pelas 15h de ontem, 6ªf, estávamos em animadas actividades náuticas:
- eu no kayak na zona das 4 águas em tavira, a praticar um misto de slalom, com kayak surf, com kayak normal, pois é uma zona de fortes correntes, sobretudo na enchente, como era o caso, e deu para andar na galhofada durante muito tempo
- o resto da malta numa pescaria à cana, na mesma zona, com um início promissor, onde o rodrigo sacou um enorme peixão, mas que valeu pelo gozo que lhes deu, pois a tarde foi ... a zeros :)
...
passados 30 minutos começámos a ver uma nuvem de fumo negro, cerrada, na zona da serra do caldeirão. começou com uma forma estreita. o terror das 2 horas seguintes foi ver o alastrar do fogo em directo. o vento estava intenso e a extensão do fogo aumentava a olhos vistos.
o céu ficou coberto de negro a ponto de encobrir o sol. como o vento estava de noroeste, as cinzas chegaram passadas mais umas horas.
terrível!
à noite ao ver as imagens de desespero, não pude deixar de me arrepiar com as sensações de impotência e pânico. à distância presenciámos uma realidade indesejável. quem a viveu no local ... nem imagino!
terá sido fogo posto?
neste como noutros casos, e caso se confirme que foi mesmo fogo posto, por onde andam as penas exemplares e a justiça?
é que entre o perigo das mortes humanas, o extermínio dos animais, a destruição das alfarrobeiras e sobreiros - fonte de sobrevivência de muitas famílias na região - todo o tipo de prejuízos, directos e indirectos, não é quantificável em toda a sua extensão.
neste, como em todos os casos semelhantes, que infelizmente todos os anos cobrem o país - de terror e desespero.
o fenómeno não é evitável na sua totalidade. mas as penas exemplares poderão ajudar.
ab
p.s.- OBRIGADO raúl solnado!
a minha geração e as anteriores (sobretudo estas) devem-lhe tanto ...
IMORTAL!
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