terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Um outro natal

tenho uma série de posts em lista. vários temas, desde a corrida corrida a muitas outras corridas. mas hoje é dia de natal e apetece-me escrever sobre uma outra perspectiva do natal.

no dia 23 estive 20 minutos a falar ao telefone com os meus primos velhinhos, de cabeção. já aqui escrevi sobre o manel e sobre a conceição.
o telefonema prolongou-se para celebrar a proximidade, fosse ela feita de que meio fosse. o telefone serviu, assim como serviria o mail, por exemplo.
estão sós e irão passar o natal sós. a família mais próxima, no norte, desta feita não pode deslocar-se ao alentejo.
o post não é pelo natal. é pela solidão. porque o natal é um punhado de dias. a solidão é permanente. têm-se um ao outro mas as forças para se terem um ao outro em boas condições vão-se indo. há cuidados de saúde recíprocos que se vão tornando cda vez mais difíceis de atender.
o lar da terra está hiperlotado. pudera! a malta nova procura outras paragens, os velhotes lá vão seguindo, cada vez com mais tempo de vida e supostamente mais qualidade ... (esta dá para um post extenso!).
soube bem falar com a conceição. mas fico triste por eles. a vida não devia ser tão dura no final, para quem não teve condições nem tempo para se preparar para este tempo final.
afinal, toda a vida trabalharam e de repente, há dois ou três anos começaram a ver-se incapacitados para fazer o que sabem - trabalhar de sol a sol.
81 ano e 74 anos. sem esperança e perdidos. apenàs à espera. dos telefonemas e das visitas.

ab

1 comentário:

aprendiz disse...

Sei que nem todos percebem o meu NÃO apreciar esta época. São muitas as razões, mas a principal é que aquela velha máxima de 'o natal é quando o homem quer' não é real... Passa-se um ano e cada um na sua vida e só neste dia, especial, é que se reforça a ideia da união, do amor e de todas as outras coisas boas e positivas :(
Boas festas António, para ti e para a tua família.
TD