sete e trinta da manhã. manhã clara, céu azul, o dia anunciava-se encalorado. o objectivo - mais 50m de corrida.
o percurso semelhante ao da semana passada, com uma variante – mais terra batida e uma subidita, pequena por enquanto, pois há que começar a preparar os trilhos do monsanto - mas com paciência de tartaruga :).
junto à ria, na paisagem de sonho, as embarcações gozavam os derradeiros instantes de descanso, antes do bulício estival. quer gostemos mais ou menos o agosto continua a ser o mês da invasão.
junto à ria, na paisagem de sonho, as embarcações gozavam os derradeiros instantes de descanso, antes do bulício estival. quer gostemos mais ou menos o agosto continua a ser o mês da invasão.
tanto o rio, como o mar, estavam calmos, não corria uma ponta de vento.
os barqueiros, de depósito na mão, iam chegando para preparar os barcos. a senhora da câmara municipal varria a “marginal”. os cafés abriam para os primeiros fregueses. em algumas varandas mostravam-se os “madrugadores” que acordavam com a vista do mar calmo e das águas límpidas, dignas de uma qualquer ilha do pacífico.
passou por mim um ciclista, btt, já acelerado, com uma mochila camel, a prenunciar um longo trajecto. 3 ou 4 atletas cruzaram-se comigo. acenámos com a cumplicidade do pelotão. é curioso que de ano para ano vêem-se mais pessoas a correr, ou de manhã cedo ou ao final da tarde, o que é um excelente sinal, ainda mais sendo cada vez mais os lusos praticantes.
no pequeno mercado as carrinhas e os homens e mulheres descarregavam os produtos frescos para alimentar os veraneantes.
a calma, esta calma, matinal e de uma pequena vila do sotavento algarvio, já muito estragada pela ganância e pelo lucro fácil da construção sem ordem nem jeito, ainda assim não tem igual.
é a esta hora que se vive plenamente esta terra, à luz do nascer do dia, com a paleta completa da harmonia com a natureza.
é a esta hora que se vive plenamente esta terra, à luz do nascer do dia, com a paleta completa da harmonia com a natureza.
daí a pouco as coisas tomariam o rumo da confusão e do stresse das férias – o stresse sempre presente nas vidas “modernas”. seria então tempo de terminar. os 50 minutos esgotaram-se. tempo para um rápido duche, pequeno almoço, acordar a família, preparar para a praia matinal, para mais uma sessão da paixão kayakista - todos passamos a ria em cima do kayak num exercício de diversão a driblar as pequenas ondas dos barcos que transportam as pessoas para a ilha. quando deixei o pessoal na ilha ainda "pedi" mais 30 m para gozar da enchente na direcção de cacela e volta. esta paisagem alimenta a alma de natureza e o kayak é um meio que me permite gozar desse desfrute. um excelente investimento.
foi mais uma sessão de exercício prazeirento. esta com redobrado prazer e com acrescida calma.
e um sorriso ao longo desstes minutos: afinal, há coisa de 25 anos, eu era o maluquinho que estava pelas 8h da manhã na praia, para correr, pensando que a seguir às intensas épocas de natação competitiva não fazia falta o descanso. o mês de agosto era sempre a bombar.
e um sorriso ao longo desstes minutos: afinal, há coisa de 25 anos, eu era o maluquinho que estava pelas 8h da manhã na praia, para correr, pensando que a seguir às intensas épocas de natação competitiva não fazia falta o descanso. o mês de agosto era sempre a bombar.
mas se assim não fosse, que recoradções teria? estas pelo menos são de movimento, sempre de movimento, na "minha" praia, no "meu" paraíso, as "nossas" cabanas sem canas, cada vez com mais betão, mas ainda e sempre, a nossa princesa.
abraço
ab
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