
segunda-feira, 21 de março de 2011
4 anos

domingo, 20 de março de 2011
Acessibilidade

- no elevador do prédio apenas cabe um de nós com o carrinho; quem tem gémeos, bem os pode mandar para casa em elevadores separados :(
- nos passeios é um desastre, carros estacionados de todas as formas e feitios, ninguém se preocupa minimamente. e quando chamamos a atenção, somos quase olhados como alienígenas, "que chatos existem neste mundo que não têm nada mais do que fazer senão trazer à luz do dia a falta de educação e civismo". talvez estejamos em vias de extinção!;
- passadeiras: carros estacionados que as entopem, acessos a rampas para deficientes nos prédios, ao lado de escadas, tapados por viaturas de vários calibres;
- no complexo desportivo do jamor, excelente, como aqui o referi várias vezes, para a prática de muitas formas de exercício, deparei-me ultimamente com algumas barreiras: ir com o carro de bébe para um passeio e caminhada não é assim tão fácil e ficamos restringidos quase à ... estrada, pois passeios nem tentá-los, poucas rampas, calçada Portuguesa - linda, linda, mas altamente disfuncional, caminhos de terra batida com pequenos carreiros regulares de pedras da calçadas, para enfeitar ... enfim, a lista é variada, fica uma pequena amostra;
- mas podia não me resignar e diria: vou usar a estrada, junto aos passeios, mas no alcatrão. mas ... até aí o estacionamento em 2ª fila muitas vezes impede a circulação, a não ser no meio da estrada. um dia destes no código da estrada poderão passar a circular carrinhos de bebé, com baterias elétricas, quem sabe???
como não gosto de criticar por criticar, aqui ficam algumas sugestões:
- no sistema de ensino, disciplina obrigatória sobre acessibilidade e cidadania (não a inconsequente área projecto ou outras que têm tido boas intenções mas escassos resultados, ao longo dos anos), com visitas e apoio voluntário a escolas de educação especial e a hospitais como alcoitão, para todos os anos do 1º, 2º e 3º ciclos;
- acabar com a calçada portuguesa em passeios novos, ou adoptá-la de forma a não impedir a acessibilidade e circulação;
- introduzir faixas de asfalto tipo ciclo via, nos passeios que existem com calçada portuguesa, para deficientes, idosos, pais com crianças em carrinhos de bebé, etc., poderem circular sem risco;
- bloqueamento, multa e inibição de conduzir durante 1 ano, para quem estacione em passeios e em locais que impeçam a acessibilidade de cidadãos com necessidades especiais (mas mesmo à séria, ou será que à séria não existe cá, e andamos todos a brincar aos país da democracia mas afinal ... só persiste no papel 37 anos depois?);
- relativamene ao estado e às obrigações legais que o próprio estado não cumpre ... aí tenho mesmo dificuldade, pois o estado não se multa a si próprio e se quem detém o poder não intervem, é mais dificil fazê-lo por esta via.
como não havemos nós de estar, como país, no estado em que estamos, quando o básico, o respeito, a cidadania, a educação, não têm suporte de quem deviam e não grassam por aí?
é que daqui decorre tudo: a (falta de) produtividade, os compadrios, os esquemas, as fraudes, o desesnrasca, a dívida externa, o queixume, a subsídio dependência, a falta de noção de que o respeito pelo colectivo é algo básico, primário e só se consegue respeitando regras - afinal foram feitas para o bem estar de todos (nunca vi nenhuma anarquia resultar, mas se exisitir contem-me por favor).
abraço e até breve, num qualquer passeio próximo.
AB - Tartaruga
quarta-feira, 2 de março de 2011
BRM 200 Tejo - Sorraia - Tejo
foi um dia de aprendizagem intensa. pouco ou nada sei deste mundo dos eventos ciclisticos. este em particular seduz-me pelo seu carácter não competitivo.
os factos que mais me marcaram, apesar de apenas ter participado na ajuda à organização (quem sabe um destes dias não me faço à estrada para um BRM???):
- o muito que aprendi, de uma actividade que desconheço por completo e que gostarei de experimentar um dia (extensível ao rodrigo, que me acompanhou na parte da tarde e que estava deliciado com vários pormenores desde o equipamento, à motivação dos participantes, e ao bom estado físico com que chegavam após 200 km);
- o verdadeiro espírito que interessa, não competitivo e que me seduz, tal como nas corridas de tartaruga que realizo. cada participante estava ali apenas para desfrutar de 1 dia pleno de quilómetros e bonitas paisagens, com o tempo a ajudar (o dia esteve maravilhoso) e para testar o que bem entendesse, desde a força mental, ao nível de performance física, à motivação face à duração do desafio, à atitude, …;
- os requisitos organizativos, complexos, que penas se tornaram simples pela capacidade organizativa da direcção dos randonneurs portugal;
- a importância de um 1º evento, para aprender, marcar os aspectos fulcrais e registar as lições aprendidas.
venha o próximo, que será no dia 19 de março, o brm 300, montados e planícies.
abraço
ab - tartaruga