolutamente nenhuma, acabei mesmo agora de escrever um texto sobre o mesmo tema, onde faço referencia à fragilidade do sistema.

existe um mundo para além do petróleo, só que muitos tentam que nós não o vejamos.

o bem estar de muitos depende do lucro de poucos e esta tendencia tem forçosamente que deixar de existir.

as alternativas viáveis são muitas (não estou a falar da utopia do hidrogénio), muitas e válidas, só que se gastam milhões a tentar tapar o sol com a peneira, em vez de o aplicar em desenvolvimento e produção, verdadeiramente sustentável.

mas fico por aqui que o comentário já vai longo (mais longo até que o meu texto original:))