O Bicas: a mascote dos desportistas com deficiência
Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes
a mão tinha sido amputada. apenas reparara quando nos cruzámos de frente. tivera em tempos (não imagino se longínquos ou mais recentes) uma mão direita. corria com alguma dificuldade. a face corada, as gotas de suor que escorriam como que querendo afirmar-se membros de pleno direito na natureza. na pista de canoagem do jamor.
focalizei a atenção na face e no olhar. olhava ligeiramente para baixo. a face deixava transparecer o esforço que lhe ia nos pulmões e no coração. cruzámo-nos uma, duas, três vezes. ligeiramente de lado, lá seguia. passada curta. por vezes arrastava os pés na terra batida. em esforço continuava.
terminei o meu treino e ela persistia.
o rabo-de-cavalo que lhe apanhava o cabelo castanho claro ondulava ao ritmo da passada. continuava.
alonguei, entrei no carro e arranquei.
ela continuava a correr.
continuava. o rabo-de-cavalo ondulava ao ritmo da sua luta.
focalizei a atenção na face e no olhar. olhava ligeiramente para baixo. a face deixava transparecer o esforço que lhe ia nos pulmões e no coração. cruzámo-nos uma, duas, três vezes. ligeiramente de lado, lá seguia. passada curta. por vezes arrastava os pés na terra batida. em esforço continuava.
terminei o meu treino e ela persistia.
o rabo-de-cavalo que lhe apanhava o cabelo castanho claro ondulava ao ritmo da passada. continuava.
alonguei, entrei no carro e arranquei.
ela continuava a correr.
continuava. o rabo-de-cavalo ondulava ao ritmo da sua luta.
ab
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