e lá foi , 5ªf 45m de corrida e ontem 30m de natação. voltando devagar, prazeirentemente.
o jamor, lindo, está inundado de gente neste fds comprido para alguns (eu ontem lá tive que labutar, mas são sempre dias mais calmos).
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em pouco dias tive 2 conversas sobre o mesmo tema. e o tema vem aqui a propósito de um post de um Querido Amigo - AQUI.
estamos metidos numa sociedade dita moderna que se está a banalizar e a perder a riqueza das ideias. trivial e com menos motivos de interesse (ou mais, sociologicamente). parece que os comportamentos convergem todos para um padrão. parece que toda a gente tem que pensar da mesma forma. parece que quem "ousa " (e é triste ter que utilizar o verbo ousar para reflectir sobre formas de pensamento diferentes) dizer ou reflectir de forma diferente sobre as coisas fica logo rotulado como uma ovelha tresmalhada.
as conversas versam tantas vezes o mesmo que parece estarmos sempre no mesmo filme, apenas com personagens diferentes.
assumem a dianteira os vínculos e os interesses laborais, o status que tal representa, onde moras, que carro tens, onde passas férias, em que loja compras a roupa.
ninguém (forçado claro) quer efectivamente saber do outro, do sentir, das felicidades e infelicidades, das lágrimas e dos sorrisos, ninguém quer partilhar valores.
porquê? talvez porque se tenha medo da exposição, de entrar por um caminho sem regresso onde cada qual teria que começar por se questionar. talvez por medo de ser visto como diferente, de não fazer parte da carneirada.
acabaram as ideologias. a supremacia do capital castra as mentes. basta atentar no triste espectáculo da política nacional, dia após dia. debatem-se interesses camuflados em discursos sobre valores. e infelizmente transferem-se para as relações pessoais esses tiques "modernos".
continuarei a dizer não. continuarei a procurar as veias interessantes da vida. à margem do que é considerado normal ou politicamente correcto.
porque se a vida tem algum sal e interesse, decorre das pessoas e de conhecermos pessoas com coisas novas e diferentes para contar. não decorre certamente de sabermos o que fazem, onde trabalham, quanto ganham e que carro têm.
a corrida, o desporto também nos permitem isso: conhecer muita gente interessante, com interesses de vida em comum, mas muito para além do que fazemos.
é que cada um é sempre muito mais do que o que mostra.
abraço
bfs
ab
sábado, 3 de maio de 2008
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2 comentários:
António...meu deus, como as suas palavras "entraram" em mim com uma facilidade..ui!!É exactamente isto que penso..beijinho
Fátima
regresso em grande do tartaruga à blogosfera. Post excelente.
Bom regresso à corrida e um bom domingo para ti António e para a tua simpática família.
Um abraço,
António Almeida.
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