sábado, 19 de maio de 2007

Os mortais e as longas distâncias

tenho assistido com interesse ao crescimento e maior adesão às provas de longa distância, em várias modalidades.
na natação as provas em águas abertas, de, por exemplo, 5 km ou 10 km, vão ganhando o seu espaço, cada vez com mais visibilidade e com mais seguidores do grande batista pereira e de outros heróis da natação em mar (para mais informação consultar por exemplo:

foto: http://www.bestswimming.com.br

na corrida tenho ideia (é apenas uma percepção, não tenho dados para confirmar …) de que as provas de meia maratona em portugal registam cada vez mais afluência e as maratonas internacionais são um palco gigantesco para concretizar todos os tipos de objectivos.

as big five:
http://www.london-marathon.co.uk/
http://www.bostonmarathon.org/
http://www.real-berlin-marathon.com/events/berlin_marathon/2007/
http://www.nycmarathon.org/home/index.php
http://www.chicagomarathon.com/

por outro lado há o fenómeno das ultra maratonas (ver por exemplo:
http://www.comrades.com/) que cativa cada vez mais aderentes.

no btt crescem em número e visibilidade as chamadas maratonas de btt e as provas de100 km, por exemplo.

no triatlo os half ironman e os ironman são palco para mais desportistas de todas as idades exercitarem as suas capacidades físicas e, sobretudo, psicológicas.
(
http://www.ironmanlive.com/)

foto: http://members.aol.com/bandbkona/Resources/ironman.JPG


há outro tipo de provas de aventura que duram dias e onde os participantes querem apenas testar e ultrapassar os seus limites.

o que estará na génese da cada vez maior adesão a este tipo de eventos? e da sua cada vez maior popularidade e publicidade?

apenas uma suposição pessoal: raras são as actividades profissionais que realizam a generalidade das pessoas, ou que as preenchem na plenitude. talvez procuremos com as longas distâncias chegar ao ritmo próprio, só nosso, onde tenhamos liberdade, controlo e margem para gerir o prazer. onde não sejamos nós os controlados pelo ritmo das corridas diárias, dos horários, dos compromissos, do que “é suposto fazer”.

talvez o escape para quem gosta de desporto, mais do que assistir a competições cada vez mais marcadas pelos constrangimentos comerciais, seja mesmo construir o seu caminho desportivo, a sua rota do bem estar, cuidar da saúde e ao mesmo tempo colocar desafios pessoais. a auto estima ganha com isso e apenas competimos connosco, afinal o maior confronto ao longo do tempo em que por cá andamos.
talvez, talvez, talvez … chega de talvez.
vamos para a estrada ou para o campo ou para a praia, para o ar livre.


vamos que a vida não espera.

ab

2 comentários:

Lénia disse...

Oi AB,
Gostei muito do seu texto. Partilho da mesma opinião.

Adorei a frase final :

"Vamos que a vida não espera."

Um bom fim-de-semana.

António Bento disse...

Obg Lénia
um beijinho e as melhoras do joelho
ab