domingo, 8 de junho de 2008

Nadal, Federer e Roland Garros

gosto de ver competições desportivas de "alta competição" porque são uma excelente montra do que é a vida. altos e baixos, glória e frusração, separadas por fracções de segundo.
foto: http://www.rolandgarros.com/en_FR/news/photos/2008-06-06/200806061212765432171.html

a final de masculinos de roland garros deste ano não teve grande história.
o rafael nadal passeou-se como um verdadeiro guerreiro e não deu quaisquer hipóteses. como afirmava um dos comentadores, foi quase "animalesca" aquela prova de força, pujança, indomabilidade.
para além do admirável curriculum, e de ser imbatível neste torneio há 4 anos - igualou um recorde velhinho de bjorn borg, é um lutador em cada ponto e arranca a admiração unânime pela sua entrega.

foto: http://www.rolandgarros.com/en_FR/news/photos/2008-06-07/200806071212845749031.html

por outro lado, não posso deixar de admirar sempre, cada vez mais e mais, o roger federer.
que campeão. que classe.
o jogo de hoje não lhe correu nada bem. desde cedo se viu qual seria o desfecho.
mas a classe, a postura de respeito pelo adversário, pelo público, o fair play e o saber ser grande também e, essencialmente, na derrota, é uma marca que apenas abona a favor deste extraordinário campeão.

por último, o desporto ajuda a provar, como a vida, que não há "super-humanos".
mesmo os "imbatíveis" têm os seus momentos de fraqueza e passam por períodos em baixo. hoje federer foi a prova viva de que em certos momentos o homem de ferro do ténis esteve altamente debilitado, enfraquecido, a desejar concerteza que o jogo terminasse rapidamente.
o estudo destes fenómenos da psicologia desportiva atraem-me. a glória e derrota extremas tão perto, separadas por uma fronteira invisível, que vive na cabeça de cada um.
mas federer regressará forte, como qualquer pessoa que ouse aceitar que a linha nunca é totalmente recta, nem em direcção ao topo.
há que cair, para melhorar.

abraço
ab

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